Há cerca de um ano, quando começou a se
credenciar para disputar à Presidência da República, o governador Eduardo
Campos (PSB) aos poucos foi se afastando da presidente Dilma Rousseff (PT) que,
caso não ocorra nenhum grande fato novo, deve mesmo tentar a reeleição para
comandar o país por mais quatro anos e tentar estender o governo petista para
16 anos no Brasil. O detalhe é que as ‘intrigas' entre o governador e a chefe
do Executivo nacional também giraram no pouco espaço conquistado pelos
socialistas dentro do Governo Federal (o Ministério da Integração e a
Secretaria dos Portos), enquanto que a presidente cada vez aumentava a
influência do PMDB e de lideranças como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL)
e José Sarney (PMDB-AP).
Com um discurso que o "Brasil pode
avançar mais" em várias áreas, Eduardo Campos começou a percorrer o país e
apresentar a possibilidade de um ‘novo na política'. Nas suas palestras, ele
tem cada vez mais atraído a presença de empresários e políticos, que se
impressionam com a popularidade do gestor, que foi reeleito com a maior votação
do país, passando dos 82% dos votos válidos. Nas pesquisas do instituto
Opinião, Campos também vem liderando há vários anos como o melhor governador do
Brasil e seus índices de aprovação sempre passam da casa dos 70%, chegando,
inclusive, aos 80%, dependendo da época dos levantamentos.
Esta semana, mais uma vez o governador
dividiu as atenções da cena política do país, quando, como presidente nacional
do PSB, anunciou a retirada de seu partido dos cargos que ocupava, incluindo os
de segundo escalão, como a presidência da Chesf, que vinha sendo tocada pelo
engenheiro João Bosco Almeida, um dos homens de confiança de Eduardo Campos. A
meta do governador era sair do governo em 2014, quando o seu partido deverá
lançar seu nome como candidato a presidente, mas a acusação de fisiologismo
implantada pelo PT fez a bancada antecipar o cenário.
Aos poucos as definições vão ocorrendo e,
na próxima segunda-feira (23), o PT deverá anunciar ou não sua saída dos cargos
que ocupa nos governos socialistas, a exemplo de Pernambuco, onde a legenda
ocupa as pastas de Cultura, com Fernando Duere, e a de Transportes, com o
deputado Isaltino Nascimento. Também existem cargos importantes na Prefeitura
do Recife que serão debatidos nas reuniões das executivas nacional e estadual.
Há também a possibilidade dessas definições só ocorrerem no final da próxima
semana, quando a presidente Dilma Rousseff volta dos EUA, onde foi participar
de um congresso da ONU.
No campo da sucessão estadual também fica
a expectativa, já que tudo depende das movimentações nacionais. Não há como
negar que falta um ano para a eleição, mas o jogo já começou para valer e,
nessa partida de xadrez, quem mexeu a primeira peça foi o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos. (Texto publicado como Editorial do Jornal Vanguarda de Caruaru. Foi enviado ao blog pelo amigo radialista e jornalista José Torres, que mora na Capital do Agreste).
Uma vez eu disse e repito, esse Eduardo vai sair mais pequeno que quando começar. Vamos as inumeras pessoas que se rebelaram contra os pobres e se 'aliaram' a outras, Heloisa Helena, Cristovan Buarque, Garotinho, Ciro Gomes, entre outros.
ResponderExcluirConcordo em, gênero, número e grau!
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