GOVERNO MUNICIPAL

GOVERNO MUNICIPAL
PREFEITURA DE GARANHUNS

AÉCIO INSINUA QUE MARINA É DESPREPARADA

Aécio Neves fez o seu programa de televisão mais incisivo neste sábado. Relembrou sua trajetória política, falou do que fez como presidente da Câmara Federal e governador de Minas Gerais. Disse que não se pode administrar um país complexo como o Brasil sem os partidos políticos. “Não é só mudar por mudar”, afirmou o tucano, aconselhando o brasileiro a tirar o PT do poder, mas investir num projeto seguro, sem riscos.

Claramente Aécio deu a entender que se acha mais experiente e preparado para governar o Brasil. Chegou a citar o nome de Marina na sua fala e na prática insinuou que a adversária é despreparada.

Não é mais o ”Aecinho paz e amor”. Distante da briga pelo segundo turno, o candidato do PSDB partiu para o vale tudo.

O EFEITO DAS PESQUISAS

Com a subida de Paulo Câmara nas pesquisas, candidatos a deputado que omitiam o nome do socialista na divulgação de suas candidaturas nas redes socais se apressaram a mostrar que estão com o candidato governista para o que der e vier. É o caso de Mendonça Filho (DEM) e Eduardo da Fonte (PP), antes meio desligados da majoritária e agora totalmente engajados com PC e FBC.

A SOCIALISTA SABE FAZER DINHEIRO

Depois dos 20 milhões de votos obtidos em 2010, Marina Silva virou celebridade. Então, no ano seguinte abriu uma empresa e começou a fazer palestras pelo Brasil. Virou um bom negócio, segundo apurou o jornal Folha de São Paulo. Até maio deste ano a socialista faturou R$ 1,6 milhão com o seu trabalho.

Foram 65 contratos e 72 palestras remuneradas. Marina Silva manteve em segredo essa atividade e se recusa a revelar os nomes dos clientes que pagam para ouvi-la, justificando uma cláusula de confiabilidade.

Os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula também cobram por palestras feitas no Brasil e exterior e do mesmo modo que Marina mantêm em segredo os valores recebidos e os nomes dos clientes.

Talvez seja por isso que Luciana Genro (PSOL) tenha dito no debate da TV Bandeirantes que "vocês são muito parecidos".

Como dá pra perceber não existe ninguém santo nem besta em política. São todos igualmente sabidinhos.

HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Holocausto, palavra que originalmente significa “sacrifício pelo fogo” tornou-se quase sinônimo do extermínio de judeus pelos nazistas no período da segunda guerra mundial. Seis milhões de israelitas foram assassinados pela tropas de Hitler, que matavam até por divertimento homens, mulheres e crianças nos guetos, nas ruas e nos campos de concentração erguidos em países da Europa.

Jornalista premiada, a mineira Daniela Arbex escreveu uma série de reportagens sobre o hospital psiquiátrico Colônia, localizado em Barbacena, Minas Gerais. O material jornalístico foi transformado no livro “Holocausto Brasileiro”, que narra os horrores praticados na unidade de saúde administrada pelo Estado.

Do início do século XX até o início dos anos 80, pelo menos 60 mil pessoas morreram na Colônia, com a conivência de médicos, enfermeiros, funcionários administrativos, da população de Barbacena e de outras cidades mineiras e do próprio Estado, na verdade o grande responsável por essa grande vergonha nacional.

Fica claro, no livro-reportagem, que 70% dos internados no hospital não tiveram diagnóstico de doenças mentais. Eram meninas que perderam a virgindade e os pais envergonhados jogaram-nas na sucursal do inferno. Desocupados, alcoólatras, homossexuais e até esposas, trocadas pela amantes, foram engrossar o número de “hóspedes” de Colônia.

Como morreram 60 mil pessoas nesse hospital público, ao longo de sete ou oito décadas? De fome, por maus tratos, devido ao tratamento de choques elétricos, de frio, na porrada... O Hospital mineiro em tudo se assemelhava aos campos de concentração nazistas das décadas de 40. Só faltaram os fornos crematórios.

O massacre foi denunciado em reportagem da Revista O Cruzeiro, a mais lida do Brasil nos anos 50 e 60 em 1969, com fotos chocantes do que ocorria em Colônia. Mesmo assim as autoridades não tomaram providência e a população, passiva, não se manifestou.

Colônia, imagine meu caro leitor ou leitora, era um negócio lucrativo para alguns. A média era de 16 mortes por dias e os cadáveres eram vendidos por um bom preço para as universidades de Minas Gerais, que usavam os corpos nas aulas de anatomia.

Daniela Arbex não apenas denuncia o extermínio na unidade psiquiátrica de Minas Gerais, como vai atrás dos sobreviventes e narra alguns casos capazes de emocionar os leitores do livro. Como o episódio do “louco” que reencontra a mãe mais de 50 anos depois, os dois vítimas da “sanidade” do Hospital Colônia.

Um livro indispensável.

MARINA RECUA NO APOIO À CAUSA HOMOSSEXUAL

Para atender setores conservadores e deputados como o pastor Silas Malafaia (PSC), a coordenação da candidata Marina Silva (PSB) resolveu alterar trechos do programa de governo que defendia direitos dos gays e lésbicas, admitindo inclusive o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em nota divulgada para justificar o recuo, a coordenação da campanha disse que na primeira versão do programa houve “falha de editoração”.

Marina é evangélica da Igreja Assembleia de Deus e pessoalmente desde 2010 se posicionou contra o casamento gay, embora  tenha afirmado que “as pessoas têm o direito de defender essa bandeira”.

CÂMARA ESTÁ A QUATRO PONTOS DE ARMANDO

Confirmando a tendência de crescimento, o candidato do PSB ao Governo do Estado, Paulo Câmara, chegou aos 28% das intenções de voto, contra 32% de Armando Monteiro, que ainda mantém a liderança. A diferença, que já foi de 34% caiu para apenas 4%, o que já é considerado empate técnico.

Os novos números da disputa eleitoral em Pernambuco são do Instituto Maurício de Nassau, contratado pelo Portal Leia Já e Jornal do Commercio. A eleição no Estado está polarizada, tanto que os outros candidatos que conseguiram pontuar, como José Gomes (PSOL), Jair Pedro (PSTU) e Miguel Anacleto (PCB), tiveram apenas 1% cada um.

