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CAPITÃES DE AREIA

Cecília e os garotos que participam do filme

No ano  do centenário de Jorge Amado, o escritor mais popular do Brasil até hoje, sua neta Cecília Amado adaptou para o cinema um dos seus bons romances, “Capitães de Areia”, escrito na segunda metade da década de 30, em plena ditadura do Estado Novo. O filme deixa um pouco a desejar, apesar dos belos cenários da Bahia, da boa edição de som, da trilha sonora acertada e de resgatar uma das primeiras obras da literatura brasileira a discutir a questão dos meninos de rua.

Mas o filme fica longe do livro, não traz a carga poética de Jorge Amado, nem consegue construir personagens fortes, como no romance. Como boa parte dos atores mirins são amadores pode-se dar um desconto, porém “Capitães de Areia” merecia um tratamento mais profissional e acredito que Cecília, apesar das boas intenções em homenagear o avô, pecou nesta parte.

Capitães de Areia continua uma obra atual. Acontece que o problema dos meninos de rua, dos menores abandonados, somente se agravou do final da década de 30 até os dias de hoje.

A marginalidade dos meninos do filme (e do livro) é amadora, comparada à de hoje. Na época em que Jorge Amado publicou o seu livro não se podia imaginar que crianças virariam bandidos do porte dos que são mostrados em “Cidade de Deus”, essa uma obra cinematográfica muito superior à produção de Cecília Amado.

Dá para assistir “Capitães de Areia”. Pelo menos para se ter uma ideia da história criada pelo escritor baiano em sua fase comunista. Mas o melhor mesmo é ler o livro, com a prosa forte e poética de Jorge, um “contador de histórias” que tinha preocupações arraigadas com o social.

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