GOVERNO MUNICIPAL
CRESCE O CAMPUS DA UPE
CAMPEONATO EMPOLGANTE
Ainda em relação ao brasileirão, não dá para apontar com certeza quem será rebaixado. Diferente dos três ou quatro últimos anos, quando Santa Cruz, América de Natal e Ipatinga pintaram desde o início como favoritos a cair para a segunda divisão, este ano a briga é acirrada. Tanto Fluminense, como Sport, Botafogo e Náutico, que no momento estão na zona da degola, têm chances reais de sair da fogueira. A situação é pior para o Flu e o Leão da Ilha, mas a matemática mostra que eles ainda não estão mortos. Bom para o torcedor que o certame seja assim. É garantia de emoção até as últimas ou quem sabe até a última rodada.
E para finalizar o papo sobre futebol desta segunda, vamos reproduzir a informação do blog de Ronaldo César a respeito do Sete de Setembro de Garanhuns:
Finalizamos agora um giro de notícias a respeito do clube alviverde de Garanhuns. A equipe dos meninos estará participando da Taça São Paulo de Futebol Juniores. É isto mesmo, aquele torneio entre aspirantes que preenche o calendário do futebol brasileiro no mês de janeiro patrocinado pela prefeitura da capital paulista e tem seu encerramento no dia 25 de janeiro, dia do aniversário da metrópole. Pois bem, o Sete de Setembro foi convidado pela federação pernambucana e estará representando o futebol da nossa terra. Cabe a nós a responsabilidade de fazermos bonito. Podemos nos sorteios das chaves pegarmos times de conceito nacional, o que é bom! E quem sabe até ter uma partida transmitida em nível nacional. É a primeira vez que participamos deste torneio e não lembro se o clube setembrino já participou de outras competições deste nível. O Zé Leite está a frente dos juniores do Sete e este ano de 2009 já foi feito um bom trabalho, é importante que prossiga e que no ano de 2010 possa posicionar o nosso Guará entre as potências do interior do estado.
UMA HISTÓRIA PERNAMBUCANA NO CINEMA
Embora Paulo Thiago não seja um diretor com o talento de um Fernando Meirelles ou Walter Sales e este seu último filme tenha algumas falhas, o filme é importante por contar uma boa história, baseada em fatos reais, ainda mais que os meninos e São Caetano ficam aqui bem pertinho de nós, fazem parte da realidade do Agreste Pernambucano.
Alguns críticos massacraram a produção, que foi finalizada em 2008 e chegou aos cinemas no primeiro semestre deste ano. No momento pode ser conferido em DVD, pelo menos em cópias genéricas.
Embora concorde com algumas críticas, acho que esses caras que comentam cinema e arte de maneira geral são muito radicais. O olho só funciona para ver as falhas, ficando completamente fechados para os aspectos positivos de uma obra. É o que acontece em relação à "A Osquestra dos Meninos". Outra coisa: os críticos de cinema no Brasil são muito mais corajosos e implacáveis com a produção nacional, pegando mais leve quando analisam um filme americano ou europeu.
Claro que no geral eles são melhores, principalmente do ponto de vista técnico. Mas também têm muito mais dinheiro, povo educado, governos sensíveis à cultura, etc.
"A Osquestra dos Meninos" merece ser visto sim. Pela história, por retratar a realidade nordestina, pela trilha sonora e por revelar algumas coisas da vida do maestro Mozart e seus pupilos que são desconhecidos por muita gente. Os erros do diretor são perdoáveis. De 0 a 10 eu daria no mínimo 6 ao longa.
MÚSICA E ORAÇÃO
Nos anos 60, quando estourou com um verdadeiro fenômeno nas paradas de sucesso de todo país, Roberto tinha um quê de rebelde e escandalizou os carolas da época, quando compôs uma música "mandando todos para o inferno". Os padres nas igrejas e muitas mães em casa consideravam aquilo um pecado, um sacrilégio. Da bossa nova, portanto, o "rei" partiu para o iê-iê-iê, uma vertente do rock bem brasileira.
Na década de 70, uma outra virada na carreira do cantor. Ele passou a ser mais romântico, as músicas se tornaram mais melosas e surgiu a primeira canção inspirada em sua intensa fé no catolicismo e no cristianismo: "Jesus Cristo", do LP de 1970 foi um verdadeiro estouro nas rádios brasileiras. Tocou quase tanto quanto a incômoda música de meados da década passada.
