Dizem que os
poetas e artistas não morrem, eles se “encantam”. E os radialistas como Gino César,
de quem fui companheiro na velha Rádio Clube de Pernambuco, nos anos 80, com
eles acontece o mesmo? É possível, pois o experiente repórter policial com seu
jeito único de passar as notícias, também tinha um lado de artista.
A morte de
Gino, dada em primeira mão pelo meu irmão Júnior, aqui mesmo no blog (leia
texto abaixo), faz-me lembrar de outros que já foram chamados pelo Pai e que
fizeram parte daquele timaço da Clube, quando lá ingressei em 1984, indicado por
Ítalo Rocha, ainda hoje atuando na Globo Nordeste.
Primeiro se foi
o Gilberto Carvalho, uma das melhores vozes de noticiarista de Pernambuco. De
lá pra cá já partiram Edilson Torres, que era o chefe do Departamento do Jornalismo,
O Natan Lucas, o Barbosa Filho, Zé Santana e Adilson Couto, da área de Esportes, e o caruaruense Mané
Queiroz, que passava informações sobre futebol e morreu num acidente besta (foi
atropelado por uma moto em sua terra natal) poucos anos atrás.
Felizmente
daquela equipe de muitos talentos ainda estão aí, colaborando com o jornalismo
pernambucano, profissionais como Marcos Leite, que começou na antiga Difusora de Garanhuns
e Graça Araújo, hoje uma das estrelas da Rádio Jornal do Commercio do Recife,
onde também está Geraldo Freire, outro que passou pela Rádio Clube, na minha
época.
Na vida só
temos mesmo a certeza de que um dia seremos chamados. Eu mesmo já bati na trave
duas vezes e estou aqui, agradecendo a Deus por ter me dado uma sobrecarga de
vida para poder continuar ajudando minha mulher, os filhos e os netos (as), que
agora já são quatro com as pequenas Fernanda e Clarice.
Para terminar
esse texto, que é mais uma crônica de que um artigo, acrescento uma informação
que não está nos sites ou portais da capital: um colega de profissão, que vive
em Recife, revelou-me dias atrás que Gino César estava doente. E o que agravava
a sua situação era que a empresa onde trabalhava começou a "fritá-lo". Chegaram a cortar uma hora dos seus programas, o que levou também a uma redução de salário. Seu primeiro infarto teria sido uma consequências dos "aperreios". Velho, doente, queriam forçá-lo a pedir demissão.
É lamentável que nem próximo do final da vida se tenha sossego e
alguns patrões não tenham sensibilidade nem ao menos com a idade das pessoas.
Gino César talvez tenha descansado, depois de cumprir sua missão na terra. Vai
estar livre das preocupações terrenas e quem sabe reencontre lá em cima o
Edilson, Natan, Barbosa, Mané, Gilberto, Zé Santana, Adilson Couto e tantos
outros que já vivem em outro plano. (Abaixo, no texto de Júnior com informações do G1.com, informações completas sobre a morte de Gino César).
Quando da fusão Am/Fm, tive essa mesma imoressão, meu caro companheiro Roberto. Lembro, quando fazíamos parte daquela equipe de jornalismo, eu, você e os já citados na sua crônica, o quanto o bom e competente Gino ficava contrariado quando o jornal da manhã da Clube de Pernambuco estourava o horário, obrigando-o também estourar o Bandeira Dois pra desespero de Geraldo Freire com sua Super Manhã. Imagina, amputar seu vasto noticiário. Acredito sim, nessa versão, apesar de que é bom lembrar que o querido Gino era fumante inveterado é portador de efusema pulmonar. Lamento a morte dele e relembro que tenho gratidão por ter indicado meu nome para compor o jornalismo da Rádio Olinda. Um abraço do companheiro
ResponderExcluirJosé Torres