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GRANDES NOMES DA MPB XXIV



*Clique o nome da artista, acima, e acesse o vídeo da cantora interpretando Amor e Sexo.

E Rita Lee faz Música Popular Brasileira, perguntaria o leitor que acompanha este blog? Sim no sentido amplo que estamos dando a estas três palavras. Nesta série, a MPB não é um gênero específico da produção artística nacional e sim a reunião dos grandes nomes que compuseram, cantaram e interpretaram canções no idioma português, espelhando o Brasil em vários dos seus aspectos. A Rita começou e continua fazendo rock, porém sua criação tem sotaque brasileiro e muitas de suas canções estão estreitamente ligadas à realidade do país nos anos 60, 70, 80, 90 e década atual. Assim, não há porque deixá-la num gueto, temos mais é de reconhecê-la como uma cantora importante para a “evolução da música popular brasileira”, mesmo ela tendo contestado a MPB num dos seus sucessos.

Rita Lee Jones de Carvalho é filha de um imigrante americano com uma descendente de italianos. Nasceu em São Paulo, estudou em colégios da elite e desde mocinha aprendeu a falar fluentemente o francês, o inglês, o espanhol e o italiano. Chegou a cursar Comunicação Social, em Sampa, na mesma turma da atriz Regina Duarte, mas terminou enveredando mesmo pela música. Em 1963 formou um trio com umas amigas, depois um conjunto com a inclusão de homens no grupo e deste último surgiria Os Mutantes, revolucionário, numa época em que os Beatles explodiam mundialmente e em que a Jovem Guarda dava as ordens por aqui. Gravaram poucos discos, porém foi o bastante para se tornar uma referência e influenciar muitos músicos e cantores (as) posteriormente.

A cantora paulista foi expulsa dos Mutantes, que tinham altas pretensões e achavam que ela não poderia acompanhar o pique dos marmanjos. Interessante, porque eles desapareceram, são um registro na história enquanto a Rita Lee, já chamada de “vovó do rock” continua aí, se apresentando na televisão, tocando no rádio, fazendo shows e sendo reconhecida como estrela em qualquer recanto do país.

Sem os Mutantes, Rita ainda gravou dois discos solo, formando depois a banda Tutti Fruti. O disco em vinil gravado com esse grupo, “Atrás de Um Porto Tem Uma Cidade”, de 1974, é um dos melhores trabalhos que já se fez no pop e rock brasileiros até hoje. É um disco completo falando em bruxas, discos voadores, natureza, cometa Haley, baseado e muitas coisas ligadas ao contexto da época. “Menino Bonito”, um tanto romântica, é uma das faixas mais lindas do disco, que tem outras igualmente belas. No ano seguinte, pela Som Livre da Globo, o grupo lançaria Fruto Proibido, que apesar de mais irregular do que o trabalho anterior consagraria a cantora graças ao poder da emissora do plim-plim. Além da faixa título, “Ovelha Negra” se tornaria um dos grandes sucessos da artista de Sampa. Esta, um dia seria mencionada de forma extremamente bela e poética numa música de Caetano Veloso dedicada a maior cidade do Brasil e terra natal de Rita Lee.

Desde 1976 que a artista trabalha com Roberto de Carvalho, com quem se casou e teve três filhos. Lançaram desde então inúmeros sucessos que emplacaram como tema de novelas e nas rádios. Da década passada, uma das canções mais acertadas é “Amor e Sexo”, feita em parceria com o cineasta e cronista Arnaldo Jabor.

Rita esteve duas vezes no Festival de Inverno de Garanhuns, e num deles, em 2002, conversou mais do que cantou. Estava empolgada e pediu abertamente votos para Lula, que venceria naquele ano a sua primeira eleição.

Embora talvez deseje ser uma espécie de “ovelha negra” da MPB, goste de provocar um pouquinho e escandalizar até mesmo os fãs, não resta dúvida de que Rita Lee tem muita importância na música brasileira dos últimos quase 50 anos e por isso faz por merecer figurar nesta série, ao lado de outras grandes estrelas.

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