Do artista garanhuense Alexandre Revoredo:
"O novo sempre vem" (Belchior)
A
programação do FIG está maravilhosa! Como todos os anos sempre esteve. O FIG é
uma festa democrática e muito maior que o gosto particular, não cabe o egoísmo
da preferência (só será bom se tiver o que te agrada). O evento pretende ser
para todos e não tem como resumi-lo a um palco apenas. É pequeno pensar assim.
O FIG é democrático (coisa difícil de se ver atualmente). Existem falhas?
Lógico que sim! Em todos os âmbitos sociais em nosso país existem falhas. O FIG não é feito para servir de pão e
circo, para ganhar votos para aquele candidato. O evento é a verdadeira
celebração da arte e dos artistas, da nossa cultura, da nossa identidade. E
para combater essa onda de desânimo e pessimismo que se abateu sobre nosso
país, devemos consumir, fomentar e espalhar arte! E nisso o FIG se garante. O
evento não é voltado para um showzinho de entretenimento, diversão passageira
regada a algumas doses de álcool. O evento é a própria consumação da arte,
sobretudo daquela que têm sido produzida no estado! O FIG é onde aquele seu
primo, amiga, conhecido, ídolo, professor, pode mostrar sua produção artística,
sua verdadeira expressão. E mostrar isso dentro de um formato democrático,
aberto, com estrutura mínima suficiente para isso. É ali que o artista mostra
sua arte ao público em geral. Crianças, adultos, idosos, deficientes, gente de
todas as raças e todas as crenças podem ser artistas ou público. Eu mesmo sou
artista na hora da minha apresentação, nos outros dias sou público e estou
satisfeito por ter a oportunidade de ter acesso a tanta coisa boa em dez dias.
Artistas conhecidos, consagrados e artistas dos quais nunca ouvi falar (e que
me surpreendem todos os anos). É isso! O FIG celebra o tradicional e o novo. E
todos os anos eu me renovo enquanto gente, enquanto trabalhador da arte e
descubro novos valores com a arte que me deixam ainda mais humano e sensível à
vida. Vai lá, vai tomar um vinho ou um chocolate quente, vai dançar, vai ouvir
uma conversa sobre literatura, poesia; vai observar os novos artistas que estão
em cena; vai ver a performance dos músicos, dos dançarinos, dos profissionais
do circo; vai assistir filme pernambucano, vai, vai, vai...é difícil sobreviver
a tanta coisa em dez dias. Vai aprender a amar o FIG! Agora, vai aberto ao
novo, vai exercitar conhecer novos artistas, novas possibilidades, e se você
não se divertir com essa festa linda, melhor ficar em casa nos próximos anos.
Como disse o homenageado do evento:
"Mas é você que ama o
passado e que não vê que o novo sempre vem."
EM TERMOS DE ATRAÇÕES NA PRAÇA GUADALAJARA, ISSO É QUE PODEMOS CHAMAR DE COMPLEXO DE VIRA-LATA!!!
ResponderExcluirP.S. : - Criada por Nelson Rodrigues, em 1950, para traduzir um sentimento de inferioridade nacional quando da derrota da Seleção Brasileira para o Uruguai em pleno Maracanã a expressão “COMPLEXO DE VIRA-LATA”, aqui em Garanhuns, está cada vez mais atual...