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Pesquisas Eleitorais

FALTA DO QUE FAZER

Talvez por conta da solidariedade deste blog, que ficou ao seu lado desde o primeiro momento, quando processado pelo governador do Estado, Paulo Câmara, o professor da Universidade Federal de Pernambuco Michel Zaidan, natural de Garanhuns, resolveu se tornar um dos nossos colaboradores. Ele nos mandou uma série de artigos e material relacionado com um novo livro que está para publicar.

Neste primeiro artigo que publicamos hoje, Michel Zaidan ironiza o governador por mandar outra vez um oficial de justiça ao seu apartamento, intimando-o para uma audiência na Justiça. O professor acha que o socialista devia usar logo a polícia e resolver o problema de uma vez. A partir do título, o intelectual constata, ironicamente, que Paulo Câmara está com “falta do que fazer”. 

Confira essa briguinha boa entre um poderoso e um simples professor.

 Fui, mais uma vez, surpreendido às 7:00 da matina, na minha casa por uma oficial de Justiça chamada Tania, com um novo mandato de citação, peticionado pelo seu Paulo Saraiva Câmara, estabelecendo o prazo de 48 horas para resposta a uma interpelação judicial, a propósito de um comentário feito a partir das declarações da senhora Graça Foster, na CPI da Petrobras, sobre o papel dos políticos pernambucanos nesse imenso escândalo público. No texto, intitulado “Era tão bom, se tudo fosse mentira”, há uma menção ao papel “do atual governador” na intermediação da compra de uma aeronave, que transportava o finado Eduardo Campos, e mencionava a ausência de alguém que assumisse as responsabilidades penais e civis pelos danos causados pela desastre aéreo na cidade de Cumbica (SP). Aliás, essa é uma questão não resolvida até hoje. Ou seja, não apareceu – até agora - ninguém para assumir a titularidade do avião e responder civilmente na Justiça pelas consequências do sinistro.
Quero deixar bem claro que as informações prestadas naquele artigo não são de minha autoria. Não as inventei. Colhi do noticiário sobre o desastre, a titularidade da aeronave e das sessões do CPI, transmitidas ao vivo pela televisão. Confesso que escrevi inúmeros artigos sobre esse malfado acontecimento. E sempre notei que havia uma controvérsia sem fim sobre o desditoso vôo. Ora se diz que a nave é do sócio, e ex-presidente da Copergás, de Eduardo Campos; ora se diz que o avião era alugado; ora se diz que era do governador, embora não estivesse em seu nome. Quem escreveu uma excelente matéria sobre o assunto, foi o colunista Jânio de Freitas, decano da imprensa brasileira, afirmando que faltava vontade política para esclarecer o assunto, e acabar de vez com as especulações. 

Vou prestar um favor ao senhor Paulo Saraiva Câmara: enviar para ele, sem a necessidade de ocupar a 7ª Vara Criminal, a sua secretaria e a coitada da Oficial de Justiça, tão cedo em minha casa, a matéria. Ele pode ler com proveito e tomar as medidas que achar melhor. Tudo que tenho afirmado, pelos artigos, entrevistas e comentários, é de domínio público e diz respeito à atividade pública (ou republicana), não tem a ver com a vida e a honra privada dos nossos “representantes” e seus amigos. Não tenho nada a esconder ou de que me envergonhar. Não sou funcionário ou serviçal do senhor Paulo Câmara, não recebi o meu cargo de professor titular do ex-governador Eduardo Campos, nem fui eleito por ele. Não tenho negócios com o estado de Pernambuco e nunca me beneficiei de alguma transação ilícita, envolvendo obras públicas, como a Construção da Arena Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima ou a venda dos imóveis do Cais José Estelita. Portanto, só devo explicações aos meus dedicados e fiéis leitores e à minha consciência.

Mas fica uma questão: o que fazer com o outro mandado de citação, enviado pela 7ª Vara Criminal, marcando uma audiência para o dia 11 de novembro deste ano? – Mudou de opinião? Se está tão apressado assim para me ouvir, o que se conversará na audiência do dia 11? – Corrigiu os erros daquela intimação, sem menção à queixa e sem a prova anexada, fixando o prazo de 5 a 2 dias, para uma defesa prévia? – 0 que V. Excia. deseja? – Quer me intimidar usando a Justiça ao seu bel-prazer? Quer me prender? Quer me processar por injuria, calúnia e difamação ou ofensa à sua honra objetiva?