Roberto Carlos, então, parece ter descoberto um filão e aí todo ano passou a colocar no seu disco de final de ano (antes era assim: todo artista de renome obrigatoriamente lançava um LP a cada 12 meses) uma canção de fundo religioso. A Montanha, Todos Estão Surdos, O Homem, Ele Está para Chegar, Nossa Senhora... São várias, algumas muito bonitas, outras meramente apelativas. Uma das menos badaladas delas, que nem tocou tanto assim no rádio, é uma das mais belas. A letra e a melodia se casam muito bem e a considero uma verdadeira oração.
Fica como o recado deste domingo que desejo perfeito para todos os leitores do blog:
ESTOU AQUI (Roberto e Erasmo Carlos)
"Estou aqui
Outra vez em busca desse abrigo
Do conforto desse olhar amigo
Luz do meu caminho a direção
Estou aqui
Por tantas angústias e conflitos
Como tantos outros tão aflitos
Sabem que você é a solução
Estou aqui
à procura do caminho certo
Como quem precisa num deserto
Por milagre a fonte, a salvação
Estou aqui
Venho iluminar meus pensamentos
E aliviar meus sofrimentos
Só você eu sei é a solução
Por isto meu amigo
Cada vez mais forte é a minha fé
E a minha crença
Em toda parte encontro o seu olhar
Sua presença
E elevo o pensamento em oração
Cristo meu amigo
Sua luz me mostra a direção a ser seguida
Você é a verdade é tudo é o caminho a vida
Só você eu sei é a solução."
DOMINGUINHOS BRILHA NO CINEMA
O garanhuense Dominguinhos, maior sanfoneiro deste país, agora está brilhando no cinema. O legítimo sucessor de Luiz Gonzaga (o próprio Gonzagão o nomeou) é o principal personagem do filme "O Milagre de Santa Luzia", que está para estrear nos cinemas de São Paulo, depois de ter sido aplaudido no último Festival de Cinema de Brasília. Pena que o músico não fale na sua terra natal tanto quanto outro garanhuense ilustre: o presidente Lula. Abaixo, o texto da UOL sobre o longa estrelado por Dominguinhos:
O filme de estreia do diretor contribui para mudar essa ideia. "O Milagre de Santa Luzia", como Roizenblit define, "é uma viagem pelo Brasil tendo a sanfona como pano de fundo". Essa jornada é conduzida pelo músico Dominguinhos, o maior sanfoneiro vivo do Brasil, que visita mais de dez cidades em todos os cantos do país, como Exu e Serrita (PE), Barra Mansa (MS), João Pessoa (PB) e Serra dos Aimorés e Turmalina (MG).
Um destaque está na participação de músicos famosos, como Sivuca e Mario Zan, ambos mortos em 2006, Arlindo dos 8 Baixos e o gaúcho Renato Borghetti, entre outros. O único depoimento gravado na época do "O Brasil da Sanfona" é o do poeta cearense Patativa do Assaré, morto em 2002, que homenageia Luiz Gonzaga com um poema no qual chama o Rei do Baião de "artista colosso".
Conduzindo essa viagem, Dominguinhos conversa e toca solo e com outros músicos. Mas acompanhar o sanfoneiro necessitou de uma adaptação do documentarista. "Ele é o máximo, muito calmo, faz tudo com muita tranquilidade, muito diferente da afobação do paulista. Tivemos que entrar no ritmo dele - o que não foi um problema". Filmar com o sanfoneiro, porém, exigiu viagens apenas de automóvel, fossem quais fossem as distâncias. "O Dominguinhos não anda de avião. Então tivemos de planejar o filme de acordo com as viagens dele de carro. Não foi difícil, porque trabalhávamos com uma equipe bastante compacta."
Levando em conta a acolhida do documentário no Festival de Brasília 2008, onde recebeu o prêmio de melhor trilha sonora e o Vagalume de Melhor Filme (prêmio concedido por um júri de deficientes visuais), em novembro passado, Roizenblit pode estar certo. Em Brasília, o filme, exibido em competição, foi aplaudido diversas vezes ao longo da sessão e ovacionado por mais de quatro minutos depois do final. "Acredito também no boca a boca. As pessoas que gostam vão recomendar para seus amigos. Por isso é importante que seja bastante visto em seu primeiro final de semana, para poder continuar em cartaz".
