Sempre li muito.
Comecei com os gibis, os livros de bolso e por volta dos 14 anos eu já mergulhava na grande literatura, tendo ficado impressionado com "Crime e Castigo", de Dostoiévski. Aí não parei mais.
Este ano, porém, li menos de que em outros tempos. Pensei até que estivesse perdendo o gosto, por conta da idade ou pelo cansaço do trabalho diário. Mas não. Descobri esta semana que o problema é que peguei alguns livros chatos e bastou uma leitura prazerosa para em três ou quatro dias consumir mais de 200 páginas de “O Mago”, do jornalista e escritor Fernando Morais.
Comecei com os gibis, os livros de bolso e por volta dos 14 anos eu já mergulhava na grande literatura, tendo ficado impressionado com "Crime e Castigo", de Dostoiévski. Aí não parei mais.
Este ano, porém, li menos de que em outros tempos. Pensei até que estivesse perdendo o gosto, por conta da idade ou pelo cansaço do trabalho diário. Mas não. Descobri esta semana que o problema é que peguei alguns livros chatos e bastou uma leitura prazerosa para em três ou quatro dias consumir mais de 200 páginas de “O Mago”, do jornalista e escritor Fernando Morais.
E olha que já tinha lido a
biografia de Paulo Coelho, antes, uns 10 anos atrás.
Mas passada uma década
lembrava de pouca coisa e reli o livro com o mesmo gosto da primeira vez.
Gosto da produção de Fernando
Morais desde que ele publicou A Ilha, em meados dos anos 70. Foi um dos primeiros
trabalhos de fôlego sobre o país comunista, à época comandado por Fidel Castro.
Um best sellers, nos anos de chumbo, com uma visão simpática ao regime socialista,
sempre atacado pela grande imprensa, rádio e televisão.
Do mesmo escritor li “Olga”,
que rendeu um filme razoável, Na Toca dos Leões, que relata a vida e o
sequestro do publicitário Washington Olivetto e Chatô, para mim o melhor de
todos.
“O Mago” faz um retrato
completo da vida de Paulo, desde sua adolescência atormentada, as internações psiquiátricas
forçadas pelos pais, a passagem pelo teatro, o mergulho nas drogas e a
consagração como um dos escritores que mais vende livros no mundo.
Morais escreve suas
biografias como quem tece um romance, deu ao gênero um status literário que
provavelmente não fosse o mesmo antes.
Biografia melhor do que as
escritas por Fernando talvez só o livro “O Anjo Pornográfico”, de Ruy Castro,
sobre Nélson Rodrigues.
Gosto muito também de “Roberto
Carlos em Detalhes”, de Paulo César Araújo, o ótimo livro burramente censurado
pelo cantor e compositor.
Enfim, dá para perceber que
os livros continuam uma grande paixão.
Felizmente, porque nunca a internet, com
toda sua vastidão, vai substituir o bom e velho livro.
Imagine você caro leitor (a)
se dá para sentir o mesmo prazer estético ler no computador obras como Senhora
(José de Alencar), Dom Casmurro (Machado de Assis), O Tempo e o Vento (Érico
Veríssimo), Água Viva (Clarice Lispector) e Gabriela, Cravo e Canela (Jorge
Amado)?
(Inconscientemente citei algumas leituras que me marcaram, em tempos diferente da minha vida).
Certamente o livro digital não proporciona o mesmo deleite do material impresso!
*Nas fotos o escritor Fernando Morais e uma das edições do famoso livro de Jorge Amado "Gabriela, Cravo e Canela", com Sonia Braga na capa.
Qualquer pessoa de um nível intelectual razoável sabe muito bem que, ler um bom livro está entre os hobbies mais apreciáveis de muitas pessoas, e não é pra menos. O hábito da leitura nos transforma em pessoas cheias de imaginação e nos convida a um mundo repleto de criatividade. Afinal de contas, a leitura da asa a imaginação.
ResponderExcluirP.S.: - Alguém já disse, eu também digo que, um livro tem asas longas e leves que, de repente, levam a gente pra longe, muito longe… A gente viaja no tempo...