O Maurício de Nassau entrevistou 2.480 pessoas na Região Metropolitana e Interior, nos dias 25 e 26 deste mês.

Armando caiu 5 pontos em relação à pesquisa anterior, do mesmo instituto e Câmara cresceu 18 pontos.

SENADO – Na disputa pelo senado o candidato do PT, João Paulo mantém uma vantagem de 10 pontos. O petista aparece com 29% das intenções de voto, e Fernando Bezerra Coelho (PSB) somou 19%. O socialista cresceu 6 pontos em relação à pesquisa anterior e o petista ficou na mesma.

MARINA EMPATA COM DILMA E VENCE NO 2º TURNO

Os três estão sorrindo agora, 
mas dois vão chorar depois

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada hoje, na Folha de São Paulo, mostra que Marina Silva (PSB) já empatou com Dilma Roussef (PT) na disputa do primeiro turno e vence com uma vantagem de 10 pontos no segundo turno.

Dilma e Marina ficaram com 34% das intenções de voto e o tucano Aécio Neves caiu para 15%. Pelos números atuais o representante do PSDB está fora da disputa.

No segundo turno Marina teria 50% e Dilma 40% dos votos.

A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de agosto e foram entrevistados 2.874 eleitores.

Caso Marina mantenha o favoritismo será a primeira mulher negra a se eleger Presidenta da República.

PEDRO EUGÊNIO DISCUTE REFORMA POLÍTICA

Na tarde deste sábado, dia 30, o deputado federal Pedro Eugênio (PT) promoverá em seu comitê um bate-papo sobre o plebiscito constituinte a favor da Reforma Política.
"Quero ouvir as pessoas e fomentar o debate sobre esta pauta que é tão essencial para o Brasil. A troca enriquece muito", destaca Pedro Eugênio.
Na ocasião, também será lançado o novo site do deputado Pedro Eugênio, candidato a reeleição.
O "Encontro 1314" está marcado para começar às 15h no comitê de Pedro Eugênio. O endereço é na Estrada do Arraial, n° 3294, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. O telefone para contato é 3244-7955 ou 3244-2056.
Em Garanhuns Pedro Eugênio está sendo apoiado na sua campanha pela reeleição pelo presidente do PT no município, Chico Alencar e outras lideranças do partido.

LAJEDO CRIA A ROSSINEFOLIA

Lajedo está inteiramente tomada paixão política dos moradores da cidade. De um lado o deputado Marcantônio Dourado (PSB), que tenta levar o seu grupo a se recuperar da derrota esmagadora de dois anos atrás e emplacar mais quatro anos na Assembleia Legislativa do Estado. Do outro os partidários do prefeito Rossine Blesmany (PSD), que apoia a candidatura de Vinícius Labanca e tenta repetir a folgada vitória de 20012.

O prefeito é muito forte junto ao povão e transforma cada ato de campanha numa autêntica festa. Até parece uma disputa municipal. Segundo assessores do prefeito os arrastões e comícios do grupo que está no poder atraem a cada dia mais gente. É uma autêntica Rossinefolia ou Rossinemania, conforme apregoam os eleitores dos candidatos governistas.

DR. MÁRCIO DÁ UM BASTA À PROPAGANDA ABUSIVA

Nós já tínhamos alertado mais de uma vez que a propaganda dos políticos em Garanhuns, principalmente na Avenida Rui Barbosa, estava sendo feita de forma abusiva. Por isso só temos de aplaudir a decisão do juiz da 56ª zona eleitoral do município, Márcio Bastos Sá Barreto, de disciplinar o uso de cavaletes, colocação de cartazes e utilização de carros de som no espaço público.

O interesse dos candidatos na corrida pelo voto não pode se sobrepor ao do cidadão, que antes da decisão correta do juiz estava tendo de fazer malabarismo para andar em algumas ruas. Até a visão dos motoristas era prejudicada pela propaganda em algumas ruas e avenidas da cidade.

ABUSO EM CAPOEIRAS – Esperamos que a atitude do Dr. Márcio seja repetida por outros juízes da região. Em Capoeiras mesmo a praça principal foi tomada inteiramente pela propaganda e carros de som circulam com um volume tão alto que é impossível atender um telefone ou assistir televisão quando o veículo passa. Não são respeitadas as crianças, pessoas doentes ou de idade avançada. Um autêntico vale tudo.

CÂMARA ESCLARECE CASO DOS CONCURSADOS

Em virtude do texto publicado pelo blogs dos jornalistas Roberto Almeida e Carlos Eugênio, referente ao concurso público da Câmara de Vereadores de Garanhuns, esclarecemos que:

1. Todos os contratos temporários realizados por esta Casa Legislativa foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, conforme cópia em anexo, isto implica dizer que não existem contratos ilegais como citado no texto.

2. Conforme portaria N° 008/2014, de 26/02/2014, o prazo para nomeação é de dois anos podendo ser prorrogado por igual período, de acordo com a necessidade da instituição.

3. O concurso foi homologado em dois de junho do corrente ano, sendo assim, ainda vai completar três meses de homologação, e não seis como divulgado equivocadamente pelo blog.

4. A Mesa Diretora da Casa Raimundo de Moraes, e a Comissão do Concurso Público, prezam pela ética, austeridade, verdade e transparência em todos os seus atos.

5. Lamentamos que uma informação de teor inverídico, de fonte anônima, tenha sido divulgada neste conceituado blog, de forma precipitada, sem que tivéssemos sido consultados, a fim de evitar estas falsas acusações.

Sem mais para o momento, colocamo-nos à disposição para outros esclarecimentos que se fizerem necessários, e informamos que esta Casa está de portas abertas para todos os participantes do concurso, aprovados ou não, bem como para todos os cidadãos garanhuenses que desejem conhecer, tirar dúvidas ou fazer sugestões.