ACESSO EM PÉSSIMO ESTADO
Na Cohab II moram dois secretários do município: Carlos Eugênio e Wellington. Pelo jeito eles não se importam muito de andar na buraqueira.
SAI PRA LÁ PREFEITURA!
POEMA FÚNEBRE
PRAÇA ESQUECIDA
Bastante politizado e tendo acompanhado diversos governos de Garanhuns desde Aloísio Pinto, Isaac constata que os prefeitos do município têm a mania de não dar continuidade ao que seus antecessores fizeram.
*comentário da professora Maria Almeida: parabéns, pela imparcialidade e competência como são postadas as noticias do seu blog. Este éum excelente serviço de boa informação para os que gostam de estarem atualizados. Maria Almeida.
**NÃO E SÓ NA VILA DO QUARTEL. A PRAÇA EM FRENTE AO ELVIRA VIANA TAMBÉM ESTÁ ABANONADA. A PRAÇA LEVA O NOME DA MAE DO DEPUTADO JOSE CARDOSO, FRANCISCA CARDOSO. DEIXEM O HOMEM TRABALHAR, MAS ESTA DIFICIL,PREFEITO FRACO.... (comentário não assinado).
***parabéns pelo blog (mensagem sem identificação do autor)
O PREFEITO NAS RÁDIOS
VENDER BOLO
CODEAM REÚNE PREFEITOS
HIPÓTESE
PREOCUPAÇÃO
JORNAL CIDADE
PROBLEMAS COM A IMPRENSA
AUDIÊNCIA EM ALTA
O Ibope mostra que "Caminho das Índias", que termina na primeira quinzena de setembro, está com a audiência em alta. No capítulo de ontem à noite, quando do encontro de Raul (Alexandre Borges) e Ivone (Letícia Sabatella) o folhetim global chegou aos 50% de aparelhos de TV ligados na novela, em todo o Brasil. Para quem acompanha, nesta quarta tem mais novidade: Raul será sequestrado por engano no lugar do irmão. O golpe foi planejado pela própria filha. Está na cara que os autores estão se baseando em casos reais que têm acontecido no país nos últimos tempos.
GENETON E GABEIRA
HOMENAGEM A DOM HÉLDER
A nota abaixo está no blog de Inaldo Sampaio de hoje e merece ser lida por todos os pernambucanos e pelos brasileiros conscientes em geral:
"Era muito comum, durante o regime militar, os defensores da nova ordem emprestarem seus nomes a ruas, avenidas, escolas e outros tipos de logradouros públicos.
Até o temível delegado da Polícia Civil de SP, Sérgio Paranhos Fleury, virou nome de rua
Agora, porém, por iniciativa do prefeito Oswaldo Barba (PT), a rua passou a se chamar Dom Hélder Câmara em homenagem ao ex-arcebispo de Olinda e Recife, cujo centenário de nascimento se comemora este ano."
AVALIAÇÃO NEGATIVA
ADESÃO MACIÇA
ENTREVISTA COLETIVA
FEIRA DOS MUNICÍPIOS
O RELÓGIO DO PÉROLA
Iniciativas como a de Mário B. Filho, o Marinho, deviam servir de modelo a outros comerciantes e empresários. Se formos esperar tudo da Prefeitura Garanhuns dificilmente sairá dessa buraqueira e da falta de ações de algum impacto.
GRUPO DE JAZZ
Garanhuns tem gente que faz teatro, poesia, literatura, artes plásticas, artesanato, jornalismo, rock, pop, forró, MPB e jazz. É muita coisa. Só que na maioria das vezes os talentos ficam invisíveis porque não há uma política cultural para expor (positivamente, é claro) o nosso pessoal.
FESTA MUDA DE DATA
DE NOVO A PE-193
O republicano propôs, atendendo sugestão do vereador Washington Cadete , que a rodovia - a ser asfaltada pelo Governo Eduardo Campos - seja batizada homenageando o médico e político Lívio de Souza Valença. Ele foi prefeito de São Bento e exerceu sete mandatos de deputado estadual. Já o petebista sugeriu o nome do ex-prefeito de Capoeiras, Manoel Reino da Silva, para nominar a PE-193. Este político (já falecido) teve apenas um mandato e além desse atributo era sogro do ex-prefeito Nenen. As Câmaras Municipais dos dois municípios aprovaram moção de apoio à proposta de Feitosa, considerando mais justa a homenagem a Dr. Lívio.
