O Jornal do Commercio do Recife publicou no último domingo uma das melhores reportagens que li nos últimos tempos. O periódico da capital pernambucana, através de um dos seus repórteres, acompanhou o trajedo do Rio Una, desde sua nascente, no município de Capoeiras, até quando desagua no mar, já no Estado de Alagoas. O JC mostra, numa matéria muito bem feita, que o rio é atacado pelo homem desde o início do seu trajeto: o fio d´água do nascedouro está envolvido pelo capim para o gado; mais na frente, em São Bento do Una, uma olaria foi construída dentro do leito do rio; chegando em Cacheirinha o Una sofre a agressão de uma montanha de lixo jogada pelo homem e prossegue assim até chegar ao seu destino final. Nem as pessoas, nem os governos cuidam dele. Tinham inteira razão os internautas que votaram em recente enquete deste blog e culparam tanto os governantes quanto a população pela tragédia da enchentes de junho, em Pernambuco e Alagoas. O Jornal do Commercio deixou muito claro que a fúria das águas não resultou simplesmente de um capricho da natureza. (Na foto o Rio Una num trecho em que parece ter sido deixado em paz).
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