O novo sepultamento de
Dominguinhos, nesta quinta-feira, no cemitério de São Miguel, tem um
significado e um simbolismo muito forte. Para Garanhuns e todo o Agreste
Meridional.
Tem gente por aí que
pensa que é pura babação dos blogueiros, dos radialistas e dos políticos.
Não é.
José Domingos de
Moraes foi um ótimo compositor, um bom cantor e um sanfoneiro de excepcionais
qualidades.
Durante a sua longa e
vitoriosa carreira, fez parcerias – cantando, compondo ou tocando – com todos
os grandes artistas do Brasil. Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Zé Ramalho, Alceu Valença, Gal Costa, Maciel Melo, Flávio José,
Milton Nascimento e muitos outros nomes sagrados da MPB estiveram em algum
momento com Dominguinhos.
Até Roberto Carlos, o
eterno romântico, quando resolveu compor um forró, intitulado “Baile na Fazenda”,
chamou quem para acompanhá-lo na sanfona? Dominguinhos, o Mestre.
Seu talento extrapolou
as fronteiras nacionais. Domingos Moraes também é reconhecido
internacionalmente.
Assim, não é nenhum
exagero a dimensão que está se dando ao translado dos restos mortais do músico
para Garanhuns.
Qualquer cidade do
mundo reverencia e homenageia os grandes artistas.
Um leitor, sem a
coragem de se identificar nos acusa de ser provincianos e ridículos. Ora,
quando Francisco Carlos, o rei da voz, morreu num acidente de carro, mais de 50
anos atrás. Foi uma comoção nacional. Luiz Gonzaga, quando partiu no final dos
anos 80, foi louvado com reportagens em todos os veículos de comunicação
importantes do país.
E a morte de Jessé,
Gonzaguinha, Paulo Sérgio, Elis Regina, Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, Cássia
Eller? Artistas diferentes, mas cada um deles deixou saudades e a mídia expressou
o sentimento do povo, que chorou a perda dos seus ídolos.
E nos Estados Unidos e
no mundo todo o que dizer sobre o bombardeio de informações e homenagens a Michal
Jackson e Amy Winehouse? São provincianos e ridículos todos os brasileiros e
americanos?
Ridículo é não ter
sensibilidade nem diante da morte, essa certeza indesejada.
Garanhuns deve sim
homenagear seu grande artista, ficar feliz com seu repouso eterno entre as sete
colinas.
Agora há pouco em
entrevista a Geraldo Freire, que está acompanhando tudo sobre o dia de hoje em
Garanhuns, Mauro Moraes, filho de Dominguinhos, agradecia ao radialista e ao
prefeito Izaías Régis por terem lutado e viabilizado este momento. Estava
emocionado. E qual filho não ficaria?
Dominguinhos vai ser
recebido a partir das 13h com fogos de artifício, uma orquestra de sanfoneiros
de crianças e adolescentes vai tocar “Sanfona Sentida” dentro do cemitério de São
Miguel. Será executado o hino nacional e o bispo Dom Fernando Guimarães dará
sua bênção no túmulo.
Liv Moraes, a filha do
sanfoneiro, irá cantar “De Volta pra o Aconchego” o nosso Mourinha apresentará
o seu tributo ao artista com a recente composição “Saudade de Dominguinhos”.
Ninguém está
politizando este momento. Ninguém está fazendo a exploração do cadáver. Não.
Simplesmente está se prestando uma homenagem a um homem, um artista, que nasceu
em Garanhuns, começou a cantar por nossas ruas, venceu como músico e expressou
em vida o desejo de quando morrer ser enterrado em sua cidade natal.
Promover este momento,
expressar sentimentos pela inevitável partida de Dominguinhos, é se comportar com
humanidade, é respeitar o artista e os filhos que ficaram, é dar valor à vida e
saber aceitar com dignidade o fim. Que chega pra todos.
Salve Mestre Dominguinhos!
A ATITUDE DA IMPRENSA GARANHUENSE E DOS CONTERRÂNEOS É DE PURO RESPEITO, CARINHO E RECONHECIMENTO, AO GRANDE ARTISTA "DOMINGUINHOS", QUE LEVOU COM MUITO ORGULHO O NOME DE GARANHUNS, PARA O MUNDO.
ResponderExcluirROBERTO ALMEIDA:
ResponderExcluirFAÇO JUS AS SUAS PALAVRAS COMO SE FOSSEM MINHAS.PARABÉNS A TODOS QUE DIRETA OU INDIRETAMENTE SOUBERAM LUTAR POR UMA CAUSA JUSTA E LOUVÁVEL. ATENDENDO OS DESEJOS DO MESTRE,AFINAL, FORA ATENDIDO!
Muito bom concordo plenamente ,é um orgulho para Garanhuns ter um filho tãi ilustre ,mereceu todas as honras .Nossa prefeito está de parabéns pela sua recepçao ao mestre.Dalva de Lourdes.
ResponderExcluir