PRAÇA E IGREJA
Agora, em Garanhuns, existem muitas cidadezinhas sem praças e até sem igrejas. Já escrevi aqui sobre a realidade da Cohab II. Mas não é só por lá. No Parque Fênix, Novo Mundaú, Novo Heliópolis, em Manoel Chéu, na Várzea, na Brahma e em outros lugares da cidade também não tem uma pequena área de lazer, com bancos para sentar e jogar conversa fora. Não é à toa que a meninada se reúne pelos lugares escuros, à noite, para beber ou fumar maconha. Se não oferecem aos jovens da periferia uma mísera praça, que tem de sobra no centro-cartão postal, o que eles podem fazer da vida?
GARANHUENSE NOS STATES
GARANHUENSE NO MÉXICO
FESTIVAL E ANUM DE OURO
Muitos em Garanhuns nem conhecem o Marcílio Reinaux, que é parente do homônimo que já foi Secretário de Turismo no Município. Mas é importante que se tome conhecimento de duas ideias dele que foram importantes para a cidade e região: foi ele quem levou ao então prefeito Ivo Amaral a proposta de se fazer um Festival de Inverno nos moldes do que acontecia em Campos de Jordão. E foi o jornalista, no início da gestão de Luiz Carlos de Oliveira, que criou o projeto Anum de Ouro, para homenagear personalidades que colaboraram com o FIG ao longo desses anos.
ABERRAÇÕES
INVESTIGAÇÃO DE HOMICÍDIOS
GETÚLIO
O BLOG NO AGRESTE
O SPORT AINDA RESPIRA
A derrota do Náutico para o Cruzeiro em Belo Horizonte era prevísivel. Agora, o que não pode é o timbu deixar de vencer o Atlético do Paraná nos Aflitos e ir para o tudo ou nada contra o Fluminense no Maracanã. Náutico e Sport podem escapar da degola, mas vão ter de batalhar muito nos próximos jogos.
VERÔNICA
UM ATO DE LIBERDADE
O CORREIO ATRASOU
UMA CIDADE
A Cohab II, oficialmente Conjunto Residencial Francisco Figueira, nome dado em homenagem a um ex-prefeito do município, se junta a loteamentos como o Rosa Mística, Morada do Sol, Manoel Camelo, Luiz Gonzaga I, II e III e forma uma "cidadezinha" maior do que Brejão, Paranatama ou Jupi. Mesmo assim, ao contrário das cidades citadas e qualquer outra do Agreste Meridional, a Cohab não tem ao menos uma pracinha. Tem a Igreja Católica cercada com arame farpado, a pista de acesso cada vez mais esburacada, muito mato e parte das ruas ainda sem calçamento. O saneamento também ainda não chegou a nenhuma casa do conjunto construído em 1982, nem aos loteamentos que surgiram em redor. É uma realidade típica do Nordeste. Se você for a qualquer cidade do interior paulista do porte de Garanhuns descobrirá que todas ruas são asfaltadas (lá calçamento é coisa do passado) e normalmente 100% já estão saneados.
Está se desenhando aí que o prefeito Luiz Carlos irá receber um bom dinheiro para investir em saneamento e infra-estrutura. É uma boa oportunidade de mudar as coisas para melhor. Na Cohab II, no Mundaú, no João da Mata e em muitas outros bairros que precisam de uma maior atenção do poder público.
ANIVERSÁRIO DA MARANO
HOJE É DIA DE LEMBRAR RAULZITO
O aniversário da morte do Raulzito (primeiro nome artístico do autor de "Ouro de Tolo) foi lembrada este mês - e especialmente hoje - por vários veículos de comunicação do país. A TV Globo, no Fantástico de domingo passado, chegou a exibir um clip inéditodo Raul, que tinha sido censurado pela ditadura. Aqui em Garanhuns, o "Maluco Beleza" foi lembrado pelo Jonas Lira, na FM Sete Colinas e por Marcos Cardoso, na Marano. Este último aproveitou logo a entrada do programa, falou da data e mandou tocar logo três das melhores produções do artista: Gitã, Metamorfose Ambulante e O Dia em que a Terra Parou. O Caderno C, do Jornal do Commercio, dedicou toda a primeira capa e metade da contracapa do seu espaço para falar da trajetória de Raul Seixas, em bela matéria assinada por José Teles.
