Claudionor
Germano, o maior e melhor intérprete de frevo de Pernambuco, ganha uma
biografia escrita pelo jornalista e crítico musical José Teles, do Jornal do
Commercio. O livro será lançado nesta quinta-feira, 9 fevereiro (Dia do Frevo),
às 15, na Rua da Guia, no bairro do Recife.
Na
oportunidade será lançada também a biografia do maestro Ademir Araújo
(Formiga), outro ícone do frevo e do carnaval pernambucano. As duas obras estão
sendo editadas pela CEPE (Companhia Editora de Pernambuco).
Abaixo
algumas informações da Editora, a respeito do livro contando a vida de Claudionor
Germano:
A Frevioca
teve papel fundamental na vida do cantor.
Foi na
Frevioca que o artista cantou pela primeira vez no Carnaval de rua do Recife,
revela o livro Claudionor Germano, a voz do frevo, escrito por José
Teles, jornalista, escritor e pesquisador de música popular.
Com 220
páginas, o livro faz um necessário resgate da história de um dos principais
defensores da música pernambucana e destaca sua trajetória na cena musical
brasileira para além do frevo. “Nem pensei duas vezes quando Ricardo Leitão,
presidente da Companhia Editora de Pernambuco, Cepe, me convidou para escrever
uma biografia de Claudionor Germano, um livro que é de interesse não apenas da
cultura pernambucana, mas brasileira, já que Claudionor pode ser considerado
uma instituição nacional”, assegura o autor.
No texto
em que apresenta a obra, o maestro Edson Rodrigues garante que a contribuição
dada pelo biografado ao longo das décadas é imensurável. “Já se disse que o
Carnaval começa com C de Capiba. Por que não dizer com C de Claudionor? Afinal,
há muito tempo ele e o Carnaval se somam como se fossem xipófagos. Não teria
graça um sem o outro. Octogenário, Claudionor vem contribuindo há mais de 60
anos para a beleza e a alegria do Carnaval de Pernambuco”, afirmou.
Claudionor
Germano, a voz do frevo, é um profundo trabalho de pesquisa e permite
um passeio na história de vida e na carreira deste personagem, já considerado o
maior intérprete de frevo de todos os tempos. Apresenta aos leitores os
primeiros passos na música – com apenas oito anos de idade, no Teatro de Santa
Isabel -, a emoção em dividir o palco com o ídolo Orlando Silva, “o cantor das
multidões”, aos13 anos de idade; a participação, também na adolescência, em
conjuntos vocais (Os Diabos Verdes, Trio Albano, Azes do Ritmo) e a
passagem pelas rádios Tamandaré, Clube e Jornal do Commercio.
A relação
com outras figuras célebres da cultura, como maestro Nélson Ferreira (mestre e
grande incentivador) e Capiba (que o considerava o melhor intérprete de suas
músicas) também é destaque no livro. Assim como a presença de Claudionor no
cenário nacional da música - seja quando ele quase integrou o cast da
Rádio Nacional ou nas participações em grandes festivais. Neste capítulo, por
sinal, o leitor é mais uma vez brindado com informações que dimensionam a
importância de Claudionor Germano – como, por exemplo, a admiração de Geraldo
Vandré, que convidou o pernambucano para integrar uma frente nacional da música
brasileira.
Com quase
85 anos de idade, Claudionor Germano faz planos: deseja gravar novos discos com
músicas não carnavalescas de Capiba e de regravar o álbum Capiba: 25 anos de
frevo. Mesmo tendo passado o “bastão” para o filho Nonô, o cantor sabe que
a música é sina de vida. “Na verdade, Claudionor Germano gosta mesmo é de
cantar, no palco, no disco, entre amigos, não importa. A música o acompanha a
cada instante, é a sua principal companhia”, assegura José Teles.
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