Atenciosamente,

Audálio Ramos Machado Filho

Presidente

ESCLARECIMENTOS DO BLOG - A informação de que o concurso foi homologado há seis meses não é deste blog e sim dos aprovados na seleção pública da Câmara Municipal, que enviaram a nota.  A fonte de informação não foi anônima, como afirma a direção da Casa Raimundo de Moraes. Nos foi enviado e-mail e a pessoa se identificou com nome completo. Apenas pediu para ser preservada, o que é um direito seu e por isso foi atendida. Ao jornalista também é assegurado pela Constituição Federal preservar suas fontes. Se a Câmara é um exemplo de ética, austeridade e transparência não tem porque ficar tão incomodada com a reivindicação dos concursados, que, aliás, foram muito éticos e a meu ver não fizeram nenhuma denúncia ou acusação descabida contra o Legislativo. Apenas são pessoas que estão lutando democraticamente pelos seus direitos ou pelos seus empregos.

DISPUTA POLÍTICA EM IATI ESTÁ POLARIZADA

O prefeito Padre Jorge está firme com Armando
FBC e Paulo são apoiados por Tonho de Lula
Depois da divulgação da pesquisa do Ibope, que sinaliza uma disputa mais equilibrada quanto ao Governo de Pernambuco, a tendência é que o quadro eleitoral se consolide em todo o Agreste Meridional, com os grupos políticos nas cidades deixando de lado o fator “em cima do muro”, para mostrar a cara e optar pelas candidaturas de Armando Monteiro (PTB) ou de Paulo Câmara (PSB).
Em Iati o Prefeito Padre Jorge (PTB) se mostra firme com Armando desde o inicio da sua caminhada. “Sou do PTB e vou com Armando até a vitória”, pontuou Prefeito, que vem mobilizando o seu grupo político em prol do candidato da Coligação Pernambuco vai mais Longe. “Já inauguramos o nosso comitê; temos o apoio dos vereadores Nizo, Jozélio e Kêkêta; estamos com propaganda nas ruas e nos carros de som. Estamos visitando os povoados e as comunidades rurais e mostrando que Armando é mais experiente e qualificado para governar Pernambuco. Tenho certeza que com Armando no Governo, Iati terá mais vez e contaremos com mais recursos estaduais para obras e ações”, registrou o Padre Jorge.
O Prefeito Iatiense vem programando para os próximos dias uma grande movimentação política na Cidade. “Vamos percorrer todas as ruas de Iati, todos os povoados e todas as localidades rurais como se estivéssemos numa campanha municipal. Acredito na eleição de Armando, João Paulo e Dilma, e ampliaremos o trabalho para levar esta mensagem a nossa população”, chama a atenção o Prefeito Padre Jorge.
Já o grupo político do ex-prefeito Luiz Tenório (PR), que conta com cinco dos nove vereadores da Cidade, esta engajado na campanha da Frente Popular e prega nos quatro cantos de Iati o voto em Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho. Até mesmo o ex-prefeito Alexandre Tenório (PR), que chegou a posar para fotos com Armando Monteiro, decidiu seguir o projeto socialista e vem pedindo votos para os candidatos da Frente Popular.
O Vice-prefeito de Iati, Tonho de Lula (PSB), vem se mostrando fiel ao seu partido e trabalha na campanha de Paulo e Fernando no Município desde o inicio do período eleitoral. Tonho, que esta rompido politicamente com o Prefeito desde o inicio do Governo, em 2013, trabalha forte nos povoados, nos sítios e na sede do Município para garantir a concretização do Projeto Politico dos Socialistas. (Reportagem: Jornalista Carlos Eugênio)

CONCURSADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE GARANHUNS COBRAM NOMEAÇÃO

O blog recebeu um texto, produzido por 18 pessoas que passaram no concurso público da Câmara de Vereadores de Garanhuns e até agora não foram nomeados. Eles argumentam que pela Lei isso já deveria ter acontecido. Mesmo o documento tendo sido redigido de forma coletiva, eles solicitaram que seus nomes não fossem divulgados, no que estão sendo atendidos.
Segue abaixo a reivindicação dos concursados:

A Câmara Municipal de Garanhuns empossou, no dia 4 de agosto, dez candidatos aprovados em seu primeiro concurso público, realizado a partir de recomendações do Ministério Público do Estado (MPPE). A solenidade, para além dos flashes e da ênfase na história que marcaram as publicações referentes a ela, é também uma oportunidade de refletir acerca de uma pauta fundamental: a necessidade de nomeação dos demais aprovados no certame, em cumprimento aos princípios constitucionais para ocupação de vagas de natureza permanente na administração municipal.
Os servidores empossados foram os primeiros colocados de cargos disponibilizados no edital do concurso. Quantidade baixa, se o número de vagas colocadas em disputa for considerado. Transcorridos seis meses desde a homologação do concurso, tempo bastante considerável, menos da metade dos postos que devem ser ocupados por servidores concursados estão sendo exercidos por candidatos aprovados na seleção. Para cumprir a legislação, a Câmara ainda tem a nomear mais dezoito servidores: cinco agentes administrativos, cinco técnicos legislativos, dois agentes patrimoniais legislativos, quatro auxiliares de serviços gerais, um recepcionista e um analista legislativo. Todos possuem, por lei, o direito de ocupar os cargos para os quais foram aprovados nas provas.
A nomeação dos candidatos é necessária e urgente para que se cumpra o que prevê a constituição. O concurso foi realizado a partir da recomendação do Ministério Publico do Estado (MPPE), o que aumenta a responsabilidade da Câmara em atender o que diz a lei a respeito da admissão de pessoal nas administrações municipais: dar fim aos contratos ilegais - temporários - para ocupação de vagas de natureza permanente. Se a posse dos primeiros concursados comprovaria a determinação da Câmara em cumprir as leis e valorizar os servidores do Poder Legislativo, conforme defendeu uma das autoridades presentes na solenidade, é hora de colocar esses compromissos em prática, tendo em vista que a posse dos dez candidatos não faz com que a Câmara de Garanhuns cumpra a legislação, saindo da situação de ilegalidade latente no que diz respeito ao seu quadro de pessoal, mas somente dê início a esse processo.
Uma informação importante, relacionada a isso, é o fato de que há funcionários em contrato temporário trabalhando na câmara. Eles estão ocupando justamente os postos que, conforme a legislação, devem ser ocupados pelos servidores que foram aprovados no certame realizado. A folha de pagamento da Câmara dá conta da existência dessas contratações temporárias, que são ilegais perante a lei. É urgente, então, dar fim a esses contratos e fazer com que os postos sejam ocupados por servidores efetivos, conforme indica o judiciário.
As questões implicadas nessa situação tornam inviável uma possível opção da Câmara por esperar um tempo maior para realizar todas as nomeações que restam. Se o concurso foi realizado, os primeiros servidores nomeados e há postos ocupados por contratados de forma temporária que devem ser acabados para que os funcionários efetivos possam assumir seus cargos, não haveria porque aguardar, por exemplo, até o fim do prazo do concurso para realizar as nomeações dos servidores. Isso nos coloca diante de uma reflexão: por que motivos a Câmara Municipal de Garanhuns estaria adiando a nomeações dos candidatos aprovados?
Resta apontar, na espera de possíveis respostas, que somente a administração municipal tem a lamentar com esse adiamento, porque perde a oportunidade de contar com profissionais qualificados que ajudariam a melhorar os serviços prestados à população e, além disso, dar passos importantes em direção ao cumprimento das leis.

