Lembro de algumas vezes que nossos caminhos se cruzaram.
Quando Arraes assumiu o segundo mandato de governador, eu fiz por uns tempos a cobertura do Palácio das Princesas, pelo Jornal do Commercio.
Foi nesta época, em 1987, que conheci Eduardo. Tinha 20 anos ou pouco mais.
Era chefe de gabinete do avô e ao seu redor um grupo de jovens, chamados na brincadeira de "Duduzetes", chamava a atenção.
Um deles era o Luciano Vasquez, que no futuro exerceria funções importantes nas gestões do PSB.
Outro era o Aluísio Lessa, futuro deputado estadual.
Quando já estava morando em Garanhuns, passados mais de 10 anos, eu comandava um programa jornalístico na FM Sete Colinas.
Entrevistei Eduardo quando ele se lançou candidato a governador. Ele tinha apenas 4% nas pesquisas, mas terminou se elegendo, derrotando o candidato da direita, Mendonça Filho.
Em 2006 eu tive um sério problema de saúde e não pude acompanhar tão bem a campanha.
Mas pude ver na televisão a comemoração de sua estrondosa vitória.
Um ano depois, ele já no Palácio, fui convidado para um café da manhã, no qual estiveram presentes jornalistas de diversas regiões do Estado.
Falei com ele rapidamente, a voz já afetada pela cirurgia. Nunca esqueci do olhar dele pra mim, quando o cumprimentei. Como houvesse um misto de espanto e admiração, por eu ser um sobrevivente.
Estive com ele depois em outra ocasião, quando ele veio inaugurar algum equipamento no Hospital Dom Moura.
Foi nesse dia que ele lançou a ideia de se construir um novo Hospital Regional em Garanhuns, que o governador batizou como "Mestre Dominguinhos".
Aí, em 2014, veio a campanha presidencial. Eduardo Campos deu uma entrevista na TV Globo em que se saiu muito bem.
No outro dia, pela manhã, encontrei num mercado perto de casa o ex-vereador Joacir Laurindo, que me falou do desastre de avião que tinha tirado a vida do jovem governador de Pernambuco.
Com a imagem ainda da entrevista na noite anterior, pensei que Joacir estava fazendo uma pegadinha comigo. Demorei um pouco a acreditar.
Hoje Eduardo vive nos filhos João e Pedro, que seguiram seu caminhos na vida pública.
Está presente nas UPAS, nos grandes hospitais que construiu na Região Metropolitana do Recife, nas escolas técnicas, no curso de medicina que trouxe para Garanhuns, em centenas e centenas de obras espalhadas por todas as cidades de Pernambuco.
Eduardo Campos, 60 anos, presente!

Orando para que não haja nenhum fato novo este ano. Se não houver, Eduardo ganha o governo do estado por uma grande margem. E ajudará muito Lula.
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