Pesquisa do Datafolha mostra que 81% dos
brasileiros querem a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha e o consequente afastamento do peemedebista da presidência da Câmara Federal.
Essa pesquisa, juntamente com a que foi feita para
presidente, indicando Aécio e Marina como os preferidos do eleitor, na próxima
disputa nacional, deixa claro que os brasileiros querem mudança no cenário
político brasileiro.
Massacrado pela mídia e vítima das besteiras dos
próprios companheiros de partido, Lula apresenta um índice de rejeição
alarmante e será difícil reverter esse quadro, porque o petista não empolga nem
envolve mais como quando era um jovem rebelde, a principal liderança de um
partido que então representava a ética.
Para completar, o Governo Dilma vive engessado, acuado, e ela não consegue encontrar a tal “luz no fim
do túnel”.
O povão, que foi muito beneficiado nas gestões
petistas, no momento está assombrado com o desemprego, com a inflação, com a
falta de dinheiro no bolso para comprar até o básico.
Aécio, Geraldo ou Marina são a solução para o
Brasil? Não acredito. O PSDB já governou o país e foi pior do que o PT, tendo
feito uma gestão elitista, como tantas outras, de outros partidos.
Nos Estados os tucanos também não têm dado bom
exemplo, tanto que Minas Gerais se livrou do PSDB e a população está satisfeita,
pelo menos até agora, com a
administração do petista Fernando Pimentel.
Geraldo apesar de estar no terceiro mandato como
governador não convence como o homem ideal para fazer o Brasil avançar. São
Paulo é um Estado que fabrica bandidos e os tucanos não conseguiram em mais de
20 anos melhorar a situação da segurança pública por lá.
Além disso, não há como não responsabilizar o atual
governador paulista pela falta d´água em Sampa, numa região que chove muito mais do que em
qualquer Estado do Nordeste. Há ainda a desconfiança com sua gestão por conta do tratamento dado às escolas e aos professores.
A “reorganização” das escolas, que a princípio iria
fechar 94 estabelecimentos de ensino, é contestada por professores e estudantes,
que mostraram recentemente sua revolta ocupando diversos educandários da rede estadual.
Bom, pelo menos Alckmin não mandou baixar o cacete
nos professores, como fez o seu colega tucano do Paraná, Beto Richa.
Seria, então, a vez de Marina Silva?
Ex-senadora e ex-ministra pelo PT, o que tem a
líder da Rede de Sustentabilidade de diferente dos seus antigos companheiros?
Marina é ficha limpa e tem boas intenções, imagino.
Mas só isso basta? Ela tem um discurso frágil e por conta disso perdeu a vaga
para Aécio no segundo turno, na eleição de 2014. Terá amadurecido o suficiente
de lá para cá ou até 2018? Veremos.
Suas ligações com alguns grandes empresários que
investiram nela na eleição passada são estranhas e não se sabe com que quadros
irá governar este país tão complexo. Imagina aí ela tendo de conviver com um
Congresso Nacional tão ruim como o de hoje, precisando dialogar com figuras
como Renan Calheiros ou Eduardo Cunha. Só um inocente acha que é fácil dar uma “banana”
pra esses caras.
O ideal é que tais personagens sejam tirados da
vida pública pelo eleitor. Este apanha, apanha e continua votando nesses
bandidos.
Graças a Deus ainda temos mais de dois anos pela
frente até a próxima disputa presidencial. Podemos sonhar que os eleitores vão criar juízo, que a partir da pressão popular vai se fazer uma renovação nos partidos,
vão surgir nomes novos, alternativas confiáveis de um homens ou mulheres capazes de governar o Brasil.
É importante o povo dite os rumos da política,
exija vergonha dos homens públicos (que vivem dando vexame) e não acredite em “salvadores
da pátria”.
Para mudar o Brasil de verdade precisamos de boas
propostas, da participação da sociedade organizada, da influência das igrejas,
do trabalho da imprensa que tem um mínimo de vergonha, dos trabalhadores, dos
intelectuais, dos artistas engajados e de outros setores que possam dar sua
contribuição às mudanças e ao desenvolvimento do país.
Somos uma grande potência e temos condições de
oferecer uma vida mais digna ao povo, exercendo um papel importante na América
Latina e em todo o mundo.
Mas para chegar a este estágio sonhado por tantos
precisamos de menos demagogia, menos personalismo e mais compromisso com uma
Nação de mais de 200 milhões de habitantes.