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VITÓRIA GARCIA TIROU 1.000 NA PROVA DE REDAÇÃO DO ENEN E REVELA O SEGREDO: LER MUITOS LIVROS


Caio Fulgêncio e Yuri Marcel, do Portal G1: 

A promotora de Justiça Alessandra Garcia Marques, de 43 anos, mãe da estudante acreana Vitória Garcia e Souza, de 17 anos, que está entre os 250 candidatos a alcançar nota 1000 na redação do Enem 2015, dos 6,2 milhões que participaram do exame, atribui o resultado obtido pela filha à exposição da jovem desde muito cedo aos livros e à literatura. Ela conta que durante a infância mãe e filha chegaram até mesmo a dormir entre os livros.

"Hoje os pais quando querem que os filhos fiquem quietos entregam tablets e smartphones para eles. Eu quando queria acalmá-la entregava livros e isso foi virando um hábito. Acho que esse contato com a escrita e a leitura fez com que ela tivesse essa facilidade de se expressar e escrever bem e de compreensão de mundo", conta.

A promotora lembra que durante a infância da menina precisou deixar a casa que morava e ir para um apartamento menor. A mudança acabou gerando uma dúvida sobre o que fazer com os cerca de mil livros que compunham a biblioteca particular da família já que o apartamento possuía apenas dois quartos.

Inicialmente ela pensou em levar os livros para o trabalho. No entanto, a ideia de tirar os livros do convívio da filha fez com quem ela tomasse uma decisão diferente.
"Dispensei minha cama, forrei um tapete no chão e fiz uma biblioteca nesse segundo quarto. À noite íamos para lá e líamos os livros, depois eu dormia ali no meio dos livros e às vezes ela dormia comigo, mas não quis abrir mão dessa presença física dos livros em casa, porque sei que seria ruim para ela", lembra.

Foi esse contato com a literatura que fez com que a acreana desenvolvesse outro hábito, além da leitura. Alessandra lembra que, aos 11 anos, a filha passou também a escrever romances, crônicas e contos. Vitória conta que a escrita foi desenvolvida para dar continuidade às histórias preferidas.

"Comecei a escrever aos 11 anos. Era tão bom, porque eu escrevia continuações de livros que eu não queria que terminassem e, de vez em quando, algumas crônicas e contos.  Comecei escrevendo em cadernos. Depois de uma certa idade, ganhei meu primeiro computador e comecei a fazer inúmeras histórias", acrescenta Vitória.
Morando há dois anos em Uberlândia (MG), onde cursou o final do ensino médio, a acreana conta que frequentar livrarias e bancas de revista faz parte da sua rotina, mesmo quando ainda morava em Rio Branco.
"A única coisa que gosto de fazer, assim que saio de casa, é ir na livraria ou numa banca. Desde pequena é assim. Em Rio Branco, como eu tinha poucas opções, porque as livrarias não têm muita variedade, eu pedia ao meu pai para comprar pela internet. Eu lia nos finais de semana, no meio das aulas, no intervalo. Até hoje, leio a qualquer momento que eu puder", declara.

Perguntada sobre a média de livros que costuma ler, Vitória diz que não contabiliza, porque  costuma ler vários ao mesmo tempo. Somente nas férias do final de 2014, a estudante afirma que leu 14.

"Eu não leio um livro de cada vez, mas vários ao mesmo tempo. Por exemplo, nas férias agora eu estava lendo 14 livros ao mesmo tempo e terminei todos. Atualmente, estou relendo, pela quarta vez, uma obra de George Orwell, 1984", diz.

'Eu esperava uma boa nota no Enem', diz Vitória

Vitória conta que foi uma surpresa receber 1000 na redação, apesar de que esperava uma boa nota, devido à dedicação na preparação para o Enem. Toda semana a estudante escrevia uma redação, em um determinado tempo, sobre temas diversos e sem realizar qualquer tipo de pesquisa prévia.

"Eu estava habituada a exercitar a redação. Poderia vir qualquer tema, o que eu precisava era aprender como utilizá-lo ao meu favor. Então, aprendi a obedecer às cinco competências e agradar os corretores. Toda semana fazia uma redação sem nenhuma fonte de consulta, só recebia o tema e escrevia, porque é assim no Enem. Não dá para pesquisar, tem que saber o tema, argumentar, criar um conflito e solucioná-lo", explica.

