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JORNALISTA LARISSA LOPES DENUNCIA AGRESSÃO

A jornalista Larissa Lopes aproveitou a passagem do Dia Internacional da Mulher para escrever um texto forte, corajoso, revelando como é ser vítima de agressão por um homem. Mesmo correndo riscos, ela não se intimidou e recorreu à Lei Maria da Penha, exigindo uma punição para o agressor. O relato foi feito no Blog Kitty Total, que tem como titular sua mãe, a colunista Kitty Lopes.

Caras amigas,

Chegou mais um Dia Internacional da Mulher, e hoje eu quero fazer uma homenagem diferente a todas esses guerreiras disfarçadas de mães, filhas, tias, irmãs, avós, esposas, namoradas, amantes, amigas...

Eu quero falar, do fundo do meu coração, a toda e a cada mulher que assim como EU, LARISSA MARIA LOPES ALVES, já foi vítima da agressão masculina. Saiba que, infelizmente, nós não estamos sozinhas nesse cenário, uma a cada cinco mulheres do nosso país confessa que já foi vítima da brutalidade de algum homem, tendo o machismo e o alcoolismo como os fatores mais instigantes para tais agressões, e cerca de 80% dos casos de assassinato de mulheres é cometido por companheiros ou ex companheiros.
Até quando vamos admitir essa situação? Quantas de nós ainda vai sofrer desse mal? Não podemos deixar que isso ocorra, não podemos nos calar e deixar impunes esses trogloditas, que se utilizam da força para querer impor uma inexistente superioridade dominante, sob nenhuma hipótese podemos aceitar qualquer tipo de agressão física ou verbal vinda de um homem. Queria muito dizer a vocês, que é fácil se livrar de um homem enfurecido ou convencê-lo a não nos bater quando estão tomados por esse desejo, mas não é, realmente é muito difícil e extremamente doloroso, pois cada pancada que abala nosso corpo e nosso rosto, uma maior transcorrer em nosso coração, por saber que aquele ato degradante está sendo cometido por um ser deplorável que até outra ora foi julgado como amor. Mas aí você compreende, ao olhar cada marca roxa surgida em sua pele, que o amor não faz isso, o que faz isso é a estupidez, a fúria e a real personalidade existente no outro.
É nessa hora que devemos nos fortalecer, mesmo que as lágrimas estejam lavando nosso rosto, mesmo que estejamos nos sentindo humilhadas e com medo, não podemos deixar pra lá e acabar acobertando esses marginais. Temos sim é que procurar a polícia, relatar o ocorrido e nos valer da Lei Maria da Penha, por mais constrangedora que pareça a situação, é preciso agir para não acobertarmos esses atos de violência, não podemos correr o risco de uma segunda vez, um agressor não merece uma segunda chance. Não é vergonha ser agredida, vergonha é não denunciar e assim subitamente aceitar que tudo possa se repetir, seja conosco ou com outra mulher, pois um homem que tem coragem para bater numa mulher, tem a mesma coragem pra bater em qualquer uma.
Nesse dia de hoje, onde, nós da classe feminina, temos tantas vitórias para comemorar e tanto do que nos orgulhar, vamos encarar essa triste realidade que nos cerca, vamos lutar com todas as nossas armas, seja por nós ou por uma amiga. Vamos dar um basta a violência contra a mulher, vamos agir para combater esses atos que, quero frisar, não escolhem cor, raça, classe social ou classe econômica, é um mal existente em todas as áreas da sociedade.
Fui vítima e sofri muito, tanto pelo fato ocorrido comigo quanto pelos comentários surgidos depois e também por ver algumas pessoas coniventes, na maioria homens é claro, com meu agressor, inclusive ao chegarem ao ponto de me pedirem para “deixar pra lá”. Mas nada me abalou ou me intimidou, pois minha indignação sempre foi maior que qualquer dor sentida. Tanto a justiça divina quanto a dos homens, tem me dado a proteção que preciso para continuar lutando por mim e por outras mulheres que precisem. Nos casos de Maria da Penha, a justiça comumente concede uma medida protetiva às vítimas, comigo não foi diferente, ela garante que meu agressor não se aproxime 200 metros de mim e nem tente manter nenhum tipo de contato, podendo implicar na prisão do indivíduo caso seja descumprida. O que é bastante reconfortante para que possamos seguir normalmente com nossas vidas sem medo de que ele volte a nos agredir. Sempre que precisei usar a polícia foi muito solicita e rápida em minha defesa, exceto uma única vez em que uma certa pessoa tomou as dores dele e interviu na ação policial. Mas ergui a cabeça e não me intimidei, pois sei que em quanto um ou outro é complacente com esse ser desprezível, tenho centenas de pessoas rezando por mim e que ao meu lado também querem que a justiça seja feita.
Tenho consciência de que essa minha declaração me expõe ao extremo, mas, antes de mais nada, como profissional de imprensa que sou, sei que também irá encorajar muitas mulheres a se defender. Quero aproveitar e me dispor para conversar ou mesmo orientar qualquer mulher que venha a ser vítima. Podem me procurar, estou disponível para ajudá-las como puder.

