Uma reportagem publicada nesta
quarta-feira Folha de S. Paulo revela o valor investido pelas empresas estatais
em publicidade nos últimos anos. Entre 2000 e 2013, foram R$ 15,7 bilhões.
A boa notícia é que, nos governos Lula e Dilma, houve maior
desconcentração dos investimentos publicitários. Até 2003, pouco mais de 4 mil
veículos de comunicação recebiam investimentos em mídia. Este número atingiu
seu recorde em 2013, quando 10.817 veículos, incluindo jornais e rádios
regionais, foram beneficiados.
A má notícia é que ainda persiste grande concentração dos recursos
em empresas ligadas às chamadas famílias midiáticas, como os Marinho, os
Civita, os Mesquita e os próprios Frias, que editam a Folha.
O caso da Globo é o mais gritante. Nada menos que R$ 5,3 bilhões
foram investidos em veículos ligados aos irmãos Marinho, como a TV Globo, a
Radio Globo, a Editora Globo, que publica Época, e o jornal Valor Econômico
(uma parceria com a Folha).
Em seguida, aparecem outras emissoras de televisão, como a Record,
do bispo Edir Macedo (R$ 1,3 bilhão), o SBT, de Silvio Santos (R$ 1,2 bilhão),
a Bandeirantes, de Johnny Saad (1 bilhão).
Os jornais, liderados pela própria Folha, também receberam uma
parcela importante do investimento publicitário. A Folha teve R$ 206 milhões,
seguida do Estado de S. Paulo, com R$ 179 milhões. Nas revistas, destacam-se
Editora Abril, com R$ 523 milhões, e a Editora Três, que edita Istoé, com R$
179 milhões. A Editora Confiança, que publica Carta Capital, recebeu R$ 44
milhões.
Politização da internet
No capítulo internet, a Folha politiza a questão, vinculando
investimento publicitário a um suposto alinhamento editorial. Um dos veículos
citados foi o 247, que foi procurado pela jornalista Flavia Foreque. Na tarde
de ontem, ela enviou a seguinte mensagem ao jornalista Leonardo Attuch
(editor-responsável pelo 247):
Oi Leonardo,
Como falei há pouco, estamos
fazendo reportagem sobre o volume e destinação da verba de publicidade das
estatais federais entre 2000 e 2013.
O total recebidos pela 247 no
período foi de R$ 1,71 milhão, em valores correntes de 2013, segundo dados das
próprias empresas (R$ 220 mil 2011, R$ 407 mil em 2012 e R$ 1,087 milhão em
2013).
Gostaria de fazer as seguintes
perguntas:
1.Congressistas da oposição
afirmam que o governo e o PT financiam sites e publicações favoráveis a eles e
críticos à oposição. O repasse da verba citado acima exerce alguma influência
sobre a linha editorial ou os posicionamentos do veículo?
2.Os recursos de publicidade
repassado pelas estatais -aliado a eventuais repasses de órgãos da
administração direta - foram a principal fonte de receita da 247? Quanto essa
receita representa em relação ao total?
Peço um retorno até as 19h
desta terça-feira (16).
Obrigada desde já
Flávia
A resposta encaminhada pelo 247 foi a seguinte:
"A relação comercial entre
os veículos de comunicação e seus anunciantes é de natureza privada. Assim como
o 247 não revela as negociações com seus clientes, em razão do sigilo
comercial, também não questiona o valor destinado a outros veículos de
comunicação, como a Folha. De todo modo, informamos que a principal fonte de
receita do 247 é o anunciante privado. Os anunciantes que veiculam no 247
buscam atingir uma audiência ampla (mais de 4 milhões de visitantes únicos/mês
e 581 mil seguidores no Facebook) e também influente, sem qualquer
contrapartida na linha editorial, que é independente." (Fonte: Folha de São Paulo/Brasil 247).
Eu não gastava um centavo furado em publicidade com essa traíra, que depende fundamentalmente do Governo Federal para sobreviver. Às vezes embora não concordando com muitas coisas que ele fez mas,e concordando com outras Hugo Chaves quebrava essa coisa pelo meio, assim como a Editora Abril.
ResponderExcluirTem gente que pensa que ainda tem de ser do jeito do General Figueredo: EU PRENDO E ARREBENTO
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