Não foi pouco o tempo investido nos estudos. Vitória, além das aulas do ensino médio, frequentava cursinhos preparatórios. "Eu fazia pré-vestibular à noite, ao mesmo tempo que estudava no segundo e terceiro anos do ensino médio, em Uberlândia. Entre as duas aulas, eu também estudava e meus intervalos eram para a leitura, naturalmente. Eu gosto de descansar e ler, porque ler é descansar para mim", acrescenta.
Ter um conhecimento variado sobre diversos temas é fundamental para obter um bom êxito na prova, segundo a acreana. "É muito importante ter conhecimento de mundo, além da escrita, e é muito fácil de obter. Existem jornais, tanto nacionais e internacionais, tem como pesquisar na internet notícias sobre o mundo inteiro, e saber um pouco mais sobre aquelas mais relevantes. Tem muitas opções", orienta.

Futuro

Vitória fala que já passou em quatro universidades, em Uberlândia, para o curso de direito, graduação escolhida desde o ensino fundamental. No entanto, ela aguarda como ficará sua classificação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Além disso, a estudante pretende cursar também letras e filosofia. "Acabei escolhendo direito, já entrei e vou cursar. E estou em dúvida também entre letras ou filosofia. Vou fazer os dois, mas inicialmente não sei por onde começar", revela.

Dica aos estudantes

Como dica aos estudantes que ainda vão participar do Enem, a acreana orienta o exame que não necessita de conhecimentos específicos, mas de habilidades. Além disso, é necessário investir na leitura inteligente que, segundo ela, é um diferencial.
"De modo geral, é importante o aluno ter consciência que o Enem não exige somente o conhecimento de cada matéria específica, mas a questão das habilidades. É importante entender o negócio e não decorar. A leitura inteligente é fundamental, ela compensa muito mais do que a superficial. O assunto tem que ser estudado", diz Vitória.

Para a mãe de Vitória, o resultado da jovem no Enem deixa um aprendizado. "A lição mais legal que fica é que os pais não precisam nem comprar os livros, mas precisam ter junto com seus filhos essa presença, pode ser indo à biblioteca, emprestando dos coleguinhas. O livro tem que estar presente na vida das crianças desde pequenas", finaliza Alessandra.

2 comentários:

  1. VALE A PENA LER ESTE TEXTO DO VENTURA:


    Talvez seja uma injusta simplificação atribuir à internet toda a responsabilidade pelo vexame do Enem 2014, em que incríveis 500 mil candidatos tiraram nota zero em redação. Pode ter sua parcela de culpa, mas é preciso reconhecer que graças a ela nunca se exercitou tanto a prática da escrita. É difícil encontrar alguém no mundo de hoje que não redija pelo menos alguns e-mails por dia, sem contar os posts em blogs, sites, Twitter e Facebook, além, claro, do WhatsUpp.

    Conheço adolescentes que não escreviam, mas, para não ficarem isolados no grupo, passaram a usar essas ferramentas a fim de ter com quem conversar virtualmente. O problema não é de quantidade, mas de qualidade. Os jovens estão escrevendo muito, mas mal (ou “mau”, como diriam alguns), estropiando a língua com as reduções (tb, vc, naum, pq) e as infrações gramaticais: falta de acentuação e pontuação, concordância errada, desconhecimento do sentido das palavras.

    Das três dimensões da linguagem — a ortográfica, a sintática e a semântica — a primeira é a mais visível, mas é a última, a do significado, a que sofre mais com a crise da palavra escrita. Salta aos olhos o uso incorreto de letras como em “seje” ou em “meza”, por exemplo. Outro dia, reclamei de um erro assim, e a pessoa com quem me correspondia alegou: “É a preça”.

    Disse-lhe então que “pressa” demora apenas uma letra a mais para ser digitada e tem a vantagem de estar certa. É inaceitável, mas a semântica é que é fundamental para impedir o analfabetismo funcional. Dos quase seis milhões de estudantes que tiveram suas provas corrigidas, apenas 250 alcançaram nota máxima, ou seja, só essa minoria soube se comunicar por escrito.