Feliz Dia Internacional da Mulher.
Com carinho,
Larissa Lopes.

13 comentários:

  1. Roberto,

    Larissa escreveu um belíssimo e corajoso texto. Vou copiá-lo e enviá-lo para meus amigos. Este texto engrandece o ser humano.
    Parabéns.

    Samuel Salgado.

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  2. Só agora Larissa Lopes tomei conhecimento do ocorrido e achei seu relato além de verdadeiro, emocionante e acima de tudo, de uma mulher que não teve medo de se expor por ser pessoa da sociedade, de mostrar que não estamos imunes de homens violentos e autoritários e que quando calamos permitimos que outras mulheres possam passar por atos de violência. Maria da Pecha precisou ficar em uma cadeira de rodas para que seus pedidos de socorro fossem ouvidos. Hoje nós não precisamos deixar a situação chegar a este ponto, de calar por pensar ser “vergonha” apanhar do marido, do namorado, do chefe, do amigo e até mesmo do pai ou do que as pessoas irão falar a nosso respeito como se vivessem por nós. Parabéns Larissa por seu desabafo público e que você seja o elo para que tantas outras mulheres não sofram em silêncio e procurem a Delegacia de Polícia. Você mostrou que além de jovem e bonita, não tem medo de enfrentar os problemas de frente. Que Deus abençoe sua caminhada e continue firme, forte e de cabeça erguida, pois como pedimos a Deus no Pai Nosso “livrai-nos de todo mal...” Ele atendeu as suas preces e colocou esse homem prá longe de você. Bjos

    (Pelo Facebook)

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  3. Roberto,
    Quero parabenizar a Larissa pelo belo texto, e pela coragem que ela teve de exposto o ocorrido, pois não a conheço, e nem sabia dos fatos.
    Parabéns também pela bela foto.
    Aproveito data magna das mulheres, para rogar a Deus que proporcione todas as mulheres de agirem como Maria da Penha, e como Larissa agora.
    Infelizmente existem dois tipos de homens. O homem de verdade em todos os sentidos, e aquele que apenas se veste. O difícil é as mulheres escolherem a pessoa certa, pois nem um tem um crachá no peito. Parabéns Larissa, pois tenho certeza que sua mãe, sua família e seus amigos estão todos orgulhosos de você. Que Deus continue lhe abençoando cada vez mais.
    Sales/Garanhuns

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  4. Não existe justificativa para um homem bater numa mulher; é uma atitude covarde a merecer o repúdio de todas as mulheres e de todos os homens de verdade. Sim! Porque existem tipos vestindo calças que são répteis desprezíveis, seres abomináveis em todos os sentidos; esses merecem o isolamento e o desprezo; a jovem Larissa, que conheço hoje através deste blog a minha admiração e solidariedade de mulher; você me levou às lágrimas e seu gesto foi digno e bonito, uma resposta à altura a esse brutamontes que pensar ser um homem. Deus lhe abençoe sempre minha filha!

