A duplicação da BR-232, entre Recife e Caruaru e depois até São Caetano foi um marco na história de Pernambuco. Quando a estrada foi alargada, possibilitando melhor o fluxo de veículos, municípios como Vitória de Santo Antão, Gravatá, Bezerros e principalmente a capital do Agreste passaram a se desenvolver num ritmo muito veloz. Até Pombos e São Caetano, dois municípios parados no tempo, cresceram a olhos vistos. Quem olha todas essas cidades, cortadas pela BR, lembrando de 10 anos atrás e compara com a situação de hoje constata que foi uma mudança fenomenal. Aí você pega Belo Jardim, Cachoeirinha, Lajedo, Garanhuns e outros municípios que estão fora da rota de duplicação e nota que esses quatro e outros ficaram para trás. Logicamente não é só uma rodovia que traz desenvolvimento, mas está evidente que a BR-232 contribuiu muito mais com o desenvolvimento de Vitória de Santo Antão e Caruaru, do que todos os cursos universitários juntos fizeram pela nossa Garanhuns. As estradas na maioria das vezes atraem indústrias, fortalecem o comércio, a agricultura e a economia de modo geral. As faculdades, que são importantes, trazem os estudantes, professores, geram uns poucos empregos diretos e indiretos e o impacto sobre a economia parece bem menor. Até porque os alunos, estes que hoje vêm estudar direito, engenharia, medicina, agronomia, psicologia, veterinária, etc, pegam o diploma e vão procurar emprego em outro lugar. O jovem não vai fazer um curso desses para trabalhar no Pérola ou Ferreira Costa.
A duplicação da BR-423, uma bandeira que foi levantada - faça-se justiça! - inicialmente pelo prefeito Luiz Carlos (teve gente que levou até na gozação, no começo de tudo), começa a tomar forma. É um sonho que está caminhando para se transformar em realidade. Essa obra, caso concluída no Governo da Presidenta Dilma, como está sendo prometido, terá o mesmo efeito sobre a nossa região que teve nos municípios da outra parte do Agreste do Estado? Pode até não chegar a tanto. Não temos dúvida, porém, que irá contribuir com um maior desenvolvimento de Cachoeirinha, Lajedo, Jupi e principalmente Garanhuns. Essa rodovia, hoje, já está saturada. Diariamente, automóveis, ônibus, caminhões e mais caminhões estão tornando o trânsito difícil e perigoso. A pista única inibe ou atrasa o transporte de produtos agrícolas, comerciais, industriais e todo tipo de negócio que usa o transporte sobre quatro rodas. É preciso portanto tirar essa obra do papel, fazê-la, dá a Garanhuns e ao Agreste Meridional a sua chance. De todo jeito, agora sim, creio que estamos caminhando em direção ao futuro.(Foto da BR-423 publicada originalmente no Blog V&C Artigos e Notícias).