AVALIAÇÃO E LEMBRANÇAS
Apesar da nota anterior, das matérias na TV, nos jornais e das homenagens nas emissoras de rádio, eu queria aproveitar este dia 21 de agosto para fazer uma avaliação mais pessoal do que representou e representa Raul Seixas na história da música nacional. E fazer isso junto com algumas lembranças de quando surgiu o fenômeno do rock/pop brasileiro.
Era início da década de 70, o Brasil já tinha sido tri-campeão do mundo e eu estudava à noite no Colégio Diocesano de Garanhuns. O padre Aldemar ainda estava bem vivo e forte, existia o Cine Jardim e bem pertinho o Bar do Miraboa, onde vez por outras nós estudantes tomávamos uma pinga com algum tiragosto.
Na década anterior, menino de 9/10 anos, despertei para a música ouvindo um cara que provocaria profundas mudanças na música do Brasil. Estava na mercearia do meu pai e o rádio soltava os versos provocativos que escandalizaria a Igreja Católica na época: "De que vale o céu azul sempre a brilhar/se você não vem e eu estou a lhe esperar... Só quero que você, me aqueça nesse inverno e que tudo mais vá pra o inferno". Pouco tempo depois, o mesmo cantor deixaria encantado o moleque do interior com outra letra irreverente, quando ele tão ousado naqueles tempos confessava "estar amando loucamente a namoradinha de um amigo meu". Só muitos anos depois eu seria capaz de compreender outros sons e entender artistas engajados como Caetano, Chico, Gilberto Gil e Luiz Gonzaga Júnior.
Retomemos, contudo, aos anos 70. Roberto Carlos ainda era idolatrado como "rei" de Norte a Sul do País, os outros cantores da Jovem Guarda começavam a sumir e surgiam novidades como The Fevers, que substituiam Os Incríveis na preferência popular e movimentavam as festinhas do interior. Em cidades como Caetés, Capoeiras, Lajedo e Jupi surgiu a onda dos "assustados", que reunia a moçada para paquerar, dançar e namorar. Tudo meio comportado, pois erámos moços e inocentes e na região ninguém sonhava ainda com esse negócio tão comum hoje em dia que se chama Motel.
Sem que estivéssemos devidamente preparados para novidade, de repente começamos a ouvir no rádio uma música completamente diferente daquela a que estávamos acostumados. Não eram os iê-iê-iês de Roberto e sua turma, não parecia em nada com o som dançante dos Fevers, muito menos com os baiões de Luiz Gonzaga, que também curtíamos. Era uma coisa meio louca, irradiada, como se o cara estivesse despejando palavras ao ritmo de uma metralhadora e querendo passar algum recado que ainda não tinha sido dado: "Eu queira estar contente, porque sou um cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês...". Com pouco tempo saberíamos o nome daquele camarada que estourava nas paradas de sucesso do Brasil, chegando, com o sucesso de seu "Ouro de Tolo", a ser entrevistado e louvado nas páginas de O Pasquim, o alternativo capaz de enfrentar a ditadura militar de Garrastazu Médici.
No ano seguinte fui pela primeira vez a Angelim, participar de uma partida de futebol, e no ARA, o Clube local, uma vitrola (para os mais novos: era assim que se dava o nome aos aparelhos de som daquela época) tocava sem parar o segundo LP do Raul, então já um ídolo no país. O disco trazia Gitã, Trem das Sete, Medo da Chuva e outras músicas inesquecíveis que ainda hoje agradam pessoas de todas as idades.
Raulzito, ex-produtor de Jerry Adriani e Renato e seus Blue Caps virou Raul Seixas, tornou-se um grande vendedor de discos, e na parceria que fez com o futuro escritor Paulo Coelho ganhou fama de "filósofo", "esotérico", "lunático" e "maluco". Fez músicas inclusive falando de discos voadores e deu entrevistas garantindo já ter visto os tais discos e seus ocupantes.