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  5. Bela atitu7de de uma menina ainda muito jovem,isso não lhe envergonha lhe engrandesse,com certeza você encorajou muitas mulheres.Bençãos na sua vida.Você levantou a bandeira e nós a apludimos pela sua determinação.Dalva de Lourdes Mendes Cavalcante.

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  6. Como diz o frevo, numa mulher não se bate nem com uma flor. Detesto violência e covardia. Um belo texto. Rafael Brasil.

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  7. Parabéns Larissa, seu texto é completo e corajoso, o homem na expressão da palavra, não é nada disso que você explanou,esse deve ser um ser além de desprezível, covarde, porque quando não se tem argumentos e idéias, alguns usam a força para mostrar suas diferenças e o seu pseudo-poder, na verdade,isso é um distúrbio de comportamento.Parabéns à todas as mulheres, principalmente as mais destemidas.

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  8. Parabéns pela declaração e pela coragem! Você escolheu o caminho mais certo e talvez mais difícil, mas com essa escolha mostrou ser a mais corajosa e forte nessa história. Estou realmente orgulhosa de você.

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  9. Expedita Lopes da Costa10 de março de 2013 às 14:45

    Muita coragem minha filha, me orgulho de você.

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  10. NESSA MULHER CORRE O SANGUE E A FIBRA DA MULHER DE BREJÃO

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  11. É muito dolorido criar uma filha com o carinho, amor e educação e ver passar pelo que a minha passou. Infelizmente existe muito lobo em pele de cordeiro. Larissa, minha menina, meu amor, razão da minha vida, minha mais fiel companheira e parceira de trabalho, quando li sua postagem(primeiro no Face) de imediato postei no blo kitty total e para minha satisfação meu confreire e amigo Roberto Almeida, meu diretor no Correio Sete Colinas, também o transcreveu, pois assim o mundo toma conhecimento do que você passou e por tabela toda sua família, sua lagrimas, as minhas, do seu irmão, do seu pai e de alguns familiares e amigos não foram derramadas em vão, a justiça será feita. A Lei Maria da Pena é uma realidade e proteção para nós mulheres. Seu gesto de coragem, primeiro em denunciar e depois se expor e levar o caso a publico só faz de você uma GRANDE MULHER. Deus te abençõe e te livre de todo mal.

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  12. Alem de linda vc é extremamente inteligente e corajosa...MUITOS APLAUSOS PELA SUA ATITUDE...DEUS te proteja e te der força pra seguir...

    Rosa Ferro Bom Conselho...

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  13. José Fernandes Costa11 de março de 2013 às 19:59

    Por motivo de viagem, só hoje pude ler esse texto. Que traz o depoimento de quem foi vítima de um reptil ignominioso. - "Homem" que agride MULHER, NÃO é homem de verdade. - Bater, humilhar, matar MULHER tornou-se o "esporte" dos delinquentes inferiores. - Entes abjetos, travestidos de homem, armam-se de falsa coragem para maltratar e menosprezar MULHERES. - São indivíduos rasteiros. - Podem até ser psicopatas, que se divertem com a perversidade que praticam. - Contudo, não têm nada de loucos. Têm maldades e mau-caratismo. - Repudio veementemente tais elementos que se dizem homens e violentam MULHERES. - Seja que tipo de violência for. - São covardes e maus-caracteres. - Merecem o desprezo de todos nós. - PARABÉNS a Larissa, por nos dar a chance de abordar esse assunto. - Para mim, TODOS OS DIAS SÃO DIAS DAS MULHERES./.

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