O Jornal Nacional, ontem à
noite, exibiu reportagem criminalizando o ex-presidente Lula, mas a
Globo mais uma vez foi confrontada nas redes sociais e perdeu. No mesmo horário
em que a emissora da família Marinho, ecoava as matérias da Folha de São Paulo
e outros veículos da imprensa oposicionista, a hashtag #LulaEuConfio se tornava o assunto mais comentado no Brasil
e um dos primeiros no mundo.
Militantes petistas e
simpatizantes do ex-presidente detonaram a TV Globo em tempo real, numa
demonstração de apoio gigante ao líder respeitado mundialmente, mas que no
Brasil querem destruir.
Já lhe arranjaram amantes,
apartamentos, sítios, iates, até de dedo duro no tempo da ditadura o acusaram
num livro, só faltando agora criminalizarem o marido de Dona Marisa por prática
de homossexualismo.
A perseguição ao Lula está
obsessiva e no Brasil oposicionistas de moral duvidosa e uma mídia
completamente venal se comportam como se tivéssemos retrocedido à Idade Média
com o ressurgimento de uma Nova Inquisição.
Eles têm medo de disputar
uma nova eleição e perder novamente, ficando totalmente desmoralizados. Sabem
que o ex-presidente é muito mais habilidoso que sua sucessora e no poder
tem tudo para dar a volta por cima.
Já que não tiveram êxito no
“golpe paraguaio” contra Dilma, tentam desesperadamente tirar Lula da próxima
corrida presidencial, porque FHC tá vencido, Aécio faz política com ódio,
Alckmin só é forte em São Paulo (mesmo assim está desgastado em seu Estado),
Bolsonaro não passa de um fascista e Marina é tão fraquinha...
O povo já deu provas de que
está disposto a defender o legado desde governo nas ruas. Jovens conscientes usam
as redes sociais para “combater o inimigo” e intelectuais respeitados denunciam
esse cerco insano a Lula, com a participação até de promotores que “metem os
pés pelas mãos.
Como escreveu o jornalista
Mino Carta, um dos intelectuais mais refinados do país: "Outro indício,
ainda mais grave, está na desesperada, obsessiva busca de envolver Lula em
alguma mazela, qualquer uma serve. Tanto esforço é fenômeno único na história
contemporânea de países civilizados e democráticos. Não é difícil entender que
a casa-grande está apavorada com a possibilidade do retorno de Lula à
Presidência em 2018, mesmo o mundo mineral percebe".
Fernando Brito, do Blog o
Tijolaço toca no mesmo ponto e propõe uma investigação em cima do promotor que
investiga Lula: "Acho que se poderia pensar numa inversão de papéis,
diante desta barbaridade feita pelo promotor Cássio Conserino, do Ministério
Público de São Paulo de chamar o ex-presidente Lula a depor na condição de investigado nesta história já enfadonha
do apartamento no Guarujá”.
Para o jornalista, “seria
esclarecedor se o interrogado fosse não Lula, mas o promotor. Ajudaria se o
moço — cujo auxílio-moradia de quase 5
mil reais, pago pelos cofres públicos, dá para alugar um triplex bem pertinho do
que acusa Lula de ter (duvida? olhe o anúncio aqui) e ainda pagar o condomínio
— explicasse, afinal, sobre que o ex-presidente".
Por fim, o professor Nilo
Batista, professor de Direito Penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
vê a mídia percorrendo o caminho perigoso do fascismo e adotando uma prática
claramente antidemocrática.
“Entre nós, existem casos
em que todo o processo se desenvolve na mídia. Nesse cenário, pelo menos
deveria ser exigido dos meios de comunicação aquilo que é exigido dos tribunais
e das repartições públicas: obedecer ao contraditório. Hoje, após a longa
veiculação da versão acusatória, segue-se breve menção a um comentário do
acusado ou de seu defensor, que frequentemente desconhece a prova já divulgada
para milhões de telespectadores. Se vamos persistir neste caminho perigoso —
afinal, o sistema penal é historicamente um lugar de expansão do fascismo —
pelo menos o contraditório obedecido pelos tribunais deveria ocorrer na mídia.
Se a autoridade policial ou o Ministério Público divulgar sua acusação por três
minutos, o acusado ou seu defensor deveria desfrutar do mesmo tempo para falar
o que quisesse em sua defesa. Já que o processo se desenrola na mídia, que haja
pelo menos paridade de armas. A prática atual é abertamente antidemocrática”,
escreveu o prof. Nilo Batista sobre o momento político atual.
Vivemos tempos difíceis. Por conta da crise econômica nacional e mundial, pelas hesitações de Dilma, pelo oportunismo da oposição, pela irresponsabilidade interesseira da mídia e pela possibilidade de retrocessos que não merecemos e não queremos.
Nas crises como a que vive o Brasil, muitas vezes os aventureiros tomam o poder, tidos como "salvadores da pátria". Não acho que chegaremos a tanto, mas foi num cenário com algumas semelhanças que Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha. E deu no que deu.
Deus nos livre de algo pelo menos parecido.