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AS PONTES DE MADISON



UMA GRANDE HISTÓRIA DE AMOR - Clint Eastwood completa 81 anos em maio deste ano. É um ator e diretor que começou seus trabalhos no cinema ainda na década de 50. Destacou-se primeiro como intérprete, foi astro de filmes de faroeste e chegou à maturidade se destacando também por trás das câmeras, realizando verdadeiras obras primas, como “Os Imperdoáveis” e “Menina de Ouro”, o primeiro de 1992, resgatando o gênero western, que estava em baixa, e o segundo, de 2004,  um drama denso contando uma história muito triste, mas tão bem realizado que lhe valeu o reconhecimento da Academia. Outros grandes trabalhos desse artista são Três Homens em Conflito (1966), Perseguidor Implacável (197ª) e Alcatraz – Fuga Impossível (1979).

Um filme do cineasta americano que alguns não incluem entre seus melhores trabalhos, menos conhecido do grande público ou um pouco esquecido na memória da crítica e/ou dos cinéfilos é As Pontes de Madison, de 1995. Na minha opinião é um dos melhores filmes da década e revendo esse grande romance, esta semana, fiquei tão (ou mais) embevecido quanto da primeira vez. Uma história de amor incrível, marcada por diálogos inteligentes, interpretações perfeitas do próprio Eastwood e da exuberante Meryl Streep, além de fotografia e trilha sonora impecáveis.

Pontes de Madison, no entanto, vai além da simples história de amor. O filme faz uma crítica à hipocrisia americana ou ocidental de vida familiar certinha, com repressão ao desejo e condenação à mulher interiorana que ousa amar fora do casamento.

Clint está perfeito tanto na direção quanto na interpretação do fotógrafo Robert, que faz o par romântico com Francesca (Meryl Streep), certamente a melhor atriz do cinema nos anos 80 e 90.

Tudo começa quando após a morte de Francesca os filhos tomam conhecimento dos últimos desejos da mãe. O que surpreende, sobretudo, é a vontade dela, externada no testamento é que seu corpo seja cremado e as cinzas espalhadas numa das pontes de Madison.

Ao procurar saber porque Francesca fez tal pedido, quando o previsível era que a enterrassem junto  do marido, Michael e Caroline descobrem que a mãe viveu um grande amor em sua vida, durante apenas quatro dias e só não deixou a casa e foi viver a sua paixão para preservar os garotos, na época adolescentes e o esposo, afinal de contas um homem bom.

As cenas de amor entre Robert e Francesca são completamente belas e convincentes. Eeastwood e Meryl Streep, já maduros, nos brindam com um trabalho de atores quase sem retoques, principalmente da parte dela, perfeita como a dona de casa que num momento vê o seu pequeno mundo virar de ponta cabeça.

O romance é tão forte, Francesca se revela tão digna no diário que deixou para os filhos, a ponto do choque inicial se transformar em sentimento de admiração. Michael e Caroline resolvem então cumprir a vontade da mãe e jogar as cinzas de Francesca na mesma ponte onde alguns anos antes tinham sido atiradas as de Robert.

O conhecimento do que a mãe viveu e guardou, preservando inclusive o marido e cuidando dele com todo carinho até o fim, faz com que os “meninos” passem a reavaliar suas próprias vidas e seus casamentos em crise.

As Pontes de Madison vale pelo título, pelas paisagens belíssimas, pelo questionamento dos valores americanos -  incluindo a questão da fidelidade por obrigação - pela música, as interpretações acima da média dos atores principais e principalmente por captar de uma maneira muito feliz essa química perfeita entre um homem e uma mulher que chamamos de amor.

Uma frase dita por Robert (Eastwood), já perto do final, resume bem como o diretor (ou o autor da novela em que o filme se baseou) expressa bem a importância do amor na vida das pessoas:

“Quando penso em porquê fotografo, a única razão que vem à mente é que passei minha vida tentando chegar aqui. Tenho a impressão de que tudo que fiz até hoje foi para chegar até você”.

Os Imperdoáveis e Menina de Ouro são excelentes. O primeiro como aventura, como retrato de uma época. O diretor e ator principal é o mesmo nos dois longas, como acontece em As Pontes de Madison. O que diferencia os três é que este último é mais leve, tem muita beleza. Se não é o mais aclamado dos três talvez seja porque vivemos num mundo em que o belo - tanto quanto o amor - muitas vezes fique em segundo plano, sejam classificado como piegas ou mesmo coisa de babacas.

As Pontes de Madison é um 10.

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