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FILMES INESQUECÍVEIS III


A NOVIÇA REBELDE


Se a memória não está me traindo, assisti o filme "A Noviça Rebelde" pela primeira vez no antigo Cinema Veneza, em Garanhuns, quando era ainda um garoto. É um prédio antigo, na Rua Dr. José Mariano, localizado por trás do Supermercado Bonanza. Vive fechado, guardando as lembranças de grandes exibições da sétima arte, num tempo em que a televisão ainda não dava as cartas. Depois revi o filme no Recife, assisti novamente no cinema, em vídeocassete, DVD, televisão aberta e fechada. Devo ter visto mesmo pelo menos meia dúzida de vezes. Confesso que nunca enjoei, nunca deixei de me encantar com a história de Maria, uma mocinha meio destrambelhada que as freiras sem saber o que fazer para "endireitá-la" mandam-na para a casa do rígido Capital Georg von Trapp, viúvo e pai de sete crianças muito barulhentas. O longa tem uma trilha sonora belíssima, fotografia impecável para a época e interpretações memoráveis dos garotos e garotas e principalmente de Julie Andrews (que faz a noviça) e de Christopher Plummer (o capitão). A personagem, trabalhando na casa, conquista os filhos do militar, que antes não conseguiam conviver bem com as governantas. O próprio Von Trapp, de coração endurecido, termina se pegando de amores pela jovem, que também se apaixona. Aparentemente, é uma história simples demais. Mas tudo neste filme funciona de maneira perfeita: a direção sem defeitos de Robert Wise, (mesmo diretor da primeira versão de "O Dia em que a Terra Parou") as paisagens belíssimas, as muitas canções do filme, as performances dos atores, o suspense quando toda a família austríaca foge dos nazistas, que haviam invadido o País.


A Noviça Rebelde estreou nos Estados Unidos em 1966 e ficou três anos em cartaz, com os cinemas sempre cheios. Depois voltou na década seguinte e ficou novamente longo tempo em cartaz. Fez sucesso no mundo inteiro, porque ninguém resiste a bela história contada nas telas, baseada numa história real da família de cantores da Aústria. O filme, que em Portugal recebeu o nome de "Música do Coração", tradução da música tema do longa, ganhou cinco Oscars no ano em que disputou as famosas estatuetas: Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Filme.

A Noviça Rebelde é mesmo um filme excepcional, muito diferente de certas produções que fazem um tremendo sucesso e depois são esquecidos por não ter as qualidades de um grande clássico. Tudo que está contido nessa historia conduzida por Robert Wise: beleza, emoção, música de qualidade, alegria, suspense, amor e sobretudo arte. O longa americano pode ser comparado a uma obra de um grande artista plástico que usou todo o seu talento para nos presentear com um quadro perfeito, desses que a gente coloca com orgulho na sala e olha todo dia, sempre descobrindo um pequeno detalhe e se deliciando com a genialidade dos verdadeiros artistas.

*Detalhe curioso: Os três filmes que iniciaram esse série, Casablanca, O Grande Ditador e a Noviça Rebelde, apesar de bem diferentes (mas todos obras primas do cinema), têm algo em comum: nazistas pelo meio da história. Como se percebe logo de início, os seguidores de Hitler aparecem com frequência na literatura e/ou na sétima arte. Não são mostrados de forma simpática, é claro.

Um comentário:

  1. Muito bom ! a pesquisa de Eduardo Peixoto está furada, o pessoas de Dimas, já pediu a mais duas amigas minhas para votar na saúde.

    m. josé

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