TENTE OUTRA VEZ
Não há condição, neste espaço, de descrever toda trajetória do artista e analisar disco por disco. Então, vamos ao que realmente interessa ao escrever sobre o cantor. O terceiro LP de Raul Seixas teve a mesma qualidade dos dois primeiros em parceria com Paulo Coelho. Foi intitulado Novo Aeon e a música título é uma das melhores do álbum, que trouxe ainda "Tu és o MDC de minha vida", uma sátira interessante ao romantismo da Jovem Guarda, e "Tente Outra Vez", este um grande sucesso do artista que continua tocando como se tivesse sido feita ontem, acho que principalmente por conta da letra encorajadora dizendo para nunca desanimar, ir em frente, não desistir, dando a entender que cada um é capaz de "chegar lá".
Daí em diante, embora ainda tenha feito alguns trabalhos junto com Paulo Coelho, Raul Seixas nunca conseguiu reeditar a criatividade de "Ouro de Tolo", "Gitã" e "Novo Aeon". Claro, tivemos "Como Vovó Já Dizia", "Há 10 mil anos atrás" e "Maluco Beleza", esta última virando quase sinônimo de Raul Seixas.
Acredito, porém, que a mudança de parceiro, de companheiras, de gravadoras e certamente o álcool e as drogas foram destruindo o cantor. Ele, então, em vez de evoluir foi ficando decadente, terminou por adoecer e morrer muito jovem, apenas com 45 anos de idade.
Raul foi um artista popular que só pelos primeiros cinco discos que lançou assinalou definitivamente seu nome na música brasileira. Não fazia iê-iê-iê, não era puro rock ou MPB no sentido de gênero que essas três letras ganharam. Nem bossa nova, samba ou um pop na linha de Cazuza, Renato Russo e outros monstros sagrados da música nacional que vieram depois. O Raulzito foi um caso único mesmo, como um cometa, que passou e deixou uma marca difícil de apagar no cena artística do país.
Não era um grande cantor, como ele mesmo reconheceu; foi um bom intérprete em alguns momentos e a qualidade de algumas composições suas deixaram muito a desejar, como por exemplo o "Rock das Aranhas", revelando uma espécie de preconceito tosco contra as lésbicas e "Eu também vou reclamar", quando mostra muita deselegância em relação aos seus colegas da música popular brasileira". Sobra até para Caetano e Belchior, artistas corretos e de muito talento. (Como o compositor de "Maçã", um belo hino em defesa do amor livre, seria capaz de atacar de maneira tão feia o amor entre duas mulheres?).
Raulzito casou cinco vezes e teve três filhas. As duas mais velhas moram nos Estados Unidos e a caçula, Vivi Seixas, de 28 anos, é casada com americano no entanto mora aqui mesmo no Brasil. Ela não é cantora, mas algo do pai herdou: trabalha como DJ e pensa inclusive em produzir um CD dentro da sua linha de trabalho reunindo sucessos do pai.
Acredito que sem Paulo Coelho o cantor e compositor baiano não teria ido tão longe na música brasileira. O hoje escritor famoso deve ter sido o responsável pelas melhores letras e trabalhosde Raul. Tanto é que quando se separaram começou a decadência. O autor de O Alquimista é e era capaz de se apropriar de obras alheias para vender como se fosse criação sua. A prova está numa das músicas mais bonitas cantadas por Seixas, "Água Viva", incluída no LP "Gitã" e assinada pela dupla. No entanto, os versos são um verdadeiro plágio de um poema de São João da Cruz e o livro deste católico ainda pode ser encontrado para comprovação da fraude. Não custava ter dado o crédito e a canção deveria ter sido assinada assim: "Música e letra de Paulo Coelho a partir dos versos de São João da Cruz". Abaixo, segue a letra de"Água Viva", que também é o título de um livro de Clarice Lispector.
ÁGUA VIVA
Eu conheço bem a fonte
Que desce aquele monte
Ainda que seja de noite
Nessa fonte está escondida
O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Êta" fonte mais estranha,
que desce pela montanha
Ainda que seja de noite.
Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite
Sei que são caudalosas as correntes
Que regam os céus, infernos
Regam gentes
Ainda que seja de noite
Aqui se está chamando as criaturas
Que desta água se fartam mesmo
às escuras
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite...
Eu conheço bem a fonte
Que desce daquele monte
Ainda que seja de noite
Porque ainda é de noite!
No dia claro dessa noite!
Porque ainda é de noite
AÇÕES NA CRISE
CORREIO Nº 250
NAUFRAGA O FESTIVAL DE LITERATURA
SETE DE SETEMBRO
ENQUETE NA RÁDIO JORNAL
O VETO A SILVINO
Eliane é professora, é técnica e é uma excelente figura humana. Ela não faz politicagem, mas tem de obedecer aos chefes. É por essas e outras que Garanhuns está do jeito que está.
