José Ednardo Soares Costa
Sousa, ou simplesmente Ednardo, como se tornou conhecido em todo o Brasil é um
dos grandes nomes da música popular brasileira, tendo vivido o auge de sua
carreira nos anos 70.
Compositor, cantor, o artista
na infância era vizinho de Fagner, num bairro de Fortaleza e por ser um
pouquinho mais velho levava o coleguinha pra escola, conforme combinação das
mães dos dois “pimpolhos”.
Ednardo se formou em
engenharia química e ainda estudante começou a trabalhar na fábrica de asfalto
da Petrobrás na capital cearense.
No trabalho, muitas vezes
parava suas atividades para compor uma música, pois desde esta época o
engenheiro era dominado pela vocação artística.
Depois o cantor começou a
fazer shows, venceu um festival de música nordestina e começou a se destacar
nos meios musicais de Fortaleza, juntamente com seus amigos Fagner, Belchior e
Amelinha.
O próximo passo do compositor
foi trocar Fortaleza pelo Rio de Janeiro e já no Sudeste lançou o primeiro
disco intitulado “Ingazeira”, com “O Pessoal do Ceará”, que incluía Roger e
Teti.
Em São Paulo, os cearenses
começaram a fazer um programa de entrevistas na TV Cultura, entrevistando
grandes personalidades da cultura nacional, como o ator Juca de Oliveira e o
cantor pernambucano Luiz Gonzaga.
Antes de lançar o disco que o
tornaria conhecido nacionalmente, Ednardo compôs a música “Beira Mar”, uma
linda canção que foi gravada por Eliana Pitman, um nome conhecido na época.
Em 1974 o cearense lançou o
vinil “O Romance do Pavão Misterioso”, um disco perfeito, que no entanto não
fez muito sucesso, ficando conhecido apenas do público universitário,
principalmente nas capitais do Nordeste.
Uma das músicas desse disco
de 74 é “A Palo Seco”, composta em parceria com Belchior, que também gravou a
canção, assim como Fagner.
Dois anos depois, porém, a
música título do álbum, “Pavão Misterioso”, foi incluída na primeira versão da
novela “Saramandaia”, escrita por Dias Gomes, e começou a tocar em todas as
rádios do Brasil.
“Pavão Misterioso” foi
regravada mais de 20 vezes, inclusive por Ney Matogrosso e extrapolou
fronteiras, sendo tocada até entre os índios brasileiros e chegando até o
Japão.
No disco seguinte, “Berro”,
Ednardo gravou a música “Passeio Público”, em que faz uma homenagem a
pernambucana de Exu Bárbara Alencar, uma das heroínas da Revolução de 1817.
“Azul e Encarnado”, terceiro
vinil de Ednardo é outro álbum impecável, concebido em cima do folclore
nordestino, com referências ao pastoril, ao reisado e ao cordel.
O cantor e compositor lançou
outros discos em sua carreira, fez trilhas sonoras para filmes, dentre eles o
longa “Luzia Homem”, em que também interpreta um pequeno papel, e em 2001
gravou um CD com música de outros autores.
Neste álbum, um dos últimos
de sua carreira, assina apenas a canção título “Única Pessoa”, feita em
parceria com o paraibano Chico César, que confessa ter sido muito influenciado
pelo cearense em sua trajetória artística.
Ednardo está com 72 anos e se
apresenta em Garanhuns no palco da Praça Mestre Dominguinhos, participando de
um tributo a Belchior, juntamente com Geraldo Azevedo, Vanusa, Cida Moreira,
Tulipa Raiz e Renata Arruda, dentre outros e outras.
Em shows feitos em Natal e Recife, recentemente, Ednardo cantou "A Palo Seco", "Paralelas" e "Como Nossos Pais" para homenagear o antigo parceiro.
Uma das melhores canções compostas por Ednardo é "Pastora do Tempo", que faz parte do disco "Azul e Encarnado". Confira o vídeo do Youtube com o áudio original da música, que tem uma participação brilhante de Fagner:
Uma das melhores canções compostas por Ednardo é "Pastora do Tempo", que faz parte do disco "Azul e Encarnado". Confira o vídeo do Youtube com o áudio original da música, que tem uma participação brilhante de Fagner:
Em que pese, hoje, o cachê de EDNARDO ser mixuruca por está fora da mídia há 200 anos é uma ótima atração do FIG. Festival este, que se vislumbra ou com certeza será um dos piores que já esbarrou, aqui, na TERRINHA DA GAROA...
ResponderExcluirP.S. : - Que pena EDNARDO não fazer um dueto com Fagner para homenagear o inesquecível Belchior... Mas sabe de quem é a culpa dessa falha proposital?!?!?! É desta traste de FUNDARPE, que um dia Garanhuns ainda se livra dela mandando-a para a casa da peste como Caruaru fez, dando-lhe um chute no traseiro!!!