AVALANCHE DE PROPAGANDA POLÍTICA

Em qualquer cidade de Pernambuco, da capital ao menor município do Agreste ou do Sertão, existe muito mais propaganda política de Paulo Câmara (PSB) do que do senador Armando Monteiro (PTB). É Uma verdadeira avalanche. Além disso, o socialista tem o dobro do tempo no guia eleitoral e carros de som por todo canto e a toda hora com a voz de Eduardo Campos num discurso inflamado recomendando o voto no seu pupilo.

Tudo isso explica o crescimento do candidato do governo. No Recife o comentário é que a pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, que será divulgada neste final de semana, trará petebista e socialista empatados

Para reforçar sua candidatura e tentar se manter à frente das pesquisas, Armando terá Lula em Pernambuco na próxima quinta-feira, dia 4, quando será realizado um grande comício na Avenida Dantas Barreto, no Recife.

MARIANA XIMENES, A ESTRELA

O tempo passa e a atriz Mariana Ximenes, paulista de 33 anos, é sempre um arraso. Tem a voz charmosa, talento no palco, rosto bonito e um corpo de escultural de "falsa magra"

Mariana foi estrela em novelas como Passione e A Favorita, atuou nas minisséries JK e A Casa das Sete Mulheres, no cinema trabalhou em O Invasor e Quincas Berro D´Água e no teatro interpretou Maria, na Paixão de Cristo.

Esta semana, a estrela fez um comercial banal para um produto de limpeza e abusou da sensualidade. 

Salve a Mariana, que ilumina esta sexta-feira!

GOLEIRO ARANHA É VÍTIMA DE RACISMO


O Goleiro do Santos, Aranha,  foi vítima de racismo numa partida disputada contra o Grêmio, no Rio Grande do Sul.

Aranha deixou o gramado indignado com parte dos torcedores do Grêmio que o chamaram de macaco. Durante o jogo, o goleiro do Santos chegou a parar a partida e avisar o árbitro. Mas não deu em nada.

“Estava no gol e começaram com palavras racistas. Me chamaram de preto fedido, seu preto. Depois fizeram coro de macaco. Pedi para o câmera filmar os torcedores, mas não filmaram. Fico puto de acontecer essas coisas aqui. Dói, dói muito”, lamentou o goleiro.

“Sou preto sim. Sempre tem um racista no meio. Está dado o recado para ficar esperto para a próxima partida. O torcedor usa de várias maneiras para desestabilizar. Fiquei sentido, mas tinha que jogar e fazer minha parte”, prosseguiu.
Aranha afirmou que deve registrar boletim de ocorrência. “Mais do que a ocorrência, é falar e as pessoas saberem para lutar contra. A maioria do estádio não é assim, mas não é à toa que passaram no telão propaganda contra os racistas aqui”, finalizou.
Com a bola rolando, o Santos venceu o Grêmio por 2 a 0 e ficou em vantagem pela vaga às quartas de final da Copa do Brasil. O jogo de volta acontece na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro.
Torcedores denunciados

Nas redes sociais já circula um vídeo com pelo menos uma torcedora ofendendo o jogador do Santos.

Pelo Instagram, um dos usuários divulgou o momento da transmissão em que uma menina aparece chamando claramente Aranha de “macaco”. (Fonte: Band/247)

BETÂNIA REFORÇA CAMPANHA DE ZAQUEU

Betânia Oliveira, que foi candidata a vereadora pelo PSB de Garanhuns em 2012, obtendo 871 votos, está com Zaqueu para deputado estadual. O federal dela é Gonzaga Patriota, do Partido Socialista Brasileiro.

A estrutura de trabalho de Betânia a favor de Zaqueu e Gonzaga inclui um comitê eleitoral na cidade, inaugurado esta semana, e um carro de som que está rodando pelos bairros pedindo votos para os seus candidatos.

É um bom reforço. A tropa de choque de Zaqueu inclui o prefeito Izaías Régis, os vereadores Audálio Ramos, Haroldo Vicente, Sílvio Sabino, Gil PM, além  dos suplentes Diego Acauá,  Álvaro Fernandes e agora também Betânia.


ROMÁRIO ACHA QUE EXPERIÊNCIA DE ARMANDO MONTEIRO VAI PREVALECER NA DISPUTA

O prefeito de Lagoa do Ouro, Marquidoves Vieira (PSB) e o ex-prefeito de Correntes, Júnior Lúcio (PR), passaram a apoiar a candidatura de Armando Monteiro graças a Romário Dias (PTB), que é ligado aos dois há muitos anos.
Segundo Marquidoves, Romário foi um político que fez muito pelo Agreste Meridional. “Ajudou a construir a rodovia PE 300 e quis o destino que você retornasse à vida político-partidária para viabilizar ainda o recapeamento dessa rodovia, que hoje se encontra abandonada pelo governo do Estado", disse o prefeito durante um discurso, em Lagoa do Ouro.
Candidato a deputado estadual, Romário continua confiante na vitória de Armando Monteiro e João Paulo. Ele disse que o crescimento do representante do PSB é natural, prevê uma disputa acirrada, mas não tem dúvida de que no fim prevalecerá a experiência e a capacidade do petebista, a seu ver muito mais preparado para governar Pernambuco.

