Do jornalista Leonardo
Sakamoto, no Portal UOL:
Em
discurso no plenário da Câmara, nesta terça (9), Jair Bolsonaro disse que só
não “estupraria'' a deputada Maria do Rosário (foto) porque ela “não merecia''.
Esta é a segunda vez que isso acontece, como bem lembra matéria da Folha de
S.Paulo. Em 2003, durante um debate, ela o acusou de promover
violência sexual. “Grava aí que agora eu sou estuprador'', ele retrucou. E
completou: “Jamais iria estuprar você, porque você não merece''.
Quando diz que a deputada federal Maria do Rosário não merece
ser estuprada, deixando subentendido que há mulheres que merecem, sabe que
esse discurso possui o apoio de uma quantidade considerável de pessoas.
Vale lembrar que ele foi o parlamentar mais votado do Rio de
Janeiro, com 6,1% dos votos. O que nos faz lembrar que o Congresso Nacional é,
para bem e para o mal, um espelho da sociedade brasileira. Eles somos nós.
Jair Bolsonaro pode ter comportamentos toscos? Sim, ele tem. Mas
está longe de ser burro. E nem está sozinho.
Representa uma camada da população que divide com ele a visão de
mundo e tem orgasmos múltiplos ao ouvir as estripulias de seu deputado.
Estripulias que não vêm de rompantes do fígado, mas são milimetricamente calculadas
para ganhar espaço da mídia.
Todos os pontos de vista merecem ter voz em uma democracia. O
problema é que a visão de mundo de Bolsonaro e parte de seus representados
torna o diálogo e mesmo a convivência pacífica impossíveis. Um estranho
paradoxo: defendem a antítese da democracia, apesar de só continuarem podendo
se expressar livremente por conta dela.
Vamos ao ponto: ele é causa, mas é consequência, como qualquer
ator social relevante. Fomenta e também verbaliza a visão de uma parte da
sociedade que reproduz processos que mantém a opressão, a dor e o preconceito.
Ou seja, o que me angustia não é a sua existência, mas que parte
do Brasil está com ele. Nas rodas de amigos em bares, nas mesas de jantar com a
família, na hora do cafezinho no trabalho ou no silêncio do banheiro, lendo as
notícias do dia no tablet. De todas as idades. De várias classes sociais.
Tendo em vista os posicionamentos conservadores, machistas,
homofóbicos, preconceituosos de grande parte da população brasileira e que são
defendidos com unhas e dentes pelo nobre deputado e seu grupo, talvez você
esteja do lado dele. E nem perceba.
Roberto, não é questão de apoiar o estupro. O fato, é que ela, a deputada chamou o Bolsonaro de estuprador e ele respondeu dizendo que não a estupraria porque ela não merecia tal ato.
ResponderExcluirABS
Jaime Medeiros
Mas isto não é postura de um representante do povo afinal ele não está no programa do ratinho. Se ela errou procure seus direitos agora fazer apologia a um crime hediondo é muito grave principalmente para um Dep FEDERAl
ExcluirROBERTO SUA MANCHETE É PERIGOSA E DÚBIA
ResponderExcluirABS
ARMANDO LUÍS NUNES
Roberto, vc está coberto de razão. Ela nunca chamou o verme de estuprador; é mais uma manipulação da imprensa golpista que apoia bolsonaro. BOLSONARO É A CARA, SEM MÁSCARA, DA OPOSIÇÃO.(http://www.blogdacidadania.com.br/2014/12/bolsonaro-e-a-cara-sem-mascara-da-oposicao).
ResponderExcluirCarlos.
CONCORDO com o comentaria das 7h40 (Carlos). - Maria do Rosário quer distância desse crápula Bolsonaro. - Ela defende os direitos humanos!! - Ele defende a morte; com ele é dente por dente, olho por olho!! - Esse sujeito é o protótipo de mau-caratismo prepotente!! - Se for pela cabeça desse imundo, não existirá liberdade de NADA: nem a imprensa publicaria nada, que não fosse de apoio aos "milicos" cascas-grossas iguais a ele. - Isso é um ser peçonhento, tal qual uma barata. - Não quero ofender as baratas!! - Apenas, digo que são iguais. /.
ResponderExcluirEu apoio o Bolsonaro e não defendo o estupro. O Bolsonaro é capaz de criar leis em prol dos nossos benefícios. Exemplo a castração química para aquele estuprador da Baixada Fluminense, que Maria do Rosário, de repente, defenderia ou defende.
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