A CNV (Comissão
Nacional da Verdade) divulgou, nesta terça-feira (9), o depoimento dado pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o período em que ele militou
no movimento sindical e os 31 dias em que ele esteve preso pelo regime militar
após liderar uma greve. A comissão, que apura violações a direitos humanos
cometidas durante o regime militar divulgará seu relatório final nesta
quarta-feira (10). O depoimento foi dado na segunda-feira na
sede do Instituto Lula, em São Paulo.
Segundo o
ex-presidente, ele foi monitorado durante três ou quatro anos antes de sua
prisão, em 1980. A revelação já havia
sido feita pela comissão em setembro deste ano com base em
documentos obtidos pelo grupo que mostravam o monitoramento de trabalhadores
por empresas brasileiras e estrangeiras.
"Eles [policiais] me vigiavam no
cinema. Na assembleia, a gente notava que eles estavam lá. Às vezes,
disfarçados no bar do sindicato. Na minha casa, por exemplo, eles paravam a
perua na porta e passavam a noite. Às vezes, para encher o saco, a Marisa
[Letícia, mulher de Lula] mandava fazer café e mandava levar para eles. Foram
uns três ou quatros anos que eles monitoraram e me acompanharam antes da
prisão", disse. O petista diz não ter certeza se era vigiado pela Polícia
Federal ou por homens do Dops.
Em 1980, após liderar uma greve de
metalúrgicos em São Paulo, Lula foi preso e ficou detido por 31 dias.
"Os militares cometeram a
burrice de me prender, porque não tinha mais como continuar a greve",
disse o ex-presidente em seu depoimento à CNV.
"O que aconteceu quando eles me
prenderam? Foi uma motivação a mais para a greve continuar, as mulheres fizeram
uma passeata muito bonita em São Bernardo do Campo, depois foi aquele primeiro
de maio histórico, em que foi o Vinícius de Moraes, e a greve durou mais quase
30 dias", contou o ex-presidente.
Lula contou que o então diretor-geral
do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), Romeu Tuma, liberou uma
televisão para que ele assistisse a um partida entre Corinthians e Botafogo.
"A gente foi tratado lá com um certo respeito porque tinha muita gente do
lado de fora, não era um preso comum, tinha trabalhador, estudante,
intelectuais, igreja, todo mundo", disse.
Na semana passada,
o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB) também falou à CNV sobre a perseguição que
sofreu.
O relatório final dos trabalhos da
comissão será apresentado amanhã à presidente Dilma Rousseff em cerimônia em
Brasília. (Portal UOL).
O EX-GOVERNADOR, JOSÉ SERRA, O EX-PRESIDENTE FHC, O EX-PRESIDENTE LULA, A PRESIDENTA DILMA, O EX-GOVERNADOR MIGUEL ARRAES DE ALENCAR, O EX-GOVERNADOR MÁRIO COVAS, O EX-GOVERNADOR TANCREDO NEVES, O EX-SENADOR MARCOS FREIRE, O EX-DEPUTADO GREGÓRIO BEZERRA, O EX-GOVERNADOR JARBAS VASCONCELOS,O EX-GOVERNADOR TEOTÔNIO VILELA, O ESCRITOR PAULO FREIRE COM O SEU LIVRO PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, ENFIM, A RELAÇÃO É MUITO GRANDE DE TODOS OS QUE SOFRERAM PERSEGUIÇÃO POLÍTICA POR TER IDEIAS DIFERENTES DO REGIME DE EXCEÇÃO.
ResponderExcluirAO LADO DO REGIME EXISTIAM OS CIVIS QUE TIRAVAM UMA CASQUINHA E JUNTO A ELES FAZIAM E DESFAZIAM USANDO A OPRESSÃO.
ISTO SE ESPALHOU PELO INTERIOR AFORA DO BRASIL. ERAM TANTOS OS GOVERNADORES E PREFEITOS QUE PERSEGUIAM E ODIAVAM A QUEM FAZIA OPOSIÇÃO.
MUITOS SOMENTE AQUI EM PERNAMBUCO CHAMARAM O EX-GOVERNADOR MIGUEL ARRAES DE COMUNISTA E O LULA DE FIDEL CASTRO DE CUBA E DE SAPO BARBUDO. O ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE , D . HELDER CÂMARA FOI O MAIS PERSEGUIDA IGREJA CATÓLICA SOMENTE PORQUE DEFENDIA OS POBRES DO BOLSA FAMÍLIA.
HOJE SOMOS NÓS CONTRA NÓS MESMOS.O PSDB E O PT REPRESENTAM HÁ MUITO TEMPO A ESQUERDA BRASILEIRA COM A INFILTRAÇÃO DA DIREITA CONSERVADORA QUE FEZ PARTE DESSE PASSADO OBSCURO E PERSEGUIDOR.
DEVERÍAMOS SIM MELHORAR O NÍVEL DOS DEBATES E DOS QUESTIONAMENTOS DOS PROBLEMAS BRASILEIRO.