Silvino quando prefeito era prepotente e arrogante demais. Hoje não se dá com Luiz Carlos. Mas ser homenageado pela turma que se formou era uma questão de justiça.
OS CUSTOS DA OBRA
AS AUTORIDADES
SONHO DE 40 ANOS
UMA NOITE EM SÃO BENTO DO UNA
CHUVAS DE AGOSTO
ESCLARECIMENTO SOBRE O CASO BOM CONSELHO
Torço para que a crise passe, torço para que os municípios recebam mais recursos e torço para que a senhora Judit Alapenha faça uma excelente administração, livrando Bom Conselho do estigma de prefeitos campeões em nepotismo e outras práticas condenáveis, com exceção, se não estou enganado, de Daniel Brasileiro. Estamos sempre abertos ao diálogo e a busca da verdade, tanto neste blog, quanto no Correio Sete Colinas, jornal que edito já há 10 anos. Um fraternal abraço e muito êxito em sua administração.
CARTA DE JUDITH ALAPENHA
Da prefeita de Bom Conselho, Judith Alapenha, o jornalista recebeu extensa correspondência (levando em consideração que o blog é feio com notas curtas), explicando os problemas políticos que têm ocorrido no seu município e dando resposta a um dos comentários que escrevi neste espaço. Por respeito e dever profissional, o e-mail da governante é publicado na íntegra:
Caro Roberto Almeida,
Tenho acompanhado diariamente aqui no blog a repercussão acerca de comentários surgidos a partir de algumas informações que você recebeu de “um morador de Bom Conselho” a respeito da minha administração. Não poderia deixar de fazer aqui alguns esclarecimentos, se assim você me permitir este espaço, assim como o fiz numa participação ao vivo no programa do amigo Marcos Cardoso. Vamos aos fatos, então.
No mais, só tenho a agradecer pelo espaço. Gostaria que esse e-mail fosse divulgado na íntegra.
A SINA DOS PERNAMBUCANOS
MTV REPETE PROGRAMA SOBRE O FIG
FINAL DO ENCONTRO
AVALIAÇÃO DO ENCONTRO
A PRESENÇA DA IMPRENSA
REPRESENTAÇÃO DE CAETÉS
BARTOLOMEU
O PR EM CAPOEIRAS
JULIANA E CLÉO
As atrizes Juliana Paes e Cléo Pires brilham num comercial da Arezzo em que se abraçam e se olham de uma maneira muito sensual. Muitos estão vendo na cena um "culto à homossexualidade".
Entrevistada pela Rede TV, Juliana disse que o ensaio ficou acima de tudo bonito, elegante e sensual. Na opinião dela, se for um culto à homossexualidade não tem problema, "porque estamos em épocas modernas".
"Por que não?", questionou Juliana na TV, ressaltando, apenas, que a intenção não é fazer nenhum tipo de apologia demagoga.
O ORÇAMENTO DO SENADO
Interessantes é que alguns políticos, como Roberto Freire e Eduardo Suplicy, defenderam em algum momento de suas vidas essa mesma proposta. Quando chegaram lá, desistiram da ideia.
Particularmente considero - mesmo antes dessa crise - o senado uma excrescência.
Acredito que o país poderia melhorar muito sem o senado, com menor número de deputados federais, estaduais e vereadores.
A democracia não depende da quantidade dos seus representantes nos parlamentos e sim da qualidade. De que adianta ter 100 deputados como Paulo Maluf e apenas um Fernando Gabeira?
O Brasil precisa de uma reforma política séria e de homens públicos que tenham o mínimo de vergonha.
JOGOS DOS BRASILERÃO
EDUARDO NA FRENTE
ATENTADO À BOMBA EM QUIPAPÁ
GISELE
SECRETÁRIO PARTICIPA DE ENCONTRO DO PR
PROCON NA AESGA
MAIS UMA DA TELEVISÃO
FESTIVAL NA MTV
Devíamos aproveitar matérias como essa, a experiência do 19º FIG e começar já este ano um trabalho para que a vigésima edição do Festival de Inverno seja realmente uma apoteose. Devia haver um grande esforço conjunto da Prefeitura, da Fundarpe, dos empresários, da imprensa, dos deputados que são votados em Garanhuns, para que a festa em 2010 supere tudo que já foi feito. E aí, que venha novamente a MTV, a TV Globo Nacional, a Folha de São Paulo, a Veja, os jornais do Recife e toda a grande imprensa nacional. Que possamos ter na cidade também o governador, o presidente, os candidatos aos governos estaduais e ao Planalto... Se for feito um trabalho eficiente, desde agora, tudo isso é perfeitamente possível. Garanhuns tem de pensar grande.