JORGE CÔRTE INAUGURA COMITÊ EM RECIFE

O deputado federal Jorge Côrte Real (PTB), abre as portas de seu comitê político, nesta quinta-feira (28), no bairro da Madalena, no Recife. O espaço #tônaonda1411 fica próximo à Torre e, na abertura, a partir das 18h, estão confirmadas as presenças dos integrantes da chapa majoritária da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe.
O comitê foi montado ‘de olho’ no tema sustentabilidade. Ao invés de estrutura de concreto, está usando contêineres, totalmente recicláveis. O local servirá como apoio na divulgação e também como local para reuniões com lideranças políticas e correligionários de todo o Estado engajados no desenvolvimento de Pernambuco.
Côrte Real concorre à reeleição e, em 2010, obteve mais de 60 mil votos. Ele tem atuado em defesa do desenvolvimento de Pernambuco, passando principalmente pela geração de emprego e renda, mais qualificação profissional e um ambiente favorável a novos negócios. Atualmente está licenciado da presidência da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), do SESI e do SENAI.
Em Garanhuns o deputado petebista tem o apoio do prefeito Izaías Régis e faz dobradinha com Zaqueu Lins (PDT), candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa.
No município de São João,  Jorge e Zaqueu são apoiados por Hugo Leonardo e pelos vereadores Pedro Barbosa e Josias.
Ainda no Agreste Côrte Real faz dobradinha com o candidato a deputado estadual Washington Cadete (PTB), que tem em São Bento do Una sua principal base eleitoral.

MARCANTÔNIO DOURADO ESTÁ FORTE

Marco Antônio Dourado (PSB) tem o apoio de muitos prefeitos do Agreste Meridional. É um forte candidato a continuar na Assembleia Legislativa, onde está há mais de 20 anos. Mesmo que não seja majoritário em Lajedo, pois não tem o apoio do prefeito Rossine Blesmany (PSD), que vota em Vinícius Labanca (PSB), Marco deve compensar uma eventual derrota em sua terra com votos de Capoeiras, Caetés, Jucati, Jupi, São João, Garanhuns e muitas outras cidades da região.

A ELEIÇÃO EM PERNAMBUCO

A última pesquisa do IBOPE comprova que a eleição em Pernambuco está fortemente vinculada à campanha para presidente da República. Em vida Eduardo Campos não conseguiu sair da faixa dos 10% nas pesquisas e o seu candidato em Pernambuco, Paulo Câmara ficou no mesmo patamar.
Os dois ficaram seis meses no mesmo lugar. Eduardo tinha de 9 a 11% para presidente, Paulo Câmara obtinha os mesmo números para governador.
A população não assimilava Câmara por ser desconhecido, não ostentar currículo político, falta de carisma e ter sido imposto ao eleitorado sem respeito aos cidadãos e as próprias lideranças políticas do PSB, a começar pelo atual governador, João Lyra Neto.
Com Eduardo vivo dificilmente essa situação mudaria. A candidatura de Armando Monteiro era sólida, o trabalhista vinha fazendo tudo certinho e caminhava para uma vitória esmagadora.
Então veio a tragédia, a comoção, o uso político da morte de Eduardo a partir do momento em que o avião caiu em Santos. Se fez política no velório, no enterro e até nos estádios de futebol. Menos de uma semana depois do sepultamento, dois filhos do ex-governador foram à Arena Pernambuco assistir ao jogo Sport e Palmeiras. Alguém anunciou a presença deles e o estádio inteiro começou a gritar: “Eduardo! Eduardo! Eduardo!”.
Paulo Câmara, na largada do Guia Eleitoral disparou: “Quem está comigo está com Eduardo e quem não estiver está contra o ex-governador”.
A estratégia, na melhor tradição do marketing político, foi usar repetidas vezes o nome, a voz e a imagem do líder socialista vítima de uma lamentável tragédia.
Em cada cidade de Pernambuco, como Recife, Caruaru, Petrolina ou Garanhuns, carros de som percorrem os bairros o dia inteiro com um discurso inflamado de Campos garantindo que Paulo Câmara é uma nova liderança, é o seu candidato é o melhor para Pernambuco.
Ora, quem vai contradizer um morto?
Machado de Assis, no século XIX, já escrevia que depois de morto está tudo esquecido e perdoado, “já se pode falar bem dele”.
Eduardo não é mais coronel, como apregoavam alguns dos seus adversários; não era mandão, como reclamou inclusive a sua prima e vereadora Marília Arraes e nenhum defeito restou após a queda do jatinho do PSB no interior paulista.
O avião caiu em Santos e o homem virou santo e está operando milagres.
Marina Silva no plano nacional bate nos 28% e já está se sentindo presidente. Paulo Câmara colou em Marina e chegou aos 29% em Pernambuco. Alguns aliados, na capital e interior comemoraram a pesquisa do IBOPE como se nem precisasse mais fazer campanha.
Tem aí essa história do jatinho usado através de expedientes altamente suspeitos, explorado no Jornal Nacional e que fatalmente terminará nos programas da propaganda eleitoral e nos debates.
Isso terá algum efeito? Provavelmente não mudará muita coisa, pois a população em geral considera normal esses expedientes escusos na política, tanto que reelegeu Lula, em 2006, mesmo tendo estourado aquela bomba chamada de mensalão.
A morte é muito mais forte do que tudo, independente de investigações da imprensa ou da polícia federal é um fato incontestável. Morreu deixa saudades, vira mito, herói, santo, todos os pecados são perdoados por uma massa ávida de pais, protetores, gente sem defeito, que não seja de carne e osso.
Lógico que Armando Monteiro é melhor candidato e está mais preparado de que Paulo Câmara para governar Pernambuco. O candidato do PTB tem experiência de vida, tem postura e ideias próprias, reunindo amplas condições de ser um bom gestor.
O outro até no programa eleitoral parece um boneco, não passa nada, não convence. Mas ninguém está votando nele, nem em prefeitos ou deputados. O pernambucano, neste momento ainda de comoção, está fechado como Eduardo Campos, como se ele, lá do além fosse iluminar o seu pupilo na administração do Estado de Pernambuco.
Cabe a Armando Monteiro trabalhar mais, segurar os votos que tem, se possível crescer mais um pouco e procurar de alguma maneira fazer o eleitor cair na real: os candidatos são Armando e Paulo e não Armando e Eduardo. Este último morreu, infelizmente, ninguém queria, não é preciso ser parente, nem aderente, estar órfão dele - como todos os socialistas e a maioria dos pernambucanos - para lamentar e sentir o que aconteceu.
Paulo Câmara vai continuar dependendo de Eduardo e de Marina. Se a candidata do PSB continuar a crescer podem estar certos de que o ex-secretário da Fazenda irá acompanhar. Se a ex-ministra por um motivo ou outro estancar ou despencar, a tendência é que o socialista em Pernambuco também sinta o baque.
Armando só depende dele mesmo e do seu grupo. De João Paulo, do desempenho de Dilma, da aceitação de Lula perante a população, dos seus candidatos a deputado estadual e federal, dos aliados em cada município do Estado.
Não tem mais eleição fácil, agora é voto a voto e pelo que estamos vendo o resultado final vai depender mais dos mortos do que dos vivos.
Se depender do PSB Eduardo Campos só será sepultado definitivamente depois de outubro. Até lá o homem não terá paz, estará forçosamente entre nós, como uma alma que virou o maior cabo eleitoral da história política de Pernambuco e do Brasil.

