O
ministro Armando Monteiro recebeu, esta manhã, uma visita de cortesia de
representantes das três empresas brasileiras que fabricam pás para turbinas
eólicas, equipamento utilizado na geração de energia elétrica a partir do
vento. O objetivo da visita foi agradecer o apoio do ministro na aprovação da
MP 675/2015, com uma emenda alterando a tributação de PIS-Cofins, e permitindo que o setor de pás eólicas reduzisse
o acúmulo de créditos tributários.
Durante a audiência, Carlos Lopes da Costa, diretor financeiro
da LM Wind Power do Brasil, empresa instalada no Complexo lndustrial Portuário
de Suape, em Pernambuco, ressaltou a importância da manutenção dos incentivos:
“Representou a sobrevivência dos fabricantes de pás eólicas no Brasil. Se não
conseguíssemos reverter a situação, cerca de 10 mil empregos seriam perdidos”,
disse ele. Somente a LM Wind Power gera mil empregos diretos na fábrica de
Suape e tem planos de criar mais 500 vagas nos próximos meses. A empresa também
foi beneficiada com a redução do Imposto de Importação de 14% para 2% para bens
de capital, por meio do regime de ex-tarifários. Segundo Costa, o benefício
concedido pelo MDIC representou uma importante redução de custos. A verba será
utilizada na ampliação da fábrica de Suape.
Para
Gustavo Barreira, diretor financeiro da Tecsis, uma das maiores fabricantes de
pás eólicas customizadas do mundo, a manutenção dos incentivos foi importante
para que a empresa mantivesse as metas de expansão no Brasil. A Tecsis vai
instalar em Camaçari-BA sua oitava fábrica no país, um investimento de R$ 200
milhões e expectativa de gerar 1.500 empregos diretos. As outras sete plantas,
com 7 mil funcionários, estão localizadas em Sorocaba-SP. Com a nova fábrica, a
empresa tem planos de atender à crescente demanda do mercado brasileiro, e, no
futuro, também produzir pás eólicas para exportação. Também participou da
audiência o presidente da Aeris, Bruno Vilela Cunha. A empresa está instalada
no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, e que emprega, hoje,
quase mil funcionários.
Durante
a audiência, o ministro lembrou que as políticas públicas têm um importante
papel no desenvolvimento da indústria.“Esta é uma ação que precisa ser feita
para empresas que atuam em áreas estratégicas. Temos que estimular a criação de
clusters para fabricação de equipamentos nesta área que tem um potencial
extraordinário. Políticas industriais são legítimas, todos os países fazem, mas
não pode haver uma sustentação artificial. Temos um mundo caminhando na direção
de um comércio livre. Assim, devemos impulsionar a competitividade de modo a
não interromper a curva de aprendizado, em pleno processo de desenvolvimento
industrial”, reforçou.
Por
fim, Monteiro deixou uma mensagem de confiança na recuperação da economia
brasileira.” Por conta do ajuste fiscal, hoje os instrumentos de incentivo são
relativamente limitados. Tenho confiança que vamos reequilibrar a economia e
melhorar o ambiente de negócios”, disse.
O
ministro também destacou o esforço do governo federal para desburocratizar e
agilizar os processos de importação e exportação por meio da implantação do
Portal Único de Comercio Exterior que vai permitir que as empresas apresentem as informações uma
única vez aos órgãos federais, o que irá também diminuir custos de exportadores
e importadores. Para as operações de exportação, a meta é diminuir o prazo de
13 para 8 dias, e de 17 para 10 dias, para as operações de importação. (Texto da Assessoria de Imprensa do Ministro, com foto de Washington Costa).
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