O prédio da Celpe no Recife continua imponente, mas os serviços
da empresa privatizada deixam a desejar
O radialista Pereira Filho, da 87 FM, entrevistou no programa Combate, hoje pela manhã, uma senhora do município de Brejão. Ela trabalha com granjas e precisa muito da energia elétrica tanto em casa, caso de todos nós, como principalmente nos negócios. Acontece que a mulher, apesar de estar com as contas em dia, está sem receber o fornecimento da Celpe há três dias. Já ligou, reclamou, ouviu várias vozes femininas pelo telefone, mas até o momento da entrevista ninguém tinha resolvido nada. É a mesma história contada ontem, no blog, sobre "a praga do auto-atendimento". Cantam muitas loas ao avanço da telefonia no Brasil, com as privatizações de Fernando Henrique. Acho isso uma balela. Esses serviços avançaram no mundo inteiro e até na África, em países paupérrimos tá todo mundo tendo acesso ao celular. Quanto a isso, das privatizações - e aí entra também a Celpe - tem o outro lado da moeda: O serviço é mais eficiente do que quando era público, porém a exploração e a falta de respeito ao consumidor são infinitamente maiores. Na terrinha, e nesse particular Lula não fez nada para melhorar a situação, as tarifas de energia e de telefone estão entre as mais caras do mundo. Carro, DVD, CD, roupas, eletro-eletrônicos em geral também são mais caros. Coisa de país infelizmente ainda subdesenvolvido. Enquanto as agências reguladoras e os governantes não agem, só resta a quem faz imprensa denunciar, "colocar a boca no trombone". Repetir o Boris Casoy: "Tudo isso é uma vergonha".
Quer o ver bom da Celpe, é você morar na zona rural, e ela sem mais nem menos mudar sua tarifa de rural, que se paga R$ 0,21, para residencial, que é de R$ 0,51 o kw/h. Duvido que alguém hoje, mesmo morando num sítio, consiga uma ligação nova, com tarifa rural.
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