Por favor, não provoque a Justiça mais para enviar sucessivos mandados de citação, 7h da manhã, na porta da casa das pessoas. Mande a polícia – com ou sem mandado de prisão – e resolva isso de uma vez. É mais fácil do que resolver os inúmeros, graves, sérios problemas que afligem a nossa pobre gente, que trabalha, toma ônibus, vai às upas, sente-se insegura, tem uma péssima educação pública e ainda tem de aguentar a propaganda enganosa – com dinheiro público – feita pelo senhor e seu colega de partido.

4 comentários:

  1. Parabéns mais uma vez ao professor Michel Zaidan, principalmente quando engana-se e afirma que Sua Excelência não tem o que fazer, tem caro professor; o problema é como fazer, e como escolher o que fazer, é muito melhor mandar intimações para as pessoas de bem, que trabalham, que sofrem nos escassos e péssimos ônibus em Recife, que perdem seus tempos indo nas as UPAS da capital e não serem atendidas, ter uma péssima educação pública, uma segurança das piores que já tivemos, com policiais militares recebendo salários vergonhosos e expondo suas vidas apenas porque andam fardados.e ainda aguentar aqueles debates em épocas passadas em que afirmava Sua Excelência que o Estado tinha 22 bilhões para gastar. Na realidade depois da fatídica Arena Pernambuco, da necessária refinaria Abreu e Lima e agora os imóveis do cais José Estelita. Nosso Estado anda com um rombo imenso e os jornais todos os dias falam em valores diferentes, ninguém sabe quem é ou foi o dono do jatinho que levou à morte nosso ex Governador. Espero que o Ministério Público e a Justiça, dê um basta nisso e coloque transparentemente o que de fato aconteceu, porque o povo que vota e elege não sabe de nada, só coxixos.

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  2. O governador deu um tiro no pé quando resolveu processar Michel. Será que não tem assessoria? Eduardo, colega de escola de Michel Zaidan.

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  3. José Fernandes Costa11 de outubro de 2015 às 13:17

    É preciso saber que "liberdade de expressão" tem limites. - Pensar é livre, mas a manifestação do pensamento é regulada. - (V. art. 5º, incs. IV e V, da Constituição Federal {CF}.) - Quem extrapola os limites, responde judicialmente, pelas ofensas proferidas! - 2. Onde termina o direito de um, começa o direito do outro! - 3. Agora, lembrei-me do padre Hosana Siqueira / Dom Expedito Lopes - Garanhuns - 2.7.1957. /.

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  4. José Fernandes Costa11 de outubro de 2015 às 14:24

    O professor Michel Zaidan pode até ser intelectual. - Mas confunde Mané com Zabé. - Começa dizendo que Cumbica é uma cidade. Mas, Cumbica é um distrito do município de Guarulhos (SP). - Então, isso NÃO é verdade. E se NÃO é verdade, o QUE É? - Depois, vêm mais asnices do professor. Notem: quando ele diz que o acidente foi na “cidade de Cumbica”, faltou com a verdade duas vezes. - Primeiro, ao chamar Cumbica de Cidade. Segundo, porque o acidente que matou Eduardo Campos se deu no litoral da cidade de Santos (SP). - Assim, Zaidan NÃO sabe o que diz, NEM diz o que sabe! - Se é que ele sabe das coisas. - No seu escrito acima, o professor Michel se mostra muito desinformado! - Ou será a ÂNSIA de ATACAR o governador que o faz tão contraditório! - Contudo, o contraditório de direito, dá-se nos tribunais. - E é lá que o senhor Zaidan vai ter de contar as coisas como as coisas são! - 3. Também, Zaidan confunde mandado com mandato. - MANDADO é ordem! - Mandato é outorga! – E diz, ainda: “... mandato de citação, peticionado pelo seu Paulo Saraiva Câmara, estabelecendo prazo de 48 horas...” - Vejam: mandado não é peticionado; é expedito pelo juiz do feito. – Então, NÃO foi peticionado pelo seu Paulo Saraiva Câmara. – Apenas, o juiz acatou o pedido e mandou que a secretaria da 7ª Vara Criminal redigisse o MANDADO para ele, juiz, assinar. – E mais: quem estabelece prazo é juiz, delegado, etc. O demandante não estabelece prazo de nada. Somente pede o que entende ser de direito! – E foi entregue à oficial ou à oficiala de Justiça, para cumprir a missão de citar o demandado. – 4. E uma vez o professor escreve 7:00 (??) da manhã; em seguida grafa 7h da manhã! Qual é a grafia que vale para horas? – E ainda escreve "upas". Porém, a sigla é UPA e o seu plural é UPAs. – É uma barafunda ou samba do crioulo doido! – É ISSO. /.

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