A Comissão de Fiscalização Financeira
e Controle aprovou hoje (quarta, 10) requerimento do deputado federal Fernando
Rodolfo (PL-PE) convidando a depor na Comissão dirigentes da empresa Linkcon
Eireli. Apesar de ter firmado contratos
de TI (tecnologia da informação) superiores a R$ 73 milhões com o governo
federal, a empresa declarou estar sediada num salão de beleza na pequena Jupi,
no agreste pernambucano.
Além de Júlio Werner Silva
Cajueiro e Paloma Carreras Blanco, representante e procuradora da empresa,
respectivamente, Rodolfo incluiu nos depoimentos o ex-secretário nacional da
Juventude, Francisco de Assis Costa
Filho; os ex-presidentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Rodrigo Sérgio
Dias; da Codern (Cia Docas do Rio Grande do Norte), Fernando Dinoá Medeiros
Filho, e da CDRJ (Cia Docas do Rio de Janeiro), Tarcisio Tomazoni. Os órgãos do
governo e as estatais foram algumas das entidades públicas que contrataram a
Linkcon.
Inspeção do TCU (Tribunal de
Contas da União) constatou que, mesmo tendo assinado, desde 2016, contratos de
mais de R$ 73 milhões na área de TI com quatro ministérios (Turismo, Saúde,
Defesa e da Integração Nacional) e vários órgãos públicos e empresas estatais,
a empresa tinha sede, na época da assinatura dos contratos, em um pequeno salão
de beleza de Jupi, cidade de 13 mil habitantes. “As condições físicas da sede
afiguram-se incompatíveis com o faturamento da empresa”, constatou o relatório
do TCU.
Diz ainda o TCU que sua
investigação descobriu “documentos falsificados, atestados de capacidade
técnica adulterados e pagamentos sem qualquer comprovação de prestação de
serviços” nos contratos da Linkcon. Rodolfo justifica seu requerimento pela
necessidade de se debater, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle,
“as constatações do TCU”. Não está
decidida ainda a data dos depoimentos.
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