OS DESDOBRAMENTOS DA PRISÃO DOMICILIAR DE JAIR BOLSONARO


A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, teve repercussão internacional.

Além da repercussão interna, grandes veículos de comunicação noticiaram o fato na Argentina, na Espanha, França, Portugal e nos Estados Unidos.

A Globo noticiou a decisão de Moraes no início da noite passada e hoje no Bom Dia Brasil levou ao ar reportagens e ouviu a opinião de alguns dos seus jornalistas, como Gerson Camarotti e Miriam Leitão.

Apesar de conservadores, esses profissionais da imprensa avaliaram que o ministro não poderia ter tomado outra decisão, uma vez que Bolsonaro já tinha sido avisado, mas teimou em desobedecer a lei.

Jornalista mais independente, Reinaldo Azevedo, foi na mesma linha, embora tenha ido além, apontando os delitos do ex-presidente.

Integrantes do Governo Lula acreditam que a prisão pode ter sido provocada para gerar comoção. A intenção de Bolsonaro, segundo essas pessoas, é parecer uma vítima de perseguição.

Na verdade o Supremo tem sido cauteloso. Quando o ex-presidente fez a primeira aparição pública e falou em público, com suas palavras sendo reproduzidas nas redes sociais, já havia base legal para sua prisão.

Alexandre de Moraes, porém, aceitou as explicações dos advogados e preferiu fazer apenas uma advertência.

Nesta segunda-feira, com a ajuda do filho, senador Flávio Bolsonaro e do deputado Nikolas Ferreira, o ex-presidente exagerou.

Mandou mensagem para manifestantes, de certa forma afrontou a Suprema Corte.

Nikolas e Flávio não sabiam que estavam "esticando a corda"?

Dá a impressão que essa turma quer mesmo é ir para o confronto.

E depois da prisão domiciliar vem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmar que a decisão de Moraes é absurda.

Segundo ele, não houve tentativa de golpe, nunca ninguém fez nada. São todos os santinhos.

É muita cara de pau.

Se o golpe tivesse vingado ninguém teria tido direito a um julgamento justo.

A imprensa estaria amordaçada, muita gente estaria na cadeia e a tortura estaria de volta.

Estamos vivendo uma democracia, embora queiram fazer uma narrativa do contrário.

Não há perseguição política. O que de fato acontece é que herdeiros da ditadura militar querem cometer crimes, se colocam acima da lei e estão se dando mal.

Alexandre de Moraes, ministro indicado para o STF pelo ex-presidente Michel Temer, tem revelado muita coragem e procurado sempre agir dentro da legalidade.

Não fosse assim já tinha se enrolado.

*Imagem: Revista Brasil de Fato

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