O terremoto no Haiti não poupou crianças, velhos, doentes, escolas, hospitais, nem igrejas. A foto acima, publicada por Judit no blog Rosas do Capibaribe esconde um mistério. O prédio da igreja ruiu todo, foi ao chão em muitos pedaços. Mas Cristo e a cruz em que está lá, pregado, permaneceram intactos, firmes, inabaláveis. Por que só o Cristo foi preservado? Milagre, mistério ou a ciência e os céticos explicam isso em três ou quatro palavras?
Não foi atingido. Três palavras. Os outros santos e crucifixos de dentro da Igreja, inclusive nosso grande ser humano Zilda Arns, estavam
ResponderExcluirCleómenes Oliveira (http://www.citltda.com)
Caro Roberto,
ResponderExcluirFiz um comentário a esta postagem mas saiu truncado. Não sei de quem foi a culpa. Talvez minha mesmo. De Deus, tenho certeza de que não foi.
O que queria dizer, e aproveitei a sua ideia de 3 ou 4 palavras, era somente que o crucifixo não caiu porque estava fora da Igreja. Os muitos crucifixos e imagens que estavam lá dentro devem ter sofrido danos consideráveis. Se alguém perguntar por que estava fora, eu perguntarei porque os outros estavam dentro.
Mencionei um grande ser humano que foi Zilda Arns. Ela morreu porque estava dentro da Igreja. Que culpa tem Deus nisso? Seus desígnios, seus mistérios, seus segredos para conosco? Nada disto! É nossa grande Loteria Universal, da qual só nós humanos temos consciência. Uns dizem que só nós temos a centelha divina. Mas se não nos cuidarmos, mesmo esta centelha divina se acabará ao acabar a vida. A não ser que fiquemos iludidos com ideais de almas, karmas, ressureição dos mortos e reencarnações.
Quantos Haitis, em termos de mortes, foram poupados no Japão por eles esperarem menos de Deus e confiarem mais em suas próprias forças para criar um sistema eficiente de previsão, precaução e ajuda para terremotos? Talvez tenhamos chegado a um ponto em termos de civilização no qual podemos nos defender a nós mesmo das forças naturais. Os maiores desastres ocorrem quando, ao invés de usarmos nossas mentes e tecnologia já gerada por ela para que esta proteção seja efetiva, a usamos para esperar por Deus, que é cego igual a justiça, mas nem justiça faz. Pois a que dizem que ele faz não nos é compreensível.
O Cristo crucificado que não caiu com o terremoto talvez até seja de muita utilidade para o povo do Haiti, se ele fizer o que o Cristo Redentor faz pelo Brasil: atrai turista, distribui renda, e dar uma condição melhor a nosso povo. A religiosidade é útil muitas vezes, como é inútil e perniciosa outras. E isto acontecerá até que nossa civilização evolua para um patamar digno de quem adquiriu consciência, como nós o fizemos.
A obra de Zilda Arns sempre esteve ligada à religião. Dizer que naquele dia, Deus escolheu D. Zilda, ao invés de um Cristo de pedra, é uma explicação pior do que simplesmente dizer que Deus não existe, e que temos que nos coser com nossas próprias agulhas (mesmo aquela que acusam terremotos) e linhas (talvez telefônicas).
Obrigado se você publicar estes esclarecimentos.
Cleómenes Oliveira (http://www.citltda.com)