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O ADVOGADO DO DIABO - FILMES INESQUECÍVEIS 94º

“Advogado do Diabo”, de 1997, é um filme que à época atraiu multidões aos cinemas e até hoje provoca impacto nas pessoas que o assistem. Tanto pela história, o roteiro bem elaborado, quanto pelas ótimas atuações de Keanu Reeves e Al Pacino. Este último, que começou a brilhar como ator ainda jovem, quando participou de “O Poderoso Chefão”, rouba literalmente as cenas na pele de um homem que é a representação do próprio satã.

A direção do filme é de Taylor Hackford, que conduz seu trabalho com competência. Sem os bons atores do elenco, contudo, dificilmente “O Advogado do Diabo” seria tão instigante e teria o êxito comercial que teve.

No longa, Keanu Reeves é o advogado Kevin, um talento brilhante da Flórida, que jamais perdeu uma causa. Indicado para um cargo  em uma poderosa firma de advocacia de Nova York, o rapaz é completamente envolvido pela figura do chefão John Milton (Al Pacino). Kevin e a esposa Mary Ann (Charlize Theron, bonita e talentosa) começam, então, a desfrutar as glórias de um apartamento espaçoso com vista para o Central Park e um polpudo salário.

Advogado do Diabo é um bom  thriller, que pode se equiparar aos bons clássicos de horror do cinema, como O Exorcista, Carrie, A Estranha e o Bebê de Rosemary. Claro, cada um  desses trabalhos são de diretores diferentes e cada um tem sua proposta.

Vi pela primeira vez este filme há muitos anos, na estreia em Recife. Mas ainda guardo algumas impressões, principalmente da performance de Pacino, um ator realmente acima da média. "Advogado do Diabo" é como uma parábola, é um pouco bíblico, ao discutir as opções entre o bem e o mal e ao advertir sobre o perigo da vaidade excessiva.

O crítico  Rodrigo Carrero, no site Cine Repórter, faz algumas boas considerações a respeito do  filme. Vou usar o seu texto para completar essa resenha, já que não pude rever o longa recentemente, como gostaria.

“O trabalho de Taylor Hackfor tem um enredo sobrenatural. A presença de criaturas das trevas existe e domina a maior parte dos longos 144 minutos de duração da película. O cineasta Taylor Hackford não faz nenhuma questão de esconder isso. A maior pista está no nome do protagonista: John Milton, para quem não sabe, é o autor do clássico “O Paraíso Perdido”, romance que narra a maldição que se abateu sobre a raça humana após a tentação de Eva.

“Por trás dos toques sobrenaturais, porém, há mais do que isso; há um interessante olhar sobre o materialismo do ser humano do século XX, um estudo sobre vaidade e poder, diluído em história de fantasmas e conduzido com pulso firme. “O Advogado do Diabo” é um filme de terror que funciona além da esfera de entretenimento puro. A história pode ser lida, na verdade, como uma releitura contemporânea da obra de Milton, o escritor: um conto de tonalidades fantásticas sobre o processo de corrupção da alma de um ser humano.

“Hackford tem bons aliados. A fotografia de Andrzej Bartkowiak flagra uma Nova York decadente, poluída, suja e, ainda assim, fascinante. Os tons de terra avermelhados e dourados que dominam as imagens casam perfeitamente com a excelente direção de arte de Dennis Bradford. O imenso lar de John Milton, com seus enormes espaços abertos e decoração inspirada na arquitetura medieval, é o maior destaque do filme. Até mesmo a ambientação externa reforça essa sensação de solidão que emana das imagens: o Central Park no outono, cheio de folhas secas e vento forte, também rende uma imagem poderosa.

“E há Al Pacino, claro. “O Advogado do Diabo” é um filme conduzido com cuidado rumo a um final apoteótico, praticamente um show solo do ator. Taylor Hackford dá ao longa-metragem o ritmo correto, envolvendo a platéia no mistério que cerca o protagonista e mesclando a progressão da história com alguns sustos. Faz isso, entranto, de olho na seqüência final, que captura um Pacino em forma, agarrado ao papel com unhas e dentes. Pacino grita ardentemente um fascinante discurso, explica a filosofia por trás do filme e oferece um exemplo de quão magnética pode ser a figura de um grande ator na Hollywood de fim de século.

“ Aliás, não é possível deixar de notar a semelhança temática entre o filme de Taylor Hackford e o brilhante “Crepúsculo dos Deuses”, do mestre Billy Wilder. O diretor austríaco, no entanto, fez um filme bem característico do seu estilo; sutil, Wilder criou um estudo monumental sobre a vaidade, travestido de parábola a respeito dos bastidores de Hollywood. Já Taylor Hackford preferiu colocar Al Pacino gritando suas verdades, em forma de filosofia popular, para o espectador. Um sinal dos tempos, talvez”, conclui Rodrigo.

Um comentário:

  1. Ah, muito boa a referência usada para expor este filme. Rodrigo Carreiro é um excelente analista e crítico de filmes, em diversos gêneros.
    Ele é professor do curso de cinema aqui da UFPE.
    E se não me engano é filho do escritor Raimundo Carrero.

    Recife-PE.

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