INFLAÇÃO NA VENDA DE VOTOS

O ótimo Blog da CIT, feito por papacaceiros que moram em Bom Conselho e outras cidades (tem gente até em Belém do Pará), traz um artigo muito interessante denunciando a inflação na venda de votos no interior do Estado. O artigo é longo e começa citando uma nota da colunista política Marisa Gibson, do Diario de Pernambuco. A jornalista revela que vereadores de cidades pequenas e de médio porte estão pedindo de 30 a 60 mil reais para apoiar um candidato a deputado. Os prefeitos querem 100 mil, em média. O autor do texto, que assinou apenas como diretor da CIT, informa então que recebeu uma suposta carta de "Seu Salviano", direto da terra de Pedro de Lara, lamentando uma cena que viu no parque de exposições de animais da cidade, com pessoas promovendo um "leilão" de cabos eleitorais. Mais adiante, cita Garanhuns, que também estaria realizando leilões semelhantes em mais de um local. O bonconselhense lamenta, porque no seu tempo o apoio aos candidatos era dado em troca de construção de pontes, calçamentos, praças, etc. No final ainda há uma citação indireta a este blog, que "promove enquetes para saber quem foi o melhor prefeito, quem é o melhor político...". E propõe que se faça uma para saber quem foi o melhor administrador do município de Bom Conselho.

Na verdade a política cada vez mais é um grande balcão de negócios. O presidente, o governador, o senador, o deputado, o prefeito, o vereador e na ponta o chamado cabo eleitoral. E o eleitor, claro, participa deste jogo, vendendo seu voto por dentadura, caixão de defunto, telha, cimento, remédio ou um exame médico no Recife. É um triste realidade e enquanto for assim nunca vamos ter um Congresso Nacional decente e Câmaras Municipais que prestem. E o sistema contamina tudo: O Executivo, o Juciário e até no Ministério Público já tem aparecido no noticiário através de casos que mancham a imagem da instituição mais séria do país , da Constituição de 88 para cá. A inflação da moeda está mais ou menos sob controle. A inflação na venda dos votos está descontrolada.