A união entre
pessoas do mesmo sexo é fato consumado no Brasil desde cinco de maio de 2011,
quando o Supremo Tribunal Federal aprovou o reconhecimento da união estável,
seguido da obrigatoriedade de celebração de casamentos homo afetivos em todos os
cartórios do País, por força da Resolução n. 175, do Conselho Nacional de
Justiça, publicada em 16 de maio de 2013. Porém, um evento na Bahia se reveste
de caráter de novidade: o casamento entre o juiz de direito Mário Soares Caymmi
Gomes e o médico Alexandre de Moura Lima. A cerimônia aconteceu neste sábado (14), no Hotel Deville Prime, em Itapuã, na Capital baiana.
A notícia é
singular por se tratar do primeiro casamento homoafetivo de um magistrado na
Bahia. A festa teve a Índia como inspiração, e a lua-de-mel será em Krabi, na
Tailândia, e também nas Maldivas. Juntos há 12 anos, eles tem planos de adoção
de filhos, aspecto que influenciou diretamente na decisão pelo casamento. O
casal pretende entrar no cadastro de adoção, pois veem nela uma oportunidade
para dar mais solidez à família.
Gomes é juiz há 19
anos e é titular da 8ª Vara de Fazenda Pública de Salvador desde 2010. Ele
relata que, ao longo da sua carreira na magistratura, não foi vítima de
perseguição ou represália por ser gay, mas não descarta haver comentários
depreciativos de forma velada entre colegas de trabalho. Já os amigos apoiam a
decisão pelo casamento e mostram-se feliz. “Não posso dizer que alguém
manifestou algum descontentamento com isso”, afirma.
A relação com a
família dos noivos é considerada muito tranquila, sobretudo porque ambos moram
juntos há cerca de seis anos. O fato de serem pessoas independentes e poderem
se sustentar por conta própria é tido como um privilégio. “Não temos que nos
submeter ao crivo do preconceito familiar”, alega Gomes.
Sobre os possíveis
impactos e desdobramentos da decisão do casal, Gomes é categórico: “O nosso casamento
é um ato político, além de amoroso”. E prossegue em sua análise: “não há, que
eu saiba, um juiz gay em nosso Estado que se assuma como tal além de mim,
apesar de existirem boatos. Acho que o nosso casamento é um símbolo de que
existe diversidade sexual em todos os níveis da sociedade e que isso, além de
natural, deve ser objeto de respeito e tolerância”.
Questionado sobre
as decisões do STF e do CNJ que garantiram o casamento homoafetivo, o
magistrado assevera não ser possível qualquer retrocesso, mesmo em tempos de
obscuros e anacrônicos projetos de lei como o Estatuto da Família, em curso no
Congresso Nacional, que nega a existência de famílias homoparentais. “Fico um
pouco triste pelo fato dessa decisão ter sido tomada não pelos nossos
representantes eleitos e, sim, pelos tribunais, que têm demonstrado uma visão
mais moderna e afirmativa a respeito da diversidade de gênero, enquanto que o
Poder Legislativo se quer parece reconhecer a laicidade do Estado e ainda
transita na medievalidade de querer regulamentar e tarifar o sentimento alheio.
Mas não há como voltar. Temos que resistir e insistir: não somos diferentes,
mas iguais e merecemos respeito”, conclui.
SEM precisar ler (recuso-me)!!! - Basta um sonoro: PUTA QUE OS PARIU!!! - 2. Vão ser "veados" assim, NOS QUINTOS INFERNOS!!! /.
ResponderExcluirSenti saudades de minha Garanhuns da década de 70 do século passado, quando você só via na rua, com seu jeito caricato, a dupla assumidíssima Rosinha e Matéria. Existiam os enrustidos, mas eram pessoas que tinham comportamento discreto e ocupavam posições sociais de destaque, cujos nomes só eram citados à boa-miúda. Por falar nisso, o termo popular que designa os gays é VIADO, por ser uma derivação sincopada de DESVIADO. O termo "veado" é designativo do mamífero cervídio, animal conhecido por sua velocidade.
ResponderExcluirA Bahia tá bem servida tem deputado federal (Jean wiles) agora esse magistrado com esse médico , estão arrombando mesmo a porta do armário da Bahia.
ResponderExcluirEdcleison Nascimento
Li agora o comentário do senhor "José Antonio, de Olinda" (?!), aqui publicado às 13h14, do dia 16.11.2015. - Estou curioso pra saber onde seu Zé Antonio, de Olinda descobriu esse VIADO, na acepção de homossexual!! - Pois os dicionários NÃO registram esse significado para o popular "veado" (homossexual). - Aliás, o Aurélio (novíssimo) NEM ao menos registra o verbete "viado". - E o próprio Aurélio registra VEADO (acepção 4. Homossexual {chulo}). - De outra parte, o Volp consigna: viado = "pano"; confronte veado.) - Volp é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras. - 2. Aqui manifesto a minha estranheza no tocante à "lição" que seu Zé Antonio, de Olinda nos quis passar. - 3. Ademais, o senhor José Antonio, de Olinda sapecou hífen em "à boca miúda" (?!) - E, na ânsia de dar "lição", seu Zé Antonio, de Olinda ainda grafou "boa-miúda"!!!! - Sei não!! - Com a palavra o senhor José Antonio, de Olinda. – EM TEMPO: o corretor ortográfico está sublinhando “viado” de vermelho!! – Mau sinal, não?! – Cordialmente, José Fernandes Costa - Recife. /.
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