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SOTAQUE CARIOCA PODE VIRAR PATRIMÔNIO IMATERIAL DO RIO DE JANEIRO

Quando a gente pensa que já viu de tudo nessa vida, vem uma notícia dessas lá do Rio de Janeiro. Fato esse que por sua importância pode mudar os destinos da humanidade. O poeta paraibano Jessier Quirino em um dos seus muitos "causos" e poesias matutas diz que "nesse mundo tem gente pra tudo e ainda sobra um pra tocar gaita", trecho aproveitado numa vinheta da Rádio Jornal. Pois é, acho que Jessier tem razão. Depois suas excelências, os políticos, acham ruim quando sai na imprensa alguma notícia que eles não fazem nada, e quando fazem é em benefício próprio. A nossa sorte é que querem transformar o sotaque deles como patrimônio de lá, pois é um  projeto local, do ex prefeito da capital e hoje vereador César Maia do DEM. Já pensou se a moda pega e essa e algum deputado federal coloca esse projeto na pauta do Congresso Nacional? Como se já não bastassem alguns locutores de rádios da nossa região e principalmente uns na capital com seu "carioquês", os profissionais que prezam por nossos costumes teriam que aprender a falar como o povo do Rio, só pra se sentirem incluídos. Já pensaram Gláucio Costa ou Zezinho de Garanhuns apresentando seus programas de forró com sotaque carioca? E Eduardo Peixoto ou Ariston Brito apresentando a Roda Policial e a Super Manhã "chiando" nas suas falas? Vixe! Por esse influência nosso bom matutinho iria misturar o sotaque, seria uma confusão só. Já temos os nossos paulistas de seis meses, aí teríamos os cariocas imediados. Conheço uma baiana, com toda sua malemolência na fala, que mora no Rio a mais de uma década, e já quase já fala como as pessoas de lá. Ela se diz uma "barioca". Aqui seriamos o que? No Ceará, que tudo pra ele é "macho véi", na Bahia com seu "meu rei"? Já temos a influência das novelas e do futebol, agora essa?! Não consigo nem imaginar...
O projeto foi apresentado em 2013 pelo ex-prefeito e atual vereador Cesar Maia (DEM) foi aprovado pela Câmara Municipal no último dia 25 de junho, e agora está com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), para sanção ou veto.
A lei declara "a pronúncia da língua portuguesa que é característica do Rio de Janeiro" como patrimônio imaterial da cidade. Se sancionada, a Prefeitura do Rio fará os "registros necessários nos livros próprios do órgão competente".

A ideia do projeto foi do próprio Maia. "O sotaque carioca é quase um dialeto", afirma.
Na justificativa ao projeto, o vereador afirma que "segundo o historiador Alencastro, bem antes do advento do rádio e (...) da televisão, os habitantes do Rio já influenciavam a forma de falar dos moradores de outras províncias (...). Dois congressos nacionais, um de Língua Cantada organizado em 1937 e outro de Língua Falada no Teatro realizado em 1956, apontam a pronúncia do Rio de Janeiro como o padrão no que diz respeito ao português brasileiro".
"Com o passar dos anos, com o desenvolvimento do turismo e com as constantes transmissões televisivas dos programas realizados pelos canais de televisão sediados no Rio, a pronúncia (...) do Rio de Janeiro se tornou conhecida em todo o país e em todo o mundo. Essas constatações confirmam a relevância ímpar do sotaque carioca para todo o Brasil", continua o vereador na justificativa.
Cesar Maia admite que o chiado característico do sotaque carioca dificulta sua compreensão.
"A dificuldade que os hispânicos têm de conversar é apenas com os cariocas. Reclamam que chiam como se quase todas as palavras tivessem shhhhhhhhh", disse o vereador em entrevista por e-mail.
Segundo estudiosos, o sotaque carioca, que não é seguido por moradores do interior (do Estado) sofreu forte influência do sotaque lusitano (o s chiado e as vogais abertas em palavras como "também" são características comuns a ambos) e dos dialetos africanos.
Essa influência é natural: quando veio de Portugal, em 1808, a família real trouxe ao Rio 15 mil portugueses. À época, a cidade tinha 23 mil habitantes, parte deles escravos africanos.
*Junior Almeida

4 comentários:

  1. Impressionante a ociosidade dessas organizações que declaram qualquer B... patrimônio da humanidade.

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  2. José Fernandes Costa11 de julho de 2015 às 23:50

    Pensando bem: essa história de "patrimônio imaterial" disso e daquilo, é a maior babaquice que já vi. - Toda besteirada se torna "patrimônio imaterial" da besteira. - Nada contra o sotaque dos cariocas. Até acho bem simpático, principalmente da mulheres cariocas. - Mas, o fato de virem com essa lenga-lenga do besteirol, é dose pra elefante nenhum aceitar. - Puta... /.

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  3. José Fernandes Costa12 de julho de 2015 às 00:07

    O linguajar carioca não pode servir de padrão pra ninguém. - Se misturar "tu" com "você", pode ser modelo, seria modelo de analfabetismo linguístico. - Ademais, as inúmeras gírias cantadas no Rio de Janeiro dão pra encher um balaio de tudo quanto não presta. - Por infelicidade nossa, as novelas nas TVs são transmissoras desse e de outros males que assolam Brasil afora. - Também, com tanta gente burra e com um povo tão afeito ao que nada vale, somente coisa desse tipo se pode esperar. - E o César Maia é um canastrão de marca maior. – Um pilantra idiota. /.

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  4. É horrível o sotaque carioca, morei lá eles acham que sotaque deles e sinônimo de malandragem, esperteza , mas é de doe no ouvido!!!

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