    Uma vez li um texto indignado de um internauta contra o escândalo na Petrobras. “O pior nesse país”, dizia, “não é a corrupção, mas a falta de impunidade”. Ele quis reclamar justamente do contrário: não da falta, mas do excesso. Em contexto parecido, flagrei outro atentado ao sentido de um termo: “Isso é ruim para a nossa alta estima”. O autor não sabia a diferença entre “alto” e “auto”.

    O tema, considerado mais difícil, “Publicidade infantil no Brasil”, pode ter contribuído para os baixos resultados deste ano, mas a má qualidade do ensino, reconhecida pelo próprio ministro da Educação, Cid Gomes, também merece zero, por não priorizar a leitura e não reforçar a dissertação. Alunos que tiraram nota mil revelaram o quanto o hábito de ler e escrever foi importante para eles.

    A sergipana Lorena Araújo, de 19 anos, por exemplo, deu a fórmula para ter sido uma das 250 estudantes a alcançar a nota máxima no Enem: “O segredo da redação está na técnica e na prática”. E acrescentou: “além de escrever muito, procuro ler de tudo, por necessidade e por gosto”.

    A receita é infalível.

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  2. O QUE VEM ACONTECENDO COM A EDUCAÇÃO DO BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA, HEIN?!?!?! COMO SE JUSTIFICA NO PAÍS EM QUE UM EX-PRESIDENTE RECEBEU 27 TÍTULOS DE DOUTOR HONORIS CAUSA(?) E NO EXAME DO ENEM DO PT DE 2014, 500 MIL CANDIDATOS TIRARAM NOTA ZERO EM REDAÇÃO. ESSA QUANTIDADE DE ANALFAS EQUIVALE A POPULAÇÃO DE QUATRO GARANHUNS... TAMBÉM, DISSERTAÇÕES ONDE PODEMOS ENCONTRAR “RASOAVEL“, “ENCHERGAR” E “TROUSSE“, ENTRE OUTROS BARBARISMOS, SÓ PODERIA TER ACONTECIDO ISSO MESMO: 500 MIL NOTAS ZERO EM REDAÇÃO, E A DOSE SÓ NÃO FOI MAIS CAVALAR PORQUE NÃO ENCONTRARAM NENHUM “NÓIS PEGA O PEIXE” DO HADDAD. MESMO ASSIM, HÁ DE SE CONVIR QUE ISSO, REDACIONALMENTE FALANDO, É UM “ESTRUPO”... NOSSA LÍNGUA PÁTRIA NÃO ESTÁ PEGANDO NEM MAIS NO TRANCO, NO TRATO DIÁRIO, JÁ NÃO É LÁ ESSAS COISAS. APANHA INSISTENTEMENTE DE SEUS USUÁRIOS, REFÉNS QUE SOMOS DE UMA EDUCAÇÃO IGUALMENTE CAPENGA E RENITENTE. AGORA, DIGO E AFIRMO COM TODAS AS LETRAS DE CALIGRAFIA, DE CARTILHA E DA CARTA DE ABC E DE QUEBRA, DO CURSO DE ADMISSÃO: INDEPENDENTE DE QUEM SEJA PRECONCEITUOSO OU NÃO, MAS CONTINUO A ACREDITAR QUE COLOCAR UM PILOTO DE TORNO QUE PERDE OS DEDOS NO CAMINHO E QUE SÓ TEM NOVE DEDOS NA MÃO NA CONDUÇÃO DE UM PAÍS SÓ PODERIA DAR NISSO. A CONTINUAR NESSA TOADA, TUDO INDICA QUE, A MERENDA ESCOLAR DA PIVETADA SERÁ À BASE DE MELAÇO COM ALFAFA. POIS, SE JÁ NÃO BASTASSE O NOSSO IDH QUE JÁ FOI PARA AS CUCUIAS, AGORA APARECE MAIS ESSE “POBREMA”...

    P.S.: - Estamos cercados de todos os lados por um bando de analfabetos. E pasmem!!! Têm deles que sequer sabem ler...

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