NÁUTICO, SPORT E SETE
Ninguém fala mais na segunda divisão do campeonato pernambucano, uma vez que o Sete de Setembro continua garantido na primeira. Mas sempre tem alguém que se interessa: O Vera Cruz, de Vitória de Santo Antão, está praticamente garantido na primeirona do pernambucano de 2010. É hora dos garanhuenses começarem a pensar na montagem do time alviverde para o próximo ano. É importante para a cidade continuar no grupo de elite do futebol, trazendo ao Gigante do Agreste o Sport, o Santa Cruz, o Náutico, o Central e outros times, que sempre deixam a Suíça Pernambucana com um ótimo astral aos domingos.
CRÍTICA AO MUNDO DA MODA
Por falar em mundo da moda, o SBT tem um programa horrível e os erros (e o politicamente incorreto) começam pelo nome: "Esquadrão da Moda". Logicamente se inspiraram no termo "Esquadrão da Morte" para chegar a essa pérola.
Mas o programa faz jus ao nome: dois apresentadores bossais, convencidos que sabem tudo de moda e etiqueta humilham de modo vergonhoso mulheres sem recursos ou cultura suficiente para se vestir bem. Tudo que o personagem - candidato a receber R$ 10 mil para investir no guarda-roupa - sabe é inútil, é brega, é horroroso, na visão da "brigada da moda". Só eles têm a visão do correto, do que se deve vestir ou calçar.
Muita etiqueta, frescura e reacionarismo.
Pobre TV aberta, que tem de viver das coisas de Silvio Santos ou das guerras travadas entre a emissora do bispo e a Globo da família Marinho.
NÚMEROS DO CENSO
BONS EXEMPLOS
AS TELEVISÕES EM GUERRA
MISERÁVEIS COMOVEM A MÍDIA
Já Ronaldo César, no seu sempre criativo e informativo blog, informa que toda noite uma mulher de idade avançada dorme na porta do Núcleo de Assistência Social da Prefeitura de Garanhuns, o NASG. Ele desconfia que ela faz isso para revender as fichas.
Infelizmente, esses dois casos não são isolados. Nem na cidade, nem no Estado, muito menos no País. Apesar do bolsa-família, do aumento real do salário-mínimo do crescimento do emprego no país (pelo menos antes da crise) e outras coisas positivas da era Lula, a desigualdade social continua brutal, com uma péssima distribuição de renda.
Contribui com esse quadro, também, a corrupção que campeia no País - e não é só no senado federal, é bom que se esclareça. O quadro de corrupção é endêmico: Nos poderes executivo, legislativo, judiciário, nas polícias, no meio empresarial, no setor esportivo e por aí vai. Os pobres, que recebem o mau exemplo que vem de cima, também pensam em dar um jeitinho de se dar bem. Muitos tubarões escapam impunes da roubalheira, mas os pequenos, como esse ladrão de fraldas do Magano, normalmente terminam na cadeia e terminam virando bandidos de verdade porque o sistema não recupera ninguém.
Não estou tendo um ataque de pessimismo, é a nossa realidade.
E isso não será resolvido com ações de caridade ou campanhas isoladas de um e outro, embora seja positivo tanto denunciar, quanto extender a mão a quem precisa. Pior é a omissão, fechar os olhos à realidade ou negar água ou comida a quem precisa.
A questão não será resolvida pela Dilma, Marina, Serra, Aécio ou Ciro. Precisamos de um presidente de vergonha, um congresso que também tenha essa qualidade e que se invista mais em cultura e educação. Quem faz universidade, tem a oportunidade de ler livros ou se habilita a apreciar uma obra de arte no cinema ou no museu dificilmente vai roubar fraldas ou comida no supermercado.
Enfim, os políticos como um todo precisam melhorar, a mídia precisa ser parceira e responsável e conscientizar, e o povo brasileiro, que já evoluiu um pouco, é verdade, precisa avançar ainda mais.