JATO CAI SOBRE A POSE DE MARINA


Artigo do Jornalista Josias de Souza, publicado hoje no Portal UOL e na Folha de São Paulo:

Duas semanas depois da tragédia que produziu uma reviravolta na corrida presidencial, o jato Cessna que transportava Eduardo Campos e mais seis pessoas caiu uma segunda vez. Despencou sobre a pose de Marina Silva no instante em que ela concedia entrevista ao Jornal Nacional, na noite passada. Abriu-se uma fenda no discurso da candidata. Por um instante, a pregação da nova política, tema compulsivo de Marina, tornou-se vulneravelmente opaca.

O jato foi objeto de uma transação milionária feita por meio de laranjas, disse William Bonner. O negócio não foi informado na primeira parcial da prestação de contas à Justiça Eleitoral, prosseguiu. A senhora, que fala em inaugurar uma nova forma de fazer política, usou o avião como teria feito qualquer representante velha política. Procurou saber quem tinha pago por aquele avião ou confiou cegamente nos seus aliados?
Marina estava diante da primeira oportunidade de dizer meia dúzia de palavras sobre o assunto. Até então, sempre que o tema a abalroava, ela se limitava a transferir a responsabilidade pelo provimento de exlicações para o PSB. Acomodada diante das câmeras do telejornal de maior audiência do país, Marina podia tomar distância da encrenca. Preferiu misturar-se ao problema.
Nós tínhamos, William, uma informação de que era um empréstimo, que seria feito um ressarcimento, num prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha, tentou explicar Marina. Esse ressarcimento seria feito pelo comitê financeiro do candidato, ela acrescentou.
Professora de formação, Marina soou didática: existem três formas de fazer o provimento da campanha: pelo partido, pelo comitê financeiro do candidato e pelo comitê financeiro da coligação. Nesse caso do avião, seria pelo comitê financeiro do candidato. Essas eram as informações que nós tínhamos.
A senhora sabia dos laranjas?, inquiriu Bonner, incisivo. E Marina: Não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião. Nesse ponto, a candidata preocupou-se em preservar seu ex-companheiro de chapa. Tomada pelas palavras, Marina pareceu dar de barato que eventuais ilegalidades deveriam ser acomodadas sobre os ombros dos donos do avião, não de Eduardo Campos.
Marina prosseguiu: Uma coisa que eu quero dizer para todos aqueles que estão nos acompanhando é que, para além das informações que estão sendo prestadas pelo partido, há uma investigação que está sendo feita pela Polícia Federal.
Na fase seguinte, Marina deixou ainda mais explícita sua pretensão de resguardar o ex-companheiro de chapa: O nosso interesse e a nossa determinação é de que essas investigações sejam feitas com todo o rigor, para que a sociedade possa ter os esclarecimentos e para que não se cometa uma injustiça com a memória de Eduardo.
Por mal dos pecados, a Rede Sustentabilidade divulgara no seu site um texto sobre a participação de Marina no debate presidencial realizado na noite da véspera nos estúdios da Band. Eis o título: Nosso compromisso é de que o Brasil seja passado a limpo, defende Marina.
O texto da Rede recordou que Marina evocara no debate o desejo de mudança da população, explicitado nas manifestações de junho de 2013. Anotou: esse movimento social, para Marina, foi um claro sinal de busca por mudanças e um novo jeito de fazer política. Reproduziu, entre aspas, uma das frases marteladas pela candidata: uma das coisas mais importantes para que a gente possa resolver os problemas, em primeiro lugar, é reconhecer que eles existem.
Pois bem. Bonner esforçou-se para arrancar de Marina um reconhecimento de que o jato convertera-se num problema: candidata, quando os políticos são confrontados ou cobrados por alguma irregularidade, é muito comum que eles digam que não sabiam, que foram enganados, que foram traídos, que tudo tem que ser investigado, que se houver culpados, eles sejam punidos, disse ele.
O entrevistador foi ao ponto: esse é um discurso muito, muito comum aqui no Brasil. E é o discurso que a senhora está usando neste momento. Eu lhe pergunto: em que esse seu comportamento difere do comportamento que a senhora combate tanto da tal velha política?
Abre parênteses: numa das crises que ameaçaram o mandato de Renan Calheiros, em 2007, o presidente do Congresso foi pilhado recebendo dinheiro de uma empreiteira. Os recursos bancavam a pensão de um filho que Renan tivera numa relação extraconjugal com uma jornalista. Para justificar-se, o senador dissera que dispunha de renda. Alegara que vendera cabeças de gado de uma fazenda alagoana. Apresentara pseudo-comprovantes.
Ao perscrutar os supostos compradores, a imprensa deu de cara com laranjas. Periciado pela Polícia Federal, o papelório de Renan foi desqualificado. Chamava-se Renato Casagrande (PSB-ES) um dos relatores do caso no Conselho de Ética do Senado. Hoje governador do Espírito Santo, o então senador Casagrande subscreveurelatório que recomendava que o mandato de Renan fosse passado na lâmina. Para salvar o mandato, Renan renunciou à presidência do Senado.
Mal comparando, o episódio do jato é da mesma família. Numa ponta, empresários generosos prestando favores a um político. Em vez de pensão, um avião. Noutro extremo, um laranjal. No miolo da encrenca, muita desconversa e explicações desconexas. Coisas que fizeram de Renan um protótipo da velha política de que tanto fala Marina Silva. Fecha parentêses.
Em que esse seu comportamento difere do comportamento que a senhora combate tanto da tal velha política?, indagou Bonner. E Marina: Difere no sentido de que esse é o discurso que eu tenho utilizado, William, para todas as situações. Inclusive quando envolve os meus adversários. E não como retórica, mas como desejo de quem de fato quer que as investigações aconteçam. Porque o meu compromisso e o compromisso de todos aqueles que querem a renovação da política é com a verdade.
O diabo é que a verdade começara a ser exposta pelo próprio Jornal Nacional, que desnudara na véspera alguns dos laranjas apresentados como financiadores da compra do jato. Numa segunda reportagem, exibida minutos antes da entrada de Marina em cena, revelaram-se novos e constrangedores buracos na rede de ilegalidades.
Submetida ao impensável, Marina disse respeitar o esforço de reportagem. Mas falou como juíza de direito, não como candidata à Presidência: A verdade não virá apenas pelas mãos do partido nem pela investigação da imprensa. Ela terá que ser aferida pela investigação que está sendo feita pela Polícia Federal. Isso não tem nada a ver com querer tangenciar ou se livrar do problema. Muito pelo contrário, é você enfrentar o problema para que a sociedade possa, com transparência, ter acesso às informações.
Bonner fez uma derradeira investida: o rigor ético que a senhora exige dos seus adversários nos faz perguntar e insistir se a senhora, antes de voar naquele avião, não teria deixado de fazer a pergunta obrigatória: se estava tudo em ordem em relação àquele voo. Não lhe faltou o rigor que a senhora exige dos seus adversários?
Marina, de novo, mirou nos empresários. Rigor é tomar as informações com aqueles que deveriam prestar as informações em relação à forma como aquele avião estava prestando serviço. E a forma como estava prestando serviço era por um empréstimo, que seria ressarcido pelo comitê financeiro. Agora, em relação à postura dos empresários, os problemas que estão sendo identificados agora pela imprensa, e que com certeza serão esclarecidos pela Polícia Federal, eu, como todos os brasileiros, estou aguardando.
Prosseguiu: Eu não uso, William, de dois pesos e duas medidas. Não é? A régua com que eu meço os meus adversários, é porque eu a uso em primeiro lugar comigo. E, neste momento, o meu maior interesse é de que tenhamos todos os esclarecimentos. Mas uma coisa eu te digo: a forma como o serviço estava sendo prestado era exatamente essa do empréstimo, que seria ressarcido depois.
Marina teria soado mais Marina se tivesse declarado algo assim: eu viajei nesse jato como candidata a vice. O cabeça da chapa era Eduardo Campos. O usineiro João Carlos Lyra de Melo Filho, que supostamente emprestou o jato, era amigo do Eduardo. Espanta-me a presença de laranjas no negócio. Sou da Rede. Agradeço muito a hospialidade do PSB. Mas o partido precisa explicar o que sucede. Não me consta que os responsáveis pelo comitê financeiro do candidato tenham morrido no acidente.
Noutras questões, Marina não hesitou em desgrudar a sua Rede do PSB. Refugou, por exemplo, os acordos que levaram o partido de Campos para os palanques de políticos como o tucano Geraldo Alckmin. Não fez o mesmo em relação à encrenca do jato porque faltaram-lhe as condições políticas. Tornou-se candidata com o aval da família do morto. Virou uma espécie de viúva política do ex-parceiro. Não quer passar por ingrata. É do jogo. Mas a condescendência custou-lhe a pose.
O cotidiano de um político é uma sucessão de poses. O político faz pose ao acordar, ao escovar os dentes, ao fazer as refeições. No geral, é difícil saber se o altruísmo do político é ou não representado. Em junho de 2013, o asfalto empurrou para dentro do processo sucessório o desejo de mudança. Marina converteu-se na personificação desse desejo porque as ruas enxergaram sinceridade nas suas poses. Recusando-se a enxergar o problema do jato, Marina arrisca-se a virar uma espécie de sub-Marina. (Na foto Marina Silva sai de uma das viagens que fez no jato do PSB).

MARINA REPETE LULA: EU NÃO SABIA!

Entrevistada no Jornal Nacional, por William Bonner e Patrícia Poeta, Marina Silva, repetiu o ex-presidente Lula no caso do mensalão: ao ser questionada sobre as irregularidades no uso do avião do PSB, a candidata disse que não sabia da existência de laranjas para pagamento do jato ou de qualquer outra coisa errada com a aeronave, utilizada por ela na campanha mais de uma vez. "O que eu sabia era que o pagamento do avião seria feito pelo comitê financeiro de campanha", frisou.

Bonner insistiu na questão e apontou contradições no discurso da Marina, pelo uso da mesma desculpa de outros políticos, ao recorrer a expressão “eu não sabia” quando surgem evidências de coisas erradas no seu partido. A candidata do PSB não foi convincente, embora tenha tentado e garantiu que o seu desejo é ver o caso devidamente apurado e esclarecido pela polícia federal. “Até para que não se cometa uma injustiça com a memória do ex-governador Eduardo Campos”, pontuou.

Como havia feito durante a sabatina à Dilma Roussef, o jornalista da Globo interrompeu Marina Silva várias vezes e procurou apertá-la durante os 15 minutos da entrevista. Outra questão delicada levantada pelo apresentador foi relacionada com o vice do PSB, o deputado Beto Albuquerque. Ele quis saber no que a socialista é diferente de outros políticos se aceitou um companheiro de chapa a favor dos transgênicos na agricultura, quando ela é contra. “Isso de que eu sou contra os transgênicos é uma lenda. O que eu defendia era um modelo de coexistência”, justificou a candidata.

Patrícia Poeta perguntou a Marina como se explicava na eleição de 2010 ela ter ficado em terceiro lugar na disputa eleitoral no Acre, com pouco mais de 23% dos votos, quando José Serra (PSDB) obteve mais de 50%. A socialista explicou que enfrentou dois candidatos apoiados por verdadeiras máquinas e mesmo assim teve uma boa votação, próxima da candidata do PT. Disse também que fez política no Acre (sua região de origem) contrariando muitos interesses e por isso não recebeu os mesmos apoios dos seus adversários.

Diante da insistência dos repórteres com as perguntas “impertinentes”, Marina Silva chegou a alfinetar os apresentadores. Em determinado momento da entrevista alegou que Bonner não tinha conhecimento do assunto tratado e em outro disse literalmente que Patrícia Poeta não sabia de sua história de vida. “Conheço sim. Eu estudei a vida da senhora antes de fazer essa entrevista”, retrucou a Global.

Marina procurou convencer os telespectadores de que não compactua com a “velha política”, insistindo no discurso do novo, do mesmo jeito que fazia Eduardo Campos. Por outro lado garantiu que não é inflexível, como se apregoa e assegurou que como Presidenta da República saberá dialogar.

UMA LEITURA DO BRASIL A PARTIR DO IBOPE

A pesquisa é clara, não adianta tentar negar os fatos.

Os brasileiros estão cansados do governo. E dos partidos tradicionais, principalmente o PT e o PSDB, que vêm comandando os destinos do país há 20 anos.

As manifestações de junho de 2013 foram por mudanças, um não à política tradicional e aos acordos espúrios que há décadas sucateiam o Brasil.

O PSDB colocou a economia do Brasil nos trilhos e domou o bicho que era a inflação. O PT pegou um país melhor e direcionou a gestão para atender os mais pobres de todas as regiões do País.

A classe média cresceu, a pobreza diminuiu e a exigência aumentou nas grandes capitais, nos municípios do interior, no Sudeste e no Nordeste, apesar do bolsa família e das novas universidades, ou talvez por conta deles mesmo.

Quem nunca teve carro anda de ônibus ou a pé. Mas depois que o homem ou mulher possui seu primeiro automóvel não vai querer ficar sem ele, que mais do que luxo é uma necessidade.

O brasileiro quer escolas e hospitais tão bons quantos os estádios da copa. Não agüenta a burocracia e a ineficiência e sabe que por todo lugar tem roubalheira.

Todos estão cansados da violência, que permanece praticamente a mesma há décadas nos grandes centros e aumentou muito nas pequenas cidades.

Municípios pequenos, bucólicos, onde até a década de 70 havia ainda uma certa inocência, hoje vivem a realidade do crack, da maconha, do álcool, do tráfico e de ladrões de todo tipo que fizeram mestrado no Rio ou São Paulo.

A inteligência, a cultura, educação, um diploma, muitas vezes não valem nada entre nós. A esperteza ou a desonestidade é o que contam.

Todos sabem disso. Não é preciso ser doutor, jornalista, cientista político ou filósofo. Empiricamente a população sente que “tá tudo errado” e é preciso dar um basta.

Eduardo Campos tentou capitalizar esses sentimentos, mas não conseguiu. Falava das raposas e tinha elas ao seu lado, criticava um governo do qual participou 11 anos. Seu discurso soava falso. Com a morte virou herói e santo e está operando milagres, realizando o que não conseguiu em vida.

Dilma tem um bom programa da televisão e está tendo oportunidade de mostrar o que fez. O povo até agora não está dando muita importância. O brasileiro acha que a gestora não fez mais do que sua obrigação. E ainda está devendo.

Lula todo dia está na TV, com um discurso ensaiado, bonito, enfatizando o que os governos do PT fizeram pelos pobres. Não está funcionando. Ele está velho e não representa mais os anseios da massa. Até agora não conseguiu sensibilizar o eleitor como antes.

Talvez tenha tudo a ver com o que foi escrito acima: o nível de exigência aumentou muito.

Aécio Neves é morno, aparece nos programas eleitorais todo engomadinho, com cara de playboy. O povão não confia, “ele tem cara de quem vai acabar com o bolsa família” e retornar as privatizações da época de Fernando Henrique.

Aí vem Marina Silva. Não tem a beleza de quando era jovem. Mas as rugas que não consegue disfarçar são de quem ralou muito para chegar a ser senadora e ministra.

Mesmo tendo passado por esses cargos tem “cara de coitadinha”. Trabalhou nos seringais do Acre, foi empregada doméstica, se alfabetizou já quase adulta. Passa a imagem de íntegra, coerente, combativa.

Parece o Lula de 1989, quando o PT era sinônimo da ética e representava a esperança de um Brasil sem tanta injustiça social e sem corrupção.

Marina é também o Jânio do início da década de 60. O presidente que ia varrer a corrupção com uma vassoura, o moralista que pretendeu proibir os biquínis nas praias brasileiras.

É a “esquerda messiânica” na expressão do professor Rafael Brasil.

Hoje é forte candidata para ganhar a eleição. É uma mudança? É.

Vai dar certo? Com a experiência dos meus cabelos brancos tenho minhas dúvidas. Ela não é nem do PSB, está no partido porque não conseguiu construir sua Rede e entrou na disputa graças a uma tragédia nacional.

Governará com que quadros? E terá jogo de cintura para conviver com um Congresso Nacional  não tão renovado assim?

Os empresários que a apoiam – do Itaú, da Natura, do Agronegócio do seu vice Beto Albuquerque, dos que participaram da maracutaia para comprar o avião, entocados – vão querer cobrar a fatura.

E o povo, o povão vai continuar exigente. Querendo a melhoria do hospital e da escola já. Cobrando resultados na área de segurança a partir do dia primeiro de janeiro de 2015.

Serão muitas as demandas, os problemas, as exigências.

E ninguém faz milagre.

Marina disse que foi a mão de Deus que fez ela candidata a presidente. (Foi Deus que derrubou o avião com Eduardo e mais seis pessoas?). Vamos aguardar então que o Senhor faça com que ela vença a eleição e consiga fazer o governo dos sonhos do povo brasileiro.

Todo mundo no momento está sonhando. Tomara que depois tudo isso